Ao entrarmos no último terço do Campeonato Brasileiro, com equipes que estão mais distantes da melhor performance esportiva e consequentemente das vitórias, um tema sempre vem à tona: as condições emocionais do grupo em momentos de crise e recuperação.
Já comentei anteriormente em outras colunas assuntos sobre o sequestro emocional, o estresse e os benefícios do gerenciamento das emoções por parte dos atletas e de todos os envolvidos na prática esportiva.
Existem formas de desenvolvermos um melhor controle de nossas emoções, como também existem formas para desenvolvermos uma eficiente prevenção do sequestro emocional. É igualmente possível gerenciar os níveis de estresse dos atletas e do elenco. Existem exemplos de aplicação prática desses assuntos e aqui não vou me concentrar nesse aspecto.
A reflexão de hoje está apoiada sobre o momento no qual deve-se recorrer a alguma forma de desenvolvimento humano para que os atletas possam se preparar para os momentos de crise e falta de bons resultados dentro de campo, bem como se prepararem para os momentos de decisão na parte de cima da tabela dos campeonatos ou nas fases finais de Copas que disputam.
Todo trabalho emocional pode ser mais assertivo quando feito de maneira prévia a estes momentos, com isso torna-se mais valioso e sustentável e duradouro para aqueles que recebem este tipo de trabalho de desenvolvimento. Porém, muitos atletas e equipes de futebol também conseguem responder muito bem aos trabalhos feitos em momentos difíceis, muitas técnicas e ferramentas são utilizadas para que se busque fortalecimento mental, aumento dos níveis de consciência e aumento da confiança.
Neste aspecto, talvez seja por este motivo, que mesmo de forma reativa, os clubes atualmente estejam cada vez mais contratando coaches com objetivo de realizar um trabalho sério de coaching para contribuir com busca por melhores desempenhos esportivos. Relembrando a definição de coaching, este é um processo eficaz que alavanca as mudanças, despertando o máximo potencial e colaborando para que os atletas, equipes e instituições alcancem suas metas e objetivos.
Com isso, aqueles clubes que ainda não experimentaram a aplicação deste valioso processo de desenvolvimento humano, e estão passando por momentos delicados nas competições que disputam, podem lançar mão desta disciplina dentro do esporte para somar com os esforços das demais disciplinas técnicas, táticas, fisiológicas e psicológicas para promover um adequado desenvolvimento dos seus atletas de futebol. Afinal de contas, ainda faltam muitos jogos a disputar e com certeza muita água ainda vai passar debaixo desta ponte.
Até a próxima.