A Homofobia e o Marketing do Esporte

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Há alguns dias ganhou grande repercussão a manifestação homofóbica de (pequena) parte da torcida de um grande clube no Brasil. Muito triste isso tudo. Sinal de intolerância, de desrespeito. Como se as escolhas (quaisquer escolhas) dos nossos próximos pudessem ser julgadas publicamente. O gesto não foi exclusivo desta torcida, mas vê-se isso Brasil adentro e faz-nos pensar que vivemos na idade da pedra, ou estamos retrocedendo no que diz respeito ao convívio em harmonia e compreensão das diferenças.

Antes de tudo, o futebol está ao alcance de todos, independente de etnias, religiões, gênero, idade e opções sexuais. Tudo isso faz o esporte – e especificamente aqui, o futebol – ser único, espaço livre e democrático. A grande característica das grandes equipes vencedoras ou reconhecidas pelo planeta todo é a sua pluralidade e capacidade de integrar e agregar diferentes pessoas e personalidades. Foi assim com a seleção uruguaia no bicampeonato Olímpico de 1924 e 1928 e a Copa de 1930, foi assim com a seleção brasileira em 1938, na França; assim também foi com o Brasil de 1970 e a Holanda de 1974. Lembrada mundialmente, o Sankt Pauli (que disputa a Bundesliga 2, segunda divisão da Alemanha), é muito ativa em acolher imigrantes, refugiados e no combate à extrema direita e homofobia (foto abaixo).

Muro do estádio “Millerntor”, do Sankt Pauli, clube de Hamburgo atualmente na segunda divisão da Alemanha. (Foto: Twitter @GlasgowStPauli)

 

Com tantos avanços tecnológicos, nos mais diversos setores da economia e no seu contributo para a sociedade, percebermos hoje que reações de homofobia, xenofobia e intolerância é completa e total incoerência. Por isso parece que estamos em retrocesso. São inconcebíveis quaisquer dessas manifestações. Muitos clubes, federações, confederações e ligas de futebol falam em “fair-play”, tolerância, respeito, democracia, dentre outros valores. No entanto, é preciso praticá-los, vivê-los, lembrar sempre destes valores e aplicá-los em todas as tomadas de decisão e comunicações de todas as instituições esportivas.

Com tudo isso, é preciso se perguntar: como uma instituição quer ser lembrada e reconhecida? Pela intolerância? Oxalá, não. Uma simples nota de repúdio para vergonhosas manifestações? Menos complicado do que aplicar ações que agreguem e integrem. Assim como as equipes mencionadas acima, eternizadas na história por terem pensado diferente, “fora da casinha” (como dizem), tido visão e bom senso, assim precisa agir toda a comunidade do futebol.

 

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