Categorias
Conteúdo Udof>Colunas|Sem categoria

Neymar embalado e embolado pelo “cai-cai”

Motivo de piada. Infelizmente é como o gesto de dissimulação do Neymar durante esta Copa do Mundo. O rolamento no chão sem motivos aparentes de lesão ou falta de condições no jogo, a fim de confundir a arbitragem e o adversário, faz com que os torcedores de futebol pelo mundo encarem a atitude como antijogo e, assim, reagem com ironia, a tratar isso como piada. Consequentemente, o futebolista acaba sendo assim reconhecido e tem sua credibilidade colocada em xeque.

Um dos atributos mais importantes para um profissional, independente do ramo de atividade, é o estabelecimento de uma relação de confiança. Obtê-la leva tempo e reconquistá-la, muito mais. O repetido gesto, popularmente conhecido como “cai-cai” e a teatralização do fato, muitas vezes por motivos nulos, acaba por irritar o torcedor, que considera-se enganado pelo “cai-cai”. Ou seja, ele não pagou para ser trapaceado e, portanto, não quer a trapaça (enganar o árbitro e potencializar uma falta aparentemente inofensiva). A lembrar que os elementos mais importantes do esporte são: o atleta e o torcedor. O torcedor não quer ser enganado: por isso as campanhas contra a dopagem, o firme trabalho contra as apostas ilegais e manipulação de resultados, contra a violência nos estádios, manifestações de racismo, e, também, de valorização do “fair-play”. Por “fair-play”, em tradução literal, entende-se como sendo “jogo limpo”. Dentro deste jogo limpo, consideramos: a ética, a honradez, a probidade, a disciplina, o respeito e o caráter.

Em todos estes pontos supracitados a dissimulação vai contra.

São milhões de “memes” alusivos a Neymar e o gesto de queda e rolamento. Muitos de vocês leitores já devem ter recebido vários. Torcedores do mundo todo simulam cair e rolar ao ouvirem falar o nome dele ou simplesmente ao encontrarem um brasileiro qualquer na rua. Por associação, o futebol brasileiro também fica assim associado, pela tentativa de dissimulação, pela trapaça (prática comum no futebol do Brasil) e incoerência (ser campeão tentando enganar). O mundo não perdoa.

É preciso um trabalho de comunicação incansável para melhorar a imagem de Neymar. Simultaneamente, o atleta também precisa mudar de atitude. Os olhos do mundo estarão ainda mais atentos a partir de agora quando ele tocar na bola. Ele não vai poder mais cair, literalmente. Terá que tomar atitudes mais profissionais, em respeito às instituições que lhe proporcionam as condições que permitem com que ele faça o que sabe de melhor fazer e para isso é pago: jogar futebol e, num esforço coletivo com toda a equipe, proporcionar um bom jogo a fim de satisfazer seus torcedores, que são consumidores e pagam por todos os produtos relacionados ao clube. E isso é parte do soldo de um futebolista.

Neymar em jogo da seleção brasileira em jogo do Mundial da Rússia 2018. (Foto: AP)

 

Com tudo isso, é importantíssimo neste momento que haja este tipo de trabalho para melhorar a imagem dele, desde que sua postura também mude. Este esforço ganhará mais fundamento assim que títulos de expressão apareçam, quer seja pelo clube e pela seleção brasileira. Tratado com todos os mimos no Brasil e aparentemente por onde passa, é preciso humildade para reconhecer o que acontece e encarar a realidade. No seu tempo, o mundo vai reconhecer e irá aplaudi-lo.

Em tempo: este é o meu texto número 50 nesta coluna da Universidade do Futebol. Obrigado a esta casa pela confiança nos artigos e a vocês, leitores, pelas visitas e leituras. Mais uma vez, o meu muito obrigado!

Categorias
Colunas

Neymar embalado e embolado pelo “cai-cai"

Motivo de piada. Infelizmente é como o gesto de dissimulação do Neymar durante esta Copa do Mundo. O rolamento no chão sem motivos aparentes de lesão ou falta de condições no jogo, a fim de confundir a arbitragem e o adversário, faz com que os torcedores de futebol pelo mundo encarem a atitude como antijogo e, assim, reagem com ironia, a tratar isso como piada. Consequentemente, o futebolista acaba sendo assim reconhecido e tem sua credibilidade colocada em xeque.

Um dos atributos mais importantes para um profissional, independente do ramo de atividade, é o estabelecimento de uma relação de confiança. Obtê-la leva tempo e reconquistá-la, muito mais. O repetido gesto, popularmente conhecido como “cai-cai” e a teatralização do fato, muitas vezes por motivos nulos, acaba por irritar o torcedor, que considera-se enganado pelo “cai-cai”. Ou seja, ele não pagou para ser trapaceado e, portanto, não quer a trapaça (enganar o árbitro e potencializar uma falta aparentemente inofensiva). A lembrar que os elementos mais importantes do esporte são: o atleta e o torcedor. O torcedor não quer ser enganado: por isso as campanhas contra a dopagem, o firme trabalho contra as apostas ilegais e manipulação de resultados, contra a violência nos estádios, manifestações de racismo, e, também, de valorização do “fair-play”. Por “fair-play”, em tradução literal, entende-se como sendo “jogo limpo”. Dentro deste jogo limpo, consideramos: a ética, a honradez, a probidade, a disciplina, o respeito e o caráter.

Em todos estes pontos supracitados a dissimulação vai contra.

São milhões de “memes” alusivos a Neymar e o gesto de queda e rolamento. Muitos de vocês leitores já devem ter recebido vários. Torcedores do mundo todo simulam cair e rolar ao ouvirem falar o nome dele ou simplesmente ao encontrarem um brasileiro qualquer na rua. Por associação, o futebol brasileiro também fica assim associado, pela tentativa de dissimulação, pela trapaça (prática comum no futebol do Brasil) e incoerência (ser campeão tentando enganar). O mundo não perdoa.

É preciso um trabalho de comunicação incansável para melhorar a imagem de Neymar. Simultaneamente, o atleta também precisa mudar de atitude. Os olhos do mundo estarão ainda mais atentos a partir de agora quando ele tocar na bola. Ele não vai poder mais cair, literalmente. Terá que tomar atitudes mais profissionais, em respeito às instituições que lhe proporcionam as condições que permitem com que ele faça o que sabe de melhor fazer e para isso é pago: jogar futebol e, num esforço coletivo com toda a equipe, proporcionar um bom jogo a fim de satisfazer seus torcedores, que são consumidores e pagam por todos os produtos relacionados ao clube. E isso é parte do soldo de um futebolista.

Neymar em jogo da seleção brasileira em jogo do Mundial da Rússia 2018. (Foto: AP)

 

Com tudo isso, é importantíssimo neste momento que haja este tipo de trabalho para melhorar a imagem dele, desde que sua postura também mude. Este esforço ganhará mais fundamento assim que títulos de expressão apareçam, quer seja pelo clube e pela seleção brasileira. Tratado com todos os mimos no Brasil e aparentemente por onde passa, é preciso humildade para reconhecer o que acontece e encarar a realidade. No seu tempo, o mundo vai reconhecer e irá aplaudi-lo.

Em tempo: este é o meu texto número 50 nesta coluna da Universidade do Futebol. Obrigado a esta casa pela confiança nos artigos e a vocês, leitores, pelas visitas e leituras. Mais uma vez, o meu muito obrigado!