Às vezes me pergunto se estamos efetivamente preocupados com o futuro das marcas dos nossos clubes de futebol. Será que estamos atingindo efetivamente a cabeça (e o coração) das crianças e jovens da nova geração? Como está a comunicação voltada para este público? O que será dos clubes daqui 20, 30 anos, uma vez que as crianças que estão hoje na faixa dos 10 anos de idade pertencerão à faixa da população economicamente ativa até lá?
A reflexão veio da leitura da reportagem do Mundo do Marketing, intitulada “Quem são e por que as marcas não entendem os consumidores infantis”.
Percebe-se, pelo relato, a dificuldade que as marcas do meio corporativo têm para atingir o público infantil diante de um mundo cada vez mais digital, com reduzida fração no interesse por bens tangíveis para um apreço maior sobre as coisas virtuais. Isso que estas empresas estudam e procuram monitorar as preferências do seu público-alvo.
A mídia esportiva, em alguns casos, tem tentado esta aproximação, nomeadamente por meio dos “Fantasy Games” e pela interação em alguns programas com as redes sociais e a internet. Mas ainda são ações isoladas, sem um efetivo aproveitamento dos clubes.
A constatação serve apenas para efeito de reflexão, mesmo, uma vez que as mudanças e inovações tardam em muito por ser implementadas no futebol brasileiro.
E o motivo todos sabem: a única preocupação é se o clube deve ou não demitir o treinador no próximo domingo…
Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br