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Vitórias, fãs e lucro

"Mais vitórias é igual a mais fãs que é igual a mais lucro, certo? Errado, errado e errado".

Este é o título de uma reportagem escrita por Ray Kennedy em… 1980, publicado na Sports Illustrated na edição de 28 de abril daquele ano (http://sportsillustrated.cnn.com/vault/article/magazine/MAG1123388/5/index.htm).

Kennedy consulta na matéria Matthew Levine, então presidente de uma consultoria esportiva, que rechaça que "apenas 25% da base de fãs acompanha uma equipe por conta da performance esportiva (…) agora, as equipes, mais do que nunca, devem ouvir e responder as demandas de seus respectivos mercados". Para chegar a esta conclusão, foram entrevistados mais de 300 mil torcedores de esporte.

Mais de trinta anos depois, aqui no Brasil, ainda vivemos um debate incipiente neste âmbito, o que é comprovado pela visualização da curva ascendente de preços dos ingressos que está inversamente proporcional ao número médio de torcedores que acompanham os jogos das principais equipes do Campeonato Brasileiro nos últimos anos (http://exame.abril.com.br/economia/noticias/ingresso-de-futebol-sobe-mais-que-salario-minimo?page=2). Vendemos apenas resultado esportivo!!!

Nós sequer fazemos pesquisas para tentar identificar os anseios dos consumidores – agora que começam a surgir os primeiros projetos mais bem estruturados de sócio-torcedor.

A demanda reprimida por consumir o futebol ainda é enorme. As pessoas que gostam, por vezes, não sabem ou não conseguem se relacionar com seus clubes.

Precisamos voltar muito no tempo a partir de benchmarking com outros países para poder acelerar como mercado de consumo de esporte e, então, passar a pensar em estratégias mais ousadas para a conquista de territórios e receitas.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br