Olá, amigos!
Damos sequência nesta coluna ao nosso “mini fórum” sobre o uso da tecnologia no futebol, abrindo espaço para o grupo de leitores que defendem a entrada parcial da tecnologia no universo da modalidade.
Agradeço aos amigos que têm participado do debate e contribuído com a parte principal destes textos, cabendo a mim apenas reorganizar e expor as ideias. Lembro que não estou à parte do debate, mas conforme o combinado, deixarei meu ponto de vista para as considerações finais, nas quais haverá espaço também aos nossos colaboradores.
Quando idealizei essa série de produções imaginava duas correntes argumentativas polarizando a discussão. Uma com aqueles que defendem os portões fechados para a tecnologia no futebol; e outra com os incentivadores do uso da mesma pelo esporte bretão.
Para nossa surpresa e enriquecimento do debate, um terceiro grupo apresenta-se com opiniões que se situam no meio termo. Para os mais apressados, poderiam ser os “em cima do muro”, mas é necessário compreender seus pontos de vista, daqueles que chamo de defensores dos “portões encostados” (ou “semi-abertos”) para a tecnologia.
Assim como quem entende que os “portões” devam estar “fechados” para a tecnologia, esse grupo apresenta a ideia de que os custos e necessidades de investimentos para a implantação dos recursos na arbitragem são elementos de “des-democratização”. Por isso, defendem uma linha de inserção da tecnologia com ressalvas, focando seu uso muito mais no processo de planejamento do futebol, entendendo este como decisões tomadas do ponto de vista estratégico e gerencial com o auxilio da tecnologia, e não decisões de campo.
Alguns pontos podem até parecer contraditórios, mas lembro que são opiniões de diferentes colaboradores, que pela essência de seus comentários se encaixam nesse perfil de “portões encostados” para a tecnologia.
Portões Abertos:
Tecnologia para controle e precisão do tempo de jogo, acréscimos, tempo de bola parada, etc. (Lincon Fonseca)
Melhoria dos sistemas de comunicação (já em uso) dos árbitros e assistentes (Lucas Iano)
Tecnologia como sistema de avaliação, feedback para a performance de árbitros, e atualização dos profissionais (Lincon Fonseca, Ricardo Rodrigues)
Portões Fechados:
Soluções que não são imediatas e interferem na decisão prévia do árbitro, como o replay de lances polêmicos (Lincon Fonseca, Lucas Iano)
Utilização de recursos que tira a responsabilidade do árbitro, como chips na linha de gol ou identificação eletrônica de impedimento (Ricardo Rodrigues)
Sistemas que requerem custos elevados de investimentos, dificultando uma uniformidade da arbitragem em nível mundial (Ricardo Rodrigues)
Na próxima semana, apresentarei os tópicos da turma dos “portões abertos”, que defende o acesso à tecnologia no futebol.
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