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Há algumas semanas esta coluna tratou do crescimento e desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Foram levantados alguns aspectos da modalidade, do seu envolvimento com a sociedade, algo sobre gênero e algumas hipóteses do porquê da falta de interesse por parte do público. Entretanto, o futuro deste esporte, praticado entre as mulheres, também passa pela maneira como é comunicado. 
Por como é comunicado se entende em como a mensagem do futebol é transmitida para determinado público-alvo. Pode ser ele com base na faixa etária, localização, equipe preferida e, claro, gênero. Nesse sentido, algumas emissoras de rádio e televisão contam com profissionais especializados em futebol para o público-alvo de interesse. É inegável que as mulheres formam hoje grande parte do mercado da modalidade – muito diferente de um tempo não tão distante – e, desta maneira, precisam de respostas que atendam às suas demandas (o tratamento da informação e a maneira como ela será transmitida, por exemplo).
Neste sentido, é crescente o número de narradoras e mulheres especialistas em futebol. E não apenas em futebol feminino. Que bom! Infelizmente, é comum perceber que elas precisam romper inúmeras barreiras ainda. No entanto, este cenário é uma realidade (não apenas com o futebol do Brasil, mas também com todas as questões relacionadas ao gênero na sociedade brasileira) sine qua non para que se alcance, de fato, uma igualdade plena de gêneros em nosso país. Muito se fala da projeção do futebol feminino dentro de campo, só que é preciso que o mesmo aconteça fora dele. Com o tempo, a contribuição das mulheres com o universo do futebol aumenta e a difusão do futebol praticado por elas, também: dependendo da qualidade da mensagem que é transmitida, vai haver mais meninas se interessando em praticar o jogo. 

Isabelly Morais, da Rádio Inconfidência, em jogo no Estádio Independência, em Belo Horizonte/MG. Foto: mg.superesportes.com.br

 
Portanto, é muito saudável perceber que mais mulheres estão envolvidas com o futebol, não apenas dentro de campo. Na gestão do esporte, elas vão ter um papel bastante semelhante. Quem dera fosse outra realidade a do Brasil – que isso surgisse natural e espontaneamente. Haver exemplos é fundamental para a continuidade de um propósito. No caso, o da igualdade de gêneros. Que surjam mais iniciativas como esta! 

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