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Crédito da imagem – Rubens Chiri/São Paulo FC

No futebol e na vida nunca é só um fator que explica tanto o sucesso como o fracasso. Soluções milagrosas do tipo “passe a fazer isso e sua vida mudará incrivelmente pra melhor” tendem a não funcionar. Assim como a ‘caça as bruxas’, que leva um único indivíduo ou uma única situação a explicar todo um fracasso também não corresponde a verdade. Prefiro uma visão mais global, sistêmica, integrada e transdisciplinar para me aproximar de respostas mais conclusivas.

Por tudo isso não dá pra reduzir o problema atual de desempenho do São Paulo a um único elemento. Fernando Diniz, Daniel Alves, Luciano, Raí, Júlio Casares, enfim, todos que compõem o clube tem sua parcela de culpa no revés.  Olhar o todo e não as partes isoladas costuma ser mais eficaz para entender o problema em sua raíz e encontrar soluções. Sobretudo no futebol profissional.

Nesse mesmo espaço, no mês passado, coloquei que a força mental do time estava em patamares elevadíssimos E que era essa força a responsável por potencializar a maioria dos jogadores para que em campo houvesse a impressão de que ao invés de onze, o São Paulo tinha quatorze, quinze atletas em campo, tamanho era o encaixe tático e técnico da equipe.

Eventos são emblemáticos em qualquer jornada. E a queda na Copa do Brasil para o Grêmio trouxe fantasmas passados, mas não é só isso. A mudança de diretoria tirou algumas peças e colocou outras no dia a dia do grupo. A deficiência do elenco ficou escancarada com a lesão de Luciano. Os anos sem conquistas e o passado recente de fracasso desse grupo vem à tona mais rapidamente do que elencos mais acostumados com conquistas. E nunca dá para tirar da análise que a partir do momento que se atinge um status de líder todos os adversários vão estuda-lo com mais afinco e buscar neutralizar suas forças e explorar as fraquezas.

O são-paulino não consegue ver luz no fim do túnel porque há poucos elementos para acreditar em uma reviravolta. Se nas eliminações das outras competições havia o alto número de rodadas restantes do Brasileirão para ganhar fôlego, agora o fim da temporada se aproxima. Que o São Paulo aprenda com os erros. Que não troque tudo, como foi em anos anteriores, que também tiveram a marca da derrota impregnada. Um fracasso nunca é inútil se dele as lições são aprendidas e usadas como alicerce para a construção de projetos de sucesso. Cada vez mais, o torcedor tricolor vai se acostumando com a derrota…. 

*As opiniões dos nossos autores parceiros não refletem, necessariamente, a visão da Universidade do Futebol

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