Mais um ano começando e mais um monte de previsões aparecendo por aí, seja em revista de fofocas, na bolsa de valores ou em colunas esportivas. Todos dividindo o mesmo grau de QI e a mesma capacidade de acertar as coisas do futuro.
Eu, que faço parte dos escritores de coluna, dos que perderam dinheiro na bolsa e dos que secretamente leem revistas de fofoca, também me permitirei a fazer as minhas furadas previsões. Também faço parte daqueles que demorarão a se acostumar com leem sem acento.
A bolsa vai subir e aquele casal legal vai se separar. Essas são minhas previsões para os itens que não interessam a esse site. Para aquilo que concerne esse espaço, aqui vão 05 palpites para 2009:
1) Se nada de excepcional acontecer, o São Paulo deve ser o campeão brasileiro de 2009. Não adianta ser o time mais rico se você gasta muito dinheiro com quem não vale tanto assim. O São Paulo atual não parece ser o caso. Muricy aparenta ter o mesmo impacto na indústria do futebol brasileiro que o Ferguson na indústria inglesa. É mais difícil prever o resultado para a Libertadores e para o Paulista, uma vez que estes são mais curtos e imprevisíveis, mas ele deve se sair bem.
2) Se nada de excepcional acontecer, o Santos deverá ter problemas de performance ao longo do ano. O clube deverá voltar à fase pré-Robinho, uma vez que só saiu dessa era por causa do time excepcional ao qual pertencia o próprio Robinho. Foi uma alteração de curso que já foi compensada.
3) Se nada de excepcional acontecer, Internacional e Cruzeiro parecem ser os clubes de fora do eixo RJ-SP, que a cada dia mais vira só eixo SP, com maior capacidade de se destacar. O time do Grêmio do ano passado foi excepcional. Nesse ano, as coisas devem voltar ao normal.
4) Se nada de excepcional acontecer, os times do RJ devem ter problemas ao longo do ano, principalmente o Botafogo. O Vasco, que pode ser a surpresa do Estadual, deve voltar para a primeira sem maiores problemas, mas talvez de forma mais tortuosa que a do Corinthians.
5) Se nada de excepcional acontecer, a janela de transferências será minguada. Somando isso às péssimas condições do mercado de patrocínio, clubes terão receitas comprometidas, o que gerará um problema para arcar com salários de jogadores com contratos feitos no período de bonança. Isso gerará descontentamento do elenco e consequente baixa performance. Na dúvida, vai sobrar para os técnicos. É possível que tenhamos um alto índice de troca de cadeiras durante o ano.
Essas, ao meu ver, são algumas das tendências do ano, baseado mais na capacidade de geração de receita e reaplicação em performance do que em uma própria análise do elenco de cada clube.
Nunca fui bom em palpites. Se nada de excepcional acontecer, eu devo errar em quase todos eles.
Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br