Bem-vindos ao nosso mês de maio (mas já?) aqui no “Entre o Direito e o Esporte”. Nessas próximas quatro semanas vamos conversar sobre um assunto que é bem importante para o futebol de hoje e a sua indústria. Um assunto que dá a liga entre o futebol como direito e o futebol como negócio. Um assunto que está em todo o futebol, mesmo quando a gente não percebe. Em maio, nós vamos ver o que está entre o direito e o marketing: a propriedade intelectual no futebol.
Para deixar tudo programado, já vamos ficar de olho nas próximas semanas: hoje é aquela introdução do mês, uma base do que é propriedade intelectualno dia a dia do futebol. Semana que vem vamos ver mais sobre o que é conhecido como direito do autor– como o nosso jornal do esporte na hora do almoço. Na terceira semana do mês vamos conversar sobre os sinais distintivosno futebol – tipo o nome doseu time. E fechamos maio com as ideias de criação industriale de segredo industrial– como aquele material novo da chuteira da estrela do seutime e aquele suplemento especial que o fisiologista dá para os jogadores do seu time.
Só que hoje não vai ter regra geral, e sim vários exemplos. Bora lá?
O futebol de hoje não vive sem a mídia, sem propaganda, e sem marketing. O futebol hoje em dia precisa de alguém contando uma história. Uma história que a gente vê em comerciais na televisão, no rádio, e na internet. Um comercial que faz parte do nosso dia a dia – que nem aquele da Coca-Cola®, sabe?
É, você não está ficando louco! Realmente o link é para o YouTube® e esse comercial é um exemplo de direito do autor. Agora imagina só que você é o diretor desse comercial, o que é que você precisa antes? Um roteiro! Um roteiro para contar uma história, um roteiro para criar essa história. Uma história que também aparece no futebol.
Esse roteiro que é transformado em imagem, som, e palavras conta uma história – é a Nike®contando a história da nossa cultura do futebol. E essa gigante do esporte só consegue fazer isso por causa de tudo o que gira com o direito do autor: a música, a fotografia, e o conteúdo desse comercial fazem parte do que a gente vai ver na semana que vem. Tudo isso faz parte do direito do autor no nosso futebol.
Mais do que uma história, mais do que qualquer história. Um comercial conta a história de uma marca até quando traz só uma imagem, a imagem de uma marca – como a Coca-Cola®consegue em suas propagandas. É só ver o branco no vermelho em uma latinha que a gente já sabe o que é!
Esse tipo de conexão tem um valor ($). E esse valor é importante para a marca. Essa marca é o que faz o negócio rodar. E esse negócio também faz parte do nosso futebol. Faz parte do nosso futebol como o swoosh, que é o símbolo da Nike®. Todos sabem o que é, mesmo sem saber que issoé protegido como um sinal distintivo.
É o que a gente vai ver na terceira semana desse mês! Como o nome, a marca, o site e outros jeitos de “ser diferente” dos outros está entre o futebol e o direito da propriedade intelectual. Afinal, é disso que a indústria do esporte vive hoje.
Temos a marca, o nome, e o site. Temos a música certa, a melhor fotografia possível, e o roteiro fera. O que falta? O produto – a base de tudo. De novo, o que vem na cabeça quando a gente lembra da Coca-Cola®? Uma latinha vermelha com o nomeda marca em um tom branco, uma latinha feita de alumínio.
Essa latinha é uma criação industrial. Ela é feita de um jeito certo, com um material certo, e de um tamanho certo. Tudo isso pode ser registrado como uma patente– do mesmo jeito que acontece com as chuteiras. Chuteiras que estão nos pés dos nossos jogadores, chuteiras que são a mais pura tecnologia – como no comercial da Nike®.
E o que tem dentro da latinha? Esse é o grande mistério! A gente sabe o que é o refrigerante, só que a gente não sabe o que é a Coca-Cola®– a gente não sabe qual é a sua receita, qual é a sua fórmula. Esse segredo industrialtambém é usado no futebol para inovar no esporte– do mesmo jeito que a Nike®faz. A criação industrial e o segredo industrial andam lado a lado também no futebol, e são parte do nossodia a dia mais do que a gente vê, mais do que a gente sabe, e até mais do que a gente espera.
O esporte hoje é uma indústria. E como parte do esporte, o nosso futebol depende de como o seuclube consegue explorar o que tem depropriedade intelectual. Da chuteira da fornecedora do uniforme, da logomarca da patrocinadora máster, até a transmissão do jogo na televisão – tudo isso faz parte do negócio, tudo isso faz parte do jogo, e tudo isso faz parte do nossomês de maio aqui no nosso “Entre o Direito e o Esporte”.
Espero que tenham gostado dessa semana na Universidade do Futebol. E nos vemos na próxima sexta-feira para conversar sobre o direito do autorno nossofutebol. Fechou? Deixo meu convite para falarem comigo por aqui, pelo meu LinkedIn ou pelo meu Twitter. Bom final de semana para vocês, e até logo!
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