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O poder dos grandes clubes

Caros amigos da Universidade do Futebol,

Esta foi uma semana conturbada no mundo do futebol na Europa.

A Fifa tem agendada para hoje e amanhã sua primeira reunião do ano do Comitê Executivo, do qual o brasileiro Ricardo Teixeira faz parte. Dentre os temas a serem debatidos, estão a discussão da regra do 6+5 (incluindo o estudo preparado pela Inea, conforme discutido há duas colunas passadas), e também a proteção de menores (e eventual revisão do artigo 19 do Regulation on the Status and Transfer of Players).

A revisão dos regulamentos deve versar sobre a regulamentação das academias privadas de futebol (sobre as quais também discutimos em colunas passadas), que não tem vínculo com clubes de futebol federados, mas que possuem grande responsabilidade na formação de menores.

Também nesta semana muito se falou na reunião do Comitê Executivo da Uefa, que será realizada no próximo dia 23. De acordo com a agenda divulgada pela Uefa, a reunião deverá tratar também da proteção de menores, além do chamado “financial fair play” entre clubes europeus.

Além disso, entre outros assuntos, os regulamentos das competições da Uefa deverão ser aprovados para a temporada 2009/10.

Bom, no meio desses acontecimentos, espalhou-se um rumor na mídia européia que os principais clubes deste continente, unidos e organizados através da sua recente criada organização denominada ECA (que veio a substituir o G14), estavam discutindo uma eventual separação da Uefa e o desenvolvimento de uma nova liga européia de clubes.

Essa notícia foi rapidamente desmentida por representantes da ECA, e também pelo presidente da Uefa.

Entretanto, apesar do aparente “fogo de palha” ou “falso alarme”, restou um interessante ponto a ser considerado: o poder dos clubes vs. o poder das federações. Quem venceria um embate desse nível?

Na hipótese de os clubes, algum dia, resolverem efetivamente levar a diante uma idéia como esta. Até que ponto isso seria bem sucedido? As Uefa, por exemplo, continuaria com a Liga dos Campeões sem os principais clubes?

E os jogadores, permaneceriam nos grandes clubes, ou optariam por migrar para os clubes menores para permanecerem dentro da família da Fifa? E como a Fifa intercederia nessa questão?

Como os canais de televisão se colocariam? E os torcedores?

São questões filosóficas e hipotéticas dentro do mundo do futebol profissional. 

Mas isso poderia mesmo acontecer na prática? Fica a questão no ar.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br