O futebol de campo surgiu na Inglaterra em virtude de dissidência entre os atletas que queriam utilizar os pés e os que preferiam utilizar as mãos (estes criaram o rúgbi).
As regras do futebol foram criadas pela Federação Inglesa em 1863 e tratam-se de 17 regras básicas, a saber:
Regra 1 – O campo de jogo
Regra 2 – A bola
Regra 3 – O número de jogadores
Regra 4 – O equipamento dos jogadores
Regra 5 – O árbitro
Regra 6 – Os árbitros assistentes
Regra 7 – A duração da partida
Regra 8 – O início e reinício do jogo
Regra 9 – A bola em jogo ou fora de jogo
Regra 10 – O gol marcado
Regra 11 – O impedimento
Regra 12 – Faltas e conduta antidesportiva
Regra 13 – Os tiros livres
Regra 14 – O tiro penal
Regra 15 – O arremesso lateral
Regra 16 – O tiro de meta
Regra 17 – O tiro de canto
Por seu turno, a International Board foi criada em 6 de dezembro de 1882 por ingleses, escoceses, galeses e irlandeses para que se definisse e unificasse as regras do futebol entre os quatro países.
Em 1904, a Fifa foi criada e adotou as disposições do International Board, que admitiu a entidade nove anos depois.
Em sistema utilizado desde 1958, para mudanças na regra serem aprovadas, ela deve ter o voto de pelo menos seis dos oito membros da Assembleia Geral Ordinária que é composta por quatro delegados da Fifa e membros de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda, fundadores do International Board.
Historicamente, mudanças já foram feitas pelo International Board, como o acréscimo no fim dos dois tempos (1987), proibição dos goleiros pegarem com mão no recuo de bola (1992), terceira substituição (1994) ou a disposição sobre a paradinha em cobranças de pênalti (2010). Entretanto, percebe-se que foram poucas e pequenas as alterações sofridas ao longo de mais de cem anos.
Esta semana, a CBF divulgou as alterações nas regras implementadas pela Fifa que entrarão em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2013.
A partir desta data, serão permitidos 12 jogadores no banco de reservas (atualmente são sete), o que exigirá adequação dos estádios.
Além disso, os técnicos também terão a opção de escalar um jogador que não esteja na lista dos titulares divulgada antes da partida. Dessa forma, se um atleta que não esteja nesta relação começar jogando, nem o jogador, nem o clube serão punidos e o número de substituições também não será diminuído.
Há outras alterações mais significativas em pauta, como a quarta substituição em jogos com prorrogação, a utilização de tecnologia para se aferir se realmente a bola entrou no gol e até mesmo uma punição tripla para faltas violentas (pênalti, expulsão e suspensão).
Por outro lado, os membros da International Board são extremamente conservadores, o que traz indícios de que não haverá mudanças significativas. Considerando o público e a paixão que acompanham o futebol, de certo, não são necessárias grandes alterações até mesmo porque “não se mexe em time que está ganhando”.
Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br