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Um novo cenário para os treinadores brasileiros

O sucesso obtido pelo português Jorge Jesus no Flamengo, em um curto espaço de tempo, vem provocando debates acalorados e declarações públicas de relevantes treinadores brasileiros, seja sobre o papel do treinador estrangeiro no Brasil, seja sobre o espaço que o estrangeiro vem ocupando em território brasileiro.
Abel Braga, Argel, Jair Ventura, Levir Culpi, Luxemburgo, Mano Menezes, Renato Portaluppi, Zé Mário, dentre outros nomes, fazem parte do rol de treinadores que, de algum modo, fizeram críticas ao trabalho dos treinadores estrangeiros.
Levir Culpi limitou-se a criticar o argentino Jorge Sampaoli pelas suas tatuagens, mas não abordou questões conceituais de jogo do treinador do Santos.
O presidente da Federação Brasileira de Treinadores de Futebol, Zé Mário, criticou o excesso de elogios dedicados ao treinador estrangeiro, resumindo o atual sucesso pela qualidade de elenco.
Jair Ventura sustentou que os profissionais estrangeiros estão tirando o espaço de treinadores brasileiros mais novos.
Para Renato Portaluppi, se fosse dirigente, jamais contrataria um treinador estrangeiro. Na época da declaração, Sampaoli e Jesus não tinham conquistado títulos, portanto, não poderiam servir como parâmetro de sucesso. Em relação ao estudo contínuo e a qualificação dos nossos treinadores, Renato afirmou: “Quem precisa aprender vai a Europa estudar e quem não precisa vai à praia”.
A postura mais ponderada a respeito dos estrangeiros em terras brasileiras foi de Muricy Ramalho, o qual prefere olhar para a qualidade do treinador e não para o seu local de nascimento.
O português Jorge Jesus, após o bombardeio de críticas, resolveu se defender: “Além de Felipão, teve Autuori, Abel Braga, Dunga, Carlos Alberto, René Simões, Paulo Autuori. E nós treinadores portugueses, quando eles tiveram lá, tentávamos aprender e tirar alguma coisa positiva e nunca foi esta agressividade verbal que os treinadores brasileiros têm sobre mim. Não entendo essas mentes fechadas. Espero que olhem para mim como colega de profissão”.
 
Para ler o artigo na íntegra, clique aqui.
 

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Material Escolar

É tradição as compras de material escolar acontecerem em janeiro, já que o ano letivo começa no mês seguinte. É comum cadernos, pastas e mochilas terem fotos e desenhos de vários temas, dentre eles, os esportivos: surfe, skate e basquete. Dentro desta gama nesta última modalidade há artigos ainda mais específicos, de franquias da mundialmente conhecida liga da NBA.
De uns anos para cá o futebol tem ocupado espaço nas papelarias, com os mesmos produtos supracitados, no entanto são os grandes clubes europeus que disputam as prateleiras. Paris, Real Madrid, AC Milan e Manchester United são alguns. Esgotam-se rapidamente. Clubes brasileiros, nenhum. Causa estranheza. Afinal, são as crianças brasileiras que se interessam pelo futebol de clubes de fora ou são os clubes de fora que se interessam pela criançada daqui?
A coluna fica com a segunda opção. É a “avalanche” de artigos e conteúdo de mídia à disposição, somada a outros fatores como ídolos e qualidade do jogo – a elencar apenas alguns -, que fazem as mães comprarem cada vez mais produtos alusivos às instituições das principais ligas da Europa. Quer seja o que fazem ou não fazem os departamentos de marketing dos clubes daqui, acabam por se esquecer por uma parcela do mercado consumidor que tem grande poder de decisão na hora de consumir.
Artigos escolares são relativamente baratos e de uma difusão sem igual. É o caderno que carrega as lembranças dos alunos, as anotações. A mochila que o estudante ostentará com orgulho e se sentirá parte de algo maior. Este algo maior pode significar um vínculo para toda a vida e passar de geração para geração.

Estojo do Paris Saint-Germain. (Foto: Reprodução/Divulgação)

 
Diante disso, imagina-se que os clubes brasileiros queiram ganhar muito nos acordos com as empresas de artigos escolares, como se fossem lobos famintos por…migalhas! Quem vem de fora, não pensa assim. É mais que na hora que neste ano de 2020 essa ambição desmedida seja posta de lado e acordos comerciais aconteçam, para que no ano seguinte as mães comprem mais material escolar que carreguem símbolos e referências alusivas aos clubes de futebol do Brasil.
Precisa-se disso (também)!

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Em tempo: o autor desta coluna possui um carinho com o Olympique de Marselha (OM) por conta de uma camisa desta equipe comprada pelo pai dele em 1990. Não sabendo do que se tratava, o pai só a levou para o filho porque estava, segundo ele, absurdamente barata. A loja a havia adquirido e as vendas não foram tão boas, afinal naqueles tempos pouco se sabia sobre o futebol internacional de clubes. O garoto foi atrás de informações e pegou gosto do “OM”, mantido até hoje.
Em tempo ainda, mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

“Habilidade é o que você é capaz de fazer. A motivação determina o que você faz. A atitude determina o quão bem você vai fazer isso”.
Lou Holtz, treinador de futebol americano