O futebol mundial virou um negócio, cifras bilionárias movimentam o mercado da bola. Os clubes europeus tornaram-se referência global nos últimos anos em função da profissionalização da gestão e de uma entidade regulamentadora muito bem organizada (Uefa).
Já o futebol brasileiro parece ter adormecido, primeiro por uma entidade que não nos representa (CBF), segundo por clubes onde a profissionalismo é sinônimo de estranheza. O que vemos é o conhecimento empírico dando asas em ações na maioria das vezes sem embasamento técnico algum.
O maior jogador do Brasil envolvido numa polêmica transação do Santos para o Barcelona, onde a justiça espanhola segue investigando fortes indícios de irregularidades. No São Paulo Futebol Clube, índicos de irregularidades levantados por um membro do alto escalão da agremiação acarretaram na renúncia do presidente. Essa é a realidade que não difere da maioria dos clubes brasileiros.
Os times viraram caixas-pretas, como as de aviões, guardando informações importantes no conceito de transparência a sete chaves, mas vos pergunto qual o real motivo de tanto sigilo?
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Tag: Administração|gestão
Hora do treino
A pérola proferida por Roberto Horcades, presidente do Fluminense, revela bem o baixo nível que predomina no futebol da atualidade. No último dia 16, ao anunciar a renovação do contrato com René Simões, o mandatário das Laranjeiras justificou o acordo da seguinte forma:
“Se ele (René) conseguiu fazer com que meninas com dois neurônios fossem vice-campeãs olímpicas, se trata de um bom profissional”, afirmou Horcades.
A declaração gerou tanta mídia para o Fluminense quanto a contratação de Ronaldo pelo Corinthians. O “Jornal da Globo” do mesmo dia dedicou chamadas a cada bloco para a declaração do dirigente ao final do treino. Outros veículos também deram alarde para a genial frase de Horcades.
O mau exemplo do chefão do Flu, porém, evidencia um problema muito maior no futebol brasileiro. A verdade é que é difícil encontrar um dirigente que esteja, de fato, preparado para lidar com o stress e a cobrança diária que é conceder uma entrevista à imprensa, ainda mais na relação jornalista-clube de futebol.
Obviamente são muitos os casos de “cartolas” que estão mais do que escolados e não cometem deslizes infantis quando estão numa entrevista. De tanto conviver com o meio, eles sabem quais são as mais banais armadilhas, como evitá-las e, os mais espertos, sabem como criar arapucas para a própria imprensa.
Eurico Miranda e Mustafá Contursi são dois excelentes exemplos desse tipo de dirigente que já tem uma imagem pré-concebida de como funciona a imprensa e tratam de fazer de tudo para que ela trabalhe em seu benefício.
Mas o fato é que, com o futebol cada vez mais profissionalizado, aberrações como essa frase de Horcades não podem mais existir. Já falamos diversas vezes neste espaço sobre o efeito que um “media trainning” pode ter num clube de futebol. Ensinar as armadilhas do jogo a atletas, treinadores e dirigentes é um investimento com alto retorno para uma instituição.
Nossos cartolas poderiam aproveitar a pausa das férias para colocar em prática essa ação. Por que não treinar um pouco no momento de descanso, em que a cobrança da imprensa costuma ser um pouco menor?
Seria um excelente presente de Natal para os torcedores e, obviamente, para os clubes representados. Mas parece que está mais fácil esperar pela chegada do Papai Noel na madrugada do dia 25.
Falando nisso! Bom Natal a todos!
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