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Doutor Honoris Causa da Universidad Católica Rogério Ceni

Eu só aposentaria quem teima em apostar contra e a todo momento fica aposentando um mito como Rogério Ceni.

Só ele tem o direito de saber a hora de parar. Não apenas por tudo que é para o São Paulo e para o são-paulino. Mesmo se não fosse tudo que é também para o futebol brasileiro e mundial, ainda assim só cabe a ele decidir se o ano para parar é 2013.

Mesmo se não fosse o que mais ninguém foi no futebol mundial, ainda assim um mínimo de respeito seria necessário ao craque-bandeira tricolor.

Exagerei?

Veja o exagero do jogo de Ceni contra a Universidad Católica.

Ele classificou um time que pediu para ser eliminado, não fossem os gols de Aloísio, os passes de Ganso e, sim, ele, Ceni. O velho Rogério. O ultrapassado goleiro. O… O…. O 01 do São Paulo.

Na primeira defesa difícil, uma cabeçada para o chão ele mandou a escanteio de mão trocada. Não é para qualquer um. Foi para o 01.

Na segunda defesa de cinema de Ceni, a bola já havia passado por ele, e o goleiro tricolor foi tirar quase sobre a linha. Não é para qualquer um. Foi de novo para o 01.

Na terceira defesa espetacular, um chute estranho ele foi buscar como se fosse um animal que não existe. Certamente não para um sujeito de 40 anos. Só possível para o 01 parar aquela bola impegável. Se é que existe o termo. Só existe o Rogério para fazer o que fez.

Na quarta, no segundo tempo, ele foi pego no contrapé numa tijolada. E pegou com as mãos que só ele ainda tem. Não qualquer um. Só para o 01.

Na quinta, uma pancada de canhota, com um monte de gente à frente, ele foi buscar no canto baixo direito. Como milhões torciam e sonhavam. Mas só ele defenderia aquela pancada que ainda bateu no chão. Mas não bateu o 01

Na sexta, canhotaço de sem-pulo, a bola não era tão difícil, mas o quarentão teve reflexo de menino, e de mão trocada de novo salvou os pés são-paulinos. Como só o 01 poderia.

Na sétima, antevisão de craque, ele subiu junto com o rival e espalmou lá no alto. Como só o 01…

Enfim, você sabe.

E ele sabe ainda mais.

Desde 2005, contra o Liverpool, Rogério não defendia tanto.

Desde então, nenhum goleiro deve ter defendido tanto quanto o goleiro que já ganhou mais um título de doutor honoris causa da Universidad Católica.

Atuação tão inacreditável que não lembro de elogiar tanto um goleiro que tenha sofrido três gols – um de pênalti.

Olha que o marketing são-paulino deve ter pedido para Douglas errar tudo que errou (e a arbitragem também…) para Rogério fazer os 2938745 milagres realizados no Chile.

Em homenagem ao aniversário de Pelé, Ceni teve uma partida de Pelé.

Ou simplesmente de Rogério.


*Texto publicado originalmente no blog do Mauro Beting, no portal Lancenet.

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Lesão em final de temporada, como reagir?

A temporada do futebol se aproxima do fim e, devido ao excesso de jogos, muitos atletas chegam ao limite do estado físico e mental, fato este que eventualmente levam alguns a sofrerem lesões que podem tirá-los das partidas finais do calendário.

Imaginem os atletas que se encontram nesta situação: como eles podem reagir e buscar motivação para buscar a recuperação em final de temporada?

Sabemos que uma lesão ocasiona reações psicológicas adversas no atleta e um dos modelos mais aceitos que explicam como um atleta reage é o modelo de grief reaction, proposto por Kubler-Ross. Neste modelo, após a lesão o atleta passa por cinco estágios emocionais:

• Negação
• Raiva
• Barganha ou negociação
• Depressão
• Aceitação e reorganização

A maioria dos atletas passa pelas cinco fases, mas a velocidade e a facilidade para a transição entre elas variam de um atleta para outro, podendo durar dias ou até meses.

Conhecendo o cenário citado acima, como podem os clubes contribuir para promover um adequado processo de reabilitação do atleta lesionado?

Várias técnicas de superação podem ser utilizadas com o objetivo de potencializar e facilitar de alguma forma o processo de reabilitação. Dentre as existentes podemos citar:

• Estabelecimento de metas
• Auto conversação
• Relaxamento
• Visualização

Aqui iremos detalhar a auto conversação como uma das técnicas que podem ser utilizadas com os atletas.

A adoção desta técnica é importante pois ajudar a lidar com o baixo nível de confiança apresentado pelo atleta no período de reabilitação. O atleta aprender como e ser capaz de conseguir bloquear pensamentos negativos, como por exemplo: “Eu nunca vou melhorar”; ele precisa substituir estes pensamentos por outros realísticos e positivos tais como: “Estou me sentindo mal hoje mas estou cumprindo meus planos traçados para a reabilitação. Devo ser paciente e assim vou conseguir me recuperar”.

Pensar de maneira positiva contribui para o bem estar pessoal e a saúde do atleta, e este comportamento indica uma boa orientação para a busca para a melhora clínica. Ievleva & Orlick (1991) mostraram em estudo que os indivíduos cujas auto conversações eram positivas, auto encorajadoras e determinadas recuperavam-se mais rapidamente do que aqueles cujas auto conversações eram negativas e autodepreciativas.

Confira alguns exemplos de auto conversação, adaptado de Ievleva & Orlick (1991). Auto conversação positiva do grupo de reabilitação rápida

• “Como eu posso fazer o máximo?”
• “Eu posso vencer isto!”
• “Eu quero jogar. Eu vou me curar totalmente para isso.”
• “Estou me sentindo muito melhor.”
• “Estou melhorando cada dia mais.”

Auto conversação positiva do grupo de reabilitação rápida

• “É provável que isto vá demorar muito para melhorar.”
• “Eu nunca vou conseguir recuperar o tempo perdido.”
• “Nunca vou estar forte como antes.”
• “Que coisa estúpida para fazer, erro ridículo.”

Caro amigo, com o conhecimento acima acredito que os clubes devem utilizar as técnicas de superação para potencializar a recuperação de seus atletas, seja para a temporada atual ou até para que iniciem a próxima aptos à prática desportiva.

E você, o que acha desse investimento de tempo, vale a pena?!

Até a próxima!