Todos nós sabemos que o futebol é uma das mais significativas manifestações culturais dos nossos tempos. Como espetáculo fascina grande parte da população mundial que hoje já passa dos 6,5 bilhões de habitantes. Como prática esportiva, encontramos milhões e milhões de praticantes, entre homens e mulheres, espalhados pelo mundo todo.
Em pesquisa realizada em 2006, pela Federação Internacional de Futebol, a Fifa, instituição que organiza o futebol mundial, podemos observar números impressionantes.
Na China, por exemplo, mais de 26 milhões de pessoas praticam o futebol. A Índia, país sem tradição neste esporte, com apenas cerca de 400 jogadores profissionais, tem, contudo mais de 20 milhões de praticantes. Claro que temos que considerar que sua população já ultrapassa um bilhão de habitantes e, portanto, proporcionalmente estes 20 milhões pode não ser considerado um número tão grande assim. Mas para se ter uma idéia do que isso significa basta verificar que no Brasil, com uma população chegando próximo aos 200 milhões, temos cerca de 13 milhões de praticantes.
O Brasil, entretanto, é imbatível em número de jogadores profissionais entre os 207 países que são associados à Fifa. Possuíamos em 2006, 16,2 mil atletas profissionalizados. Bangladesh, país asiático, com população de 150 milhões de habitantes, possui mais de seis milhões de praticantes, porém nenhum jogador profissional.
Até os Estados Unidos, que parecem ser um país que não dá muita atenção a este esporte, possui a maior quantidade de mulheres futebolistas, com um número fantástico de mais de sete milhões de praticantes. Em segundo lugar vem a Alemanha com menos de dois milhões de mulheres que jogam futebol.
Os números são incríveis como podemos constatar. Não é à toa, portanto, que a Fifa, aproveitando-se da importância que este fenômeno sócio-cultural possui em escala global, vem procurando chamar a atenção para os aspectos da responsabilidade social potencialmente presentes no futebol enquanto instituição.
O significado do futebol é tão grande que a missão da Fifa, descrita em vários documentos por ela produzidos, de “desenvolver o jogo, comover o mundo e construir um futuro melhor” bem que poderia se transformar em realidade, na medida em que mais homens e mulheres de bem também participassem deste processo. O futebol seria um instrumento perfeito para isso.
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