Li recentemente em uma edição da Revista Sport Business International (Novembro de 2013) uma ampla reportagem que abordava a “Gestão de Grandes Eventos” e, no cerne de um dos temas apareceu uma citação que me chamou a atenção. Na tradução livre, é o que segue:
“Existe uma visão do público em geral de que as pessoas que entendem de esporte e, portanto, estão aptas a operar um evento esportivo, são ex-atletas. Eles não são! Na realidade, a compreensão de um ex-atleta é sobre o conteúdo e não sobre o contexto”. Will Glendinning.
Ótimo! Eis mais uma explicação plausível e interessante sobre o viés da profissionalização na gestão do esporte. Neste caso, é bom separar aqueles ex-atletas que buscaram uma formação adequada, seja ela antes, durante ou após sua carreira esportiva, e agora estão atuando competentemente no segmento.
O ambiente que circunda os projetos esportivos é amplamente complexo, não cabendo a restrição e o olhar único sobre a competição e/ou o jogo propriamente dito. O conhecimento tácito e prático é extremamente relevante, mas não suficiente.
Pensar e lembrar deste conceito é um importante passo à medida que se pretende debater e desenvolver o profissionalismo no esporte, seja na montagem de equipes multidisciplinares, seja na gestão propriamente dita.