O papel do treinador em uma equipe de futebol tem sofrido mudanças ao longo dos tempos. Durante décadas foi um profissional eclético, um “sabe tudo”, onde além de ser um orientador natural na forma de jogar da equipe, era também, médico, nutricionista, psicólogo e assistente social.
Com a evolução dos conhecimentos no futebol, a responsabilidade pelo rendimento de uma equipe começou a ser dividida entre diferentes e inúmeros profissionais. Hoje há o preparador físico, os médicos especialistas, o fisioterapeuta, o fisiologista, o nutricionista, o psicólogo, o assistente social entre outros. Podemos assim dizer que a função do treinador neste início de século 21 começa a passar por uma metamorfose.
Na esteira da especialização o treinador, cada vez mais, tem que ser aquele profissional capaz de organizar a sua equipe, definindo um padrão de jogo e liderando seus atletas, sem abafar seu talento, mas ao mesmo tempo, disciplinando-os dentro de uma proposta tática.
Mas por outro lado, o treinador competente, tem que possuir uma visão de conjunto. Não pode mais ser aquele tipo de especialista que não entende ao menos um pouco a complexidade humana, cultural e social em que vive.
O treinador competente, portanto, para dar conta das demandas atuais do futebol contemporâneo, precisa de consistente liderança, formação acadêmica, conhecimentos diferenciados sobre tática, pensamento estratégico, metodologia que incorpore processos pedagógicos avançados, além de sólidos conhecimentos das ciências humanas para poder lidar com os atletas e todos aqueles que circundam seu trabalho.
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