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As vencedoras

Neste 2009 que se aproxima do fim, antes do balanção de final de ano, vale um momento de reflexão. Qual foi a categoria do futebol que mais evoluiu neste ano? Seria o futebol masculino, principalmente o da Série A do Brasileirão, que chutou qualquer crise financeira, bateu recorde de patrocínios, repatriações de atletas e afins? Ou seria o das mulheres?

Sinceramente, tendo a acreditar que o futebol feminino foi o grande vencedor neste ano.

Nem tanto pelo show de Marta e Cristiane, que levaram o Santos ao primeiro título da primeira edição da Copa Libertadores. Ou pelos jogos da seleção brasileira, que mais uma vez mostrou que tem tudo para ser campeã mundial muito em breve.

O maior barato do futebol feminino foi ter mostrado que é possível se pensar no desenvolvimento do esporte sem depender do “status quo” de entidades e mídia da atualidade.

No último domingo, a seleção brasileira colocou quase 40 mil pessoas no estádio do Pacaembu (público igual ao do Corinthians na final da Copa do Brasil) para ver a vitória do time nacional no inexpressivo “Desafio Internacional” com outras três seleções (México, China e Chile). Na TV, a audiência beirou os 10 pontos na medição do Ibope.

O resultado mostra que, para uma modalidade vencer no país, não precisa necessariamente “estar na Globo“, ou ser “oficial”.

A história do vôlei nacional foi feita via TV Bandeirantes e desafios internacionais para promover o encontro do público com o esporte. Cerca de 20 anos depois, as meninas do futebol começam a reescrever essa história.

Demanda trabalho, é claro, mas o que o futebol feminino brasileiro mostra é que a mídia, quando parceira de divulgação de uma modalidade, é um dos melhores instrumentos de popularização do esporte.

As vencedoras deste 2009, definitivamente, são as mulheres da bola. E os marmanjos que se cuidem…

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br