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Viabilidade financeira dos clubes

Caros amigos da Universidade do Futebol,

estamos vivendo um momento importante na indústria do futebol profissional. Um momento em que se procura a viabilidade econômica para o jogo e, principalmente, para os clubes que são os menores e principais núcleos de concentração da atividade dentro da família da Fifa.

Sem os clubes (e jogadores, evidentemente), não haveria disputa em equipes e, consequentemente, não haveria o jogo, principal produto que movimenta toda a indústria do futebol.

Nesse contexto, é preciso darmos atenção para os clubes pequenos, que possuem uma capacidade menor de gerar renda, mas que, sem eles, não há viabilidade econômica dos grandes (eles promovem todas as disputas de divisões inferiores, e geram os talentos vindos das categorias de base para os grandes clubes).

É certo que os recursos provenientes de direitos televisivos não podem ser distribuídos de forma igualitária entre clubes de uma mesma divisão. Certos clubes têm um maior potencial que outros, e, portanto, merecem uma maior fatia do bolo.

Entretanto, essa distância financeira entre os principais clubes e os demais não pode ser muito grande.

Hoje vemos na mídia uma discussão interessante sobre a migração de clubes de futebol de uma cidade para outra. É um movimento lícito, mas deve ser observado com atenção pelos agentes reguladores do futebol, como as federações e confederação.

Se a alteração de cidade ocorrer por conta da necessidade de o clube obter sua viabilização econômica, então deve ser aceito. Temos que entender que os clubes menores precisam muitas vezes mudar de ares para não se tornarem inviáveis. E a manutenção de sua saúde é também salutar para a os demais clubes e até para o futebol como um todo.

O grande risco reside na alteração de sede para eventualmente uma composição com outro clube e a eventual subida de divisão sem o cumprimento de critérios técnicos para tanto. Isso sim poderia prejudicar a boa imagem do futebol e acabar por retirar valor do esporte perante patrocinadores, investidores, mídia e torcedores.

Essa é a grande missão dos reguladores do futebol: manter o equilíbrio sem permitir deturpações dos princípios fundamentais do esporte.

Para interagir com o autor: megale@universidadedofutebol.com.br