Você pode torcer pelo Romário Futebol Clube e ainda ficar lamentando a ausência de um camisa nove. De um “matador”. Goleador. Artilheiro. Centroavante. Pivô. Referência de área. Um comandante de ataque. Um fazedor de gols. Aquele grosso que empurra a bola para dentro com qualquer parte da anatomia. Aquele jogador que não faz o gol quando a bola passando pela área. Aquele pé que falta para balançar a rede.
Você sabe de quem estou falando e sonhando. Mas, na boa: é realmente preciso sempre ter um centroavante para ser feliz?
Para ficar em um só ótimo exemplo da história do futebol brasileiro: o São Paulo multicampeão de 1991 a 1993 não tinha centroavante: jogassem três à frente (Muller, Macedo e Elivélton) ou duplas de atacantes ou meias (Muller e Elivélton; Macedo e Muller; Cafu e Muller; Palhinha e Muller), não havia um nove típico no ataque são-paulino bicampeão sul-americano e mundial. O Telêcolor do Morumbi virou referência de time a ser reverenciado por não ter a tal de referência de área. Um time que funcionava e chegava a encantar. Sem centroavante.
Telê não tinha um centroavante típico no time campeão mundial
Guivarc’h era o centroavante campeão mundial. Era mesmo?
M
as não é preciso ter um Evair ou um Jardel para brigar por títulos. (Embora fosse muito mais fácil explicar os canecos nas galerias).Para interagir com o autor: maurobeting@universidadedofutebol.com.br