É o nome dado para o Programa de MBA Executivo que foi criado pela Escola de Negócios da George Washington University nos Estados Unido, cuja ênfase dos cursos repousa na responsabilidade social corporativa, ética e liderança.
Os focos do curso são liderança, estratégias de sucesso e responsabilidade social. O público-alvo são atletas, músicos e artistas, pois os desafios que estes enfrentam – profissionais e financeiros – são únicos e o MBA os auxilia na construção e implementação de planos de negócio para seus empreendimentos e melhor gestão de carreira e pós-carreira.
É o primeiro MBA totalmente dedicado a este escopo e proporciona aos alunos experiências personalizadas projetadas para se encaixar em seus horários e perfis profissionais não-tradicionais.
O programa é projetado para ensinar estes talentos a como traduzir seu sucesso atual da carreira em negócios e no desenvolvimento social. Os cursos são personalizados em torno da disponibilidade de tempo dos alunos, permitindo-lhes obter um grau avançado de estudos e desenvolver oportunidades de negócios, enquanto administram suas carreiras e vidas pessoais.
“É uma ferramenta para o empoderamento", segundo Sanjay Rupani, diretor de estratégia da GWU. "Ele é personalizado especificamente para ajudar estes ícones talentosos a definir um caminho e encontrar novas oportunidades de carreira e desafios. Nossos alunos têm grande experiência e são líderes naturais. Eles vão gerar resultados muito poderosos para suas comunidades por meio da criação de negócios e atividade filantrópica."
O programa, que inclui cursos a distância e presenciais, também proporciona aos alunos o acesso a uma rede especial de indivíduos e organizações que podem ajudar a expandir seu alcance e influência na comunidade empresarial. Além disso, os alunos são estimulados a criar seus próprios planos de negócios, orientados por professores, mentores e coaches.
"O programa é uma grande oportunidade para eu tomar a experiência de liderança que eu ganhei durante o meu tempo na NFL e traduzi-lo para o sucesso dos negócios fora do campo", afirma um dos alunos, Marques Colston, wide receiver do New Orleans Saints.
"Eu quero estar mais envolvido na minha comunidade e influenciá-la de uma forma positiva. O comprometimento da GWU com a sociedade e a educação personalizada permitem combinar o meu interesse pessoal em fazer a diferença na sociedade com um conjunto de habilidades profissionais para garantir o sucesso dos meus projetos."
Historicamente, nossas estrelas do esporte, das artes e da indústria do entretenimento, não dispunham de ferramentas técnicas e de conhecimento apurado sobre como “devolver” (give back) à sociedade aquilo em que nelas foi depositado como ideário das esperanças e expectativas de transformação social.
Além disso, a cultura do engajamento social, da filantropia e do ativismo transformador, notadamente associada ao terceiro setor (ONG), é muito recente no Brasil e, mais recente e incipiente ainda, no esporte.
Outro aspecto que também desfavorece esse protagonismo é o fato de que o país optou por dissociar esporte e educação, seja com raízes na falta de atenção à base da pirâmide socioesportiva, seja na encruzilhada enfrentada por atletas de alto nível quando o dilema “estudar ou jogar” se impõe – já que o esporte universitário inexiste por aqui.
Criar mecanismos e alternativas para o empoderamento dos nossos atletas ao integrar educação formal e suas vivencias e experiências esportivas é algo poderoso para transformarmos a sociedade.
Mas isso causa até arrepio ao conservadorismo social e dos gestores esportivos, pois estes entendem que “atleta tem que ficar no lugar dele…” De preferencia “quietinho e sem mexer em nada…”
Ao contrário, entendo que o lugar do atleta significa puxar a fila da construção de uma sociedade melhor, pois são grandes exemplos pra todos nós e protagonistas de um Brasil que dá certo.
*STAR: sigla para Special Talent (Talento Especial), Access (Acesso) e Responsibility (Responsabilidade).