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A Liga do Campeão

A final da Champions League realizada no último sábado em Cardiff, capital do País de Gales, trouxe elementos que engrandecem ainda mais esse que é o maior torneio entre clubes de futebol realizado no mundo. Dentro de campo, o Real Madrid levantou a taça pela 12º vez, consolidando a sua supremacia no continente e aumentando a sua já larga vantagem para os demais clubes. Enquanto isso, a Juventus terminou novamente como vice campeã, chegando pela 7ª vez em segundo colocado e ficando com o gosto amargo de quem quase chegou lá. Se o Real Madrid é o maior campeão, a Juve é a maior vice.

A cada ano, a organização do evento torna-se cada vez mais atraente e garante um espetáculo ainda mais agradável aos seus fãs, tanto aos que viajam para assistir a grande final, como também para quem acompanha de longe pela televisão e internet. Todo o ciclo envolvendo os pilares de marketing funcionam de forma harmônica, com os elementos se retroalimentando.

A audiência estimada de pessoas que assistiram ao jogo chega a 350 milhões de pessoas espalhadas por mais de 200 países. Em termos de comparação com o Super Bowl, trata-se do triplo de quantidade de pessoas ligadas durante a realização da partida. Sem dúvida, excluindo a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, é o maior evento esportivo do mundo. Com uma diferença crucial: esses dois eventos globais ocorrem uma vez a cada quatro anos, enquanto a Champions League acontece todo ano, durante 9 meses entre fases de classificação e finais.

Para a cidade que sedia a final, também é uma oportunidade de gerar receita para a economia local. Cardiff foi a cidade escolhida para a final desse ano. A pequena cidade com cerca de 320 mil habitantes, recebeu mais de 150 mil torcedores vindos da Espanha, Itália e de muitos outros países que viajaram para assistir ao jogo dentro do estádio ou simplesmente para sentir a atmosfera e aproveitar outras atividades proporcionadas pelo evento. Entre serviços e produtos consumidos, acredita-se que os valores movimentados tenham ultrapassado 50 milhões de euros.

Um ponto-chave para a expansão da Champions League são os excelentes cases de patrocínio que ocorrem a cada novo ano. A Heineken hoje possui uma plataforma de patrocínio tão especial e aclamada por conta de ativações realizadas nessa última década. Muitos começaram a seguir o seu caminho, criando ativações junto aos fãs com base em planejamentos detalhados e criativos, explorando a paixão que o futebol transmite e tornando o seu alcance exponencialmente maior na era das redes sociais.

Além da própria Heineken, ações de outros patrocinadores como Pepsi, Nissan e Lay´s geraram engajamento que ultrapassa muito as fronteiras do continente europeu.

A Lay’s, batata oficial da Champions League, realizou até mesmo uma ativação envolvendo Brasil e Argentina, reforçando o quanto esse evento é cada vez mais global. A ação buscou mostrar o quanto o futebol e, especialmente a Champions League, pode unir pessoas de diferentes culturas e nacionalidades que tem em comum a paixão por esse esporte. Vale a pena assistir ao vídeo:

A Pepsi, também dentro da mesma lógica de contar casos individuais que representam o sentimento de milhares, criou uma ação chamada “Troca de Memórias”, onde torcedores anônimos brasileiros eram entrevistados para falar de algum ingresso que guardaram de jogo memorável que foram assistir. A proposta era ver quais aceitariam trocar esse ingresso histórico pela chance de ganhar um ingresso para a final da Champions League. Porém, havia uma pegadinha e, ao invés de contar o final, compartilho o vídeo da ação:

A qualidade e a capacidade da UEFA em trazer algo de novo para cada nova temporada de seu principal produto é a prova do quanto é possível aliar a emoção do esporte com a razão dos negócios. Nesse caso, todos estão sagrando-se campeões.