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A história se repete…

Há pouco mais de 3 anos o imbróglio envolvendo a negociação de Ronaldinho Gaúcho com o Flamengo, tendo ainda como personagens o Grêmio (que chegou a montar uma festa de apresentação para o atleta) e o Palmeiras, que disputaram até o último dia a “preferência” do jogador, teve um enredo de novela, nada agradável para uma estrela do futebol mundial que fora eleito melhor do mundo em duas oportunidades.

Quem já teve a oportunidade de ler o livro “A Bola não entra Por Acaso”, de Ferran Soriano, percebe no descritivo do autor sobre o craque do Barcelona os inúmeros desentendimentos que teve na relação do clube com o seu empresário, que desgastou uma relação de apreço e culminou com a saída do jogador em 2008, após 5 brilhantes temporadas no clube catalão.

Nesta semana a história se repetiu, dentro de uma possível negociação de Ronaldinho com o Palmeiras, no ano do seu centenário, que não se concretizou. Apesar de ficar difícil fazer uma análise mais coerente e abalizada sobre informações da imprensa, é notória a falta de profissionalismo na gestão da carreira do atleta.

Na realidade, é lamentável que uma carreira construída de forma brilhante nos gramados seja manchada por uma conduta nefasta fora das quatro linhas. Reforça-se, portanto, a necessidade cada vez mais premente de clubes e agentes se prepararem melhor para a formação e a condução da carreira dos astros do futebol, sem negligenciarem ou transferirem responsabilidades neste processo.

O mais triste disso tudo é: ao invés de estarmos celebrando o encerramento de uma carreira de um craque como Ronaldinho, estamos, na realidade, torcendo para que termine logo e, desta forma, nos poupe (enquanto torcedores e brasileiros) da falta de bom senso sobre relações formais com clubes e comprometimento com quem paga seus altos salários.