Os apreciadores comuns do futebol, não obrigados a entender as nuances que levam um jogador a obter altas performances, costumam relacionar o valor de uma equipe simplesmente à soma das qualidades técnicas de seus atletas. Os mais detalhistas talvez acrescentem a esta análise o preparo físico ou o bom sistema tático aplicado pelo treinador.
Estudos recentes, entretanto, demonstram, de forma cada vez mais evidente, o papel e a importância dos aspectos psicológicos para o rendimento individual e coletivo de atletas no esporte em geral.
Entre estes aspectos um dos mais significativos é, sem dúvida, a questão da auto-estima.
Pesquisadores da mente humana consideram esta característica psicológica como se fosse um verdadeiro sistema imunológico emocional e a chave para o nosso relacionamento com as outras pessoas e conosco mesmo.
Portanto, por extensão, fica fácil entender o quanto a auto-estima pode significar para o sucesso de um jogador de futebol, na medida em que é ela que permeia as relações com seus companheiros, adversários, torcida, imprensa e, sobretudo, consigo mesmo, principalmente no momento do jogo.
Investir em seu desenvolvimento, através da identificação de comportamentos e crenças negativas e a sua superação por intermédio de técnicas que valorizem os pensamentos positivos, estabelecidas por metas ambiciosas profissionais e existenciais, parece ser um dos segredos dos grandes campeões e pessoas bem sucedidas na vida.
Assim podemos concluir que quando treinadores e jogadores de futebol perceberem que estes aspectos são tão ou mais importantes que os treinamentos físicos, técnicos e táticos, o desempenho ganhará em qualidade.
E quando isso ocorrer de forma mais sistemática o futebol vai agradecer.
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