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Não é simples fazer o São Paulo ‘mudar de patamar’

Me causa calafrio ouvir que determinado jogador vai fazer com que um time ‘mude de patamar’. Quando uma contratação de peso é feita, há uma euforia coletiva pintada sobre o lema ‘agora vai’. Foi assim com Daniel Alves no São Paulo. E de quebra veio o espanhol Juanfran também. ‘Agora não tem como não ir’, pensaram alguns são-paulinos. E eis que o time ‘não está indo’. Não vence há quatro rodadas. Está dez pontos atrás do líder Flamengo. Juanfran foi reserva contra o CSA no Morumbi. Daniel Alves esteve na seleção brasileira e mal treinou com o grupo tricolor. Não há um encaixe entre os bons jogadores do elenco tricolor. As coisas não são tão simples…

Não quero entrar na profunda discussão que temos – ou que não temos, mas deveríamos ter – que o jogo é coletivo e não devemos individualiza-lo, como prega a escola brasileira de futebol. Mas ter bons jogadores não é garantia de nada no futebol. A dobradinha ‘planejamento-execução’ ainda é a ferramenta mais valiosa e que traz mais sucesso.

Por exemplo: quando o São Paulo recontratou Hernanes e Alexandre Pato houve uma análise profunda de como eles conseguiriam contribuir de maneira eficaz com as ideias de jogo? Ops, não havia ideia de jogo quando eles vieram…de janeiro a abril deste ano, o São Paulo teve como treinador André Jardine, Vágner Mancini e Cuca…o mesmo podemos dizer das contratações de Daniel Alves, Juanfran, Tche Tche, Vitor Bueno, Raniel e tantos outros jogadores que vieram com a alegação de uma ‘boa oportunidade de mercado’, mas sem nenhuma base técnico-tática por trás.

Cuca deve sim ser cobrado. Ele também é causa e consequência dessa falta de diretriz do futebol são-paulino, mas poderia apresentar mais consistência de jogo, fortificando as relações entre as peças. É possível argumentar que o departamento médico tricolor esteve cheio até outro dia. Ou que as seleções principal e olímpica desfalcaram o elenco por muitos dias. Porém, enquanto o clube de maneira institucional não definir de verdade o que quer dentro de campo, tendo um conceito, acreditando e trabalhando nele, continuará havendo muita desculpa e pouco resultado.

 

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Não é simples fazer o São Paulo 'mudar de patamar'

Me causa calafrio ouvir que determinado jogador vai fazer com que um time ‘mude de patamar’. Quando uma contratação de peso é feita, há uma euforia coletiva pintada sobre o lema ‘agora vai’. Foi assim com Daniel Alves no São Paulo. E de quebra veio o espanhol Juanfran também. ‘Agora não tem como não ir’, pensaram alguns são-paulinos. E eis que o time ‘não está indo’. Não vence há quatro rodadas. Está dez pontos atrás do líder Flamengo. Juanfran foi reserva contra o CSA no Morumbi. Daniel Alves esteve na seleção brasileira e mal treinou com o grupo tricolor. Não há um encaixe entre os bons jogadores do elenco tricolor. As coisas não são tão simples…
Não quero entrar na profunda discussão que temos – ou que não temos, mas deveríamos ter – que o jogo é coletivo e não devemos individualiza-lo, como prega a escola brasileira de futebol. Mas ter bons jogadores não é garantia de nada no futebol. A dobradinha ‘planejamento-execução’ ainda é a ferramenta mais valiosa e que traz mais sucesso.
Por exemplo: quando o São Paulo recontratou Hernanes e Alexandre Pato houve uma análise profunda de como eles conseguiriam contribuir de maneira eficaz com as ideias de jogo? Ops, não havia ideia de jogo quando eles vieram…de janeiro a abril deste ano, o São Paulo teve como treinador André Jardine, Vágner Mancini e Cuca…o mesmo podemos dizer das contratações de Daniel Alves, Juanfran, Tche Tche, Vitor Bueno, Raniel e tantos outros jogadores que vieram com a alegação de uma ‘boa oportunidade de mercado’, mas sem nenhuma base técnico-tática por trás.
Cuca deve sim ser cobrado. Ele também é causa e consequência dessa falta de diretriz do futebol são-paulino, mas poderia apresentar mais consistência de jogo, fortificando as relações entre as peças. É possível argumentar que o departamento médico tricolor esteve cheio até outro dia. Ou que as seleções principal e olímpica desfalcaram o elenco por muitos dias. Porém, enquanto o clube de maneira institucional não definir de verdade o que quer dentro de campo, tendo um conceito, acreditando e trabalhando nele, continuará havendo muita desculpa e pouco resultado.