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Ser treinador de futebol

Ser treinador de futebol profissional é um sonho de milhões de brasileiros. Muitos alimentam tal sonho comandando equipes virtuais em jogos de vídeo game, ou então, em jogos de gerenciamento para computador. Outros são professores de escolinha ávidos por uma oportunidade nas categorias de base. Muitos deles, já nas equipes de formação, almejam um dia alcançar o cargo. Centenas de jogadores em atividade fazem planos de seguirem no futebol como treinadores assim que “pendurarem as chuteiras”. É corriqueiro observarmos comentários dos sonhadores em geral iniciados pela seguinte expressão: “Se eu fosse o treinador…”.

Aqueles que optam por tornar o sonho uma realidade devem aprender a conviver num ambiente em que a luta pela manutenção ou por um espaço no mercado são cotidianas, a instabilidade é constante e as condições de trabalho, muitas vezes, se opõem ao que, teoricamente, é garantido por lei.

Ter condições para sobreviver no referido ambiente implica a aquisição de diversas competências que podem destacá-lo no mercado e aumentar as possibilidades de empregabilidade. Obviamente, conseguir vencer jogos é a principal delas.

Neste sentido, recentemente, uma entrevista televisiva (possibilitada pela capacidade que o treinador tem de vencer jogos) sequencialmente foi espalhada nas redes sociais e reacendeu a discussão de quem deve (ou pode) ser treinador de futebol.

Uma discussão ultrapassada, desnecessária e que pode nos fazer gastar energia improdutiva tanto por parte de quem já realizou o sonho tanto por parte de quem ainda o alimenta.

Então, se você é ou pretende ser treinador de futebol profissional foque em suas competências, pois o mercado, dia após dia, abre espaço para os profissionais mais preparados, independentemente de suas origens.

Para auxiliá-lo, será proposto um exercício de autoavaliação das funções de um treinador como um gestor de pessoas. As competências foram listadas a partir de uma publicação feita por um treinador brasileiro de futebol profissional.

Para cada item, estabeleça uma pontuação de 1 a 5 de acordo com a seguinte classificação:

1– Competência não realizada;
2- Competência pouco realizada;
3- Competência às vezes realizada;
4- Competência quase sempre realizada;
5- Competência sempre realizada;

As competências seguem abaixo:

1. Avaliar nível de competitividade coletiva;
2. Avaliar nível de motivação da equipe;
3. Avaliar nível de motivação pessoal;
4. Exercer liderança efetiva;
5. Exercer comunicação eficaz;
6. Dar feedback;
7. Intervenção adequada na relação esforço x punição;
8. Exercer cobranças devidas;
9. Transmitir informações claras e coerentes;
10. Detectar burnout;
11. Auxiliar a construção da personalidade;
12. Formar valores (morais, esportivos, sociais, etc.);
13. Conhecer nível de aprendizagem da equipe;
14. Conhecer nível de aprendizagem individual;
15. Criar ambiente para obtenção de sucesso;
16. Estabelecer regras e limites;
17. Ser assertivo na relação vitória x fracasso;
18. Desenvolver autoestima;
19. Transformar o grupo em equipe;
20. Planejar metas e objetivos individuais e coletivos;
21. Conhecer a história de vida e esportiva dos atletas;
22. Ser responsável pela composição e funcionamento da comissão técnica;
23. Ser assertivo na relação dispensa x admissão de atletas;
24. Propor atividades dinâmicas, atrativas e variadas;
25. Converter as atividades em desafios, nunca em ameaças;
26. Observar individualmente os atletas;
27. Ser capaz de corrigir as metas estabelecidas;
28. Analisar o próprio estado emocional para não transmitir ansiedade.

Uma vez estabelecido o número relativo a cada competência, some-os para verificar o valor final. Quanto mais próximo de 140 pontos (28 x 5) melhor está sua atuação enquanto gestor de pessoas. Uma análise crítica do seu desempenho pode definir claramente quais são os seus pontos fortes e fracos nesta prática indispensável ao treinador moderno.

Aproveito para encerrar a coluna desta semana agradecendo à Universidade do Futebol pelo espaço que me proporciona há três anos para discutir, refletir e pensar futebol com os milhares de seguidores do portal.

Comandado seriamente por quem não mede esforços para transformar o (aparente) vitorioso futebol brasileiro, acompanhar cada publicação do site me torna um treinador melhor, uma pessoa melhor. Agradeço também aos leitores que dedicam parte de seu precioso tempo para compartilhar conhecimento.

E nesta jornada sigo, como milhões de brasileiros, sonhando…

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O Campeonato Brasileiro de 2013 tem mais uma rodada

Insatisfeita com a decisão da Justiça Desportiva, a Portuguesa propôs ação na Justiça Comum e o magistrado da 43ª Vara Cível de São Paulo, concedeu liminar determinando que a CBF devolva os quatro pontos retirados pela punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o que rebaixaria o Flamengo que também perdeu pontos pela escalação irregular do lateral André Santos.

Além de devolver os quatro pontos, a decisão da Justiça Comum, proíbe a eventual punição desportiva à Portuguesa pelo fato de ter ingressado em juízo.

A decisão pode trazer graves consequências para o futebol brasileiro, já que o Campeonato Brasileiro tem seu início marcado para 19 de abril.

O debate sobre o acesso à Justiça Comum para discutir questões desportivas não é recente. Em outras oportunidades, alguns clubes se valeram de decisões judiciais para participarem de competições.

Inicialmente, é imprescindível destacar o direito constitucional do cidadão de ter acesso ao Poder Judiciário. Ou seja, o acesso à Justiça Comum é garantido.

No que tange ao mérito da questão, a Justiça Desportiva possui natureza “sui generis”, pois é prevista constitucionalmente no art. 217, da Constituição Brasileira e possui, ainda, características que a aproximam do Juízo Arbitral.

Assim, aplicando-se subsidiariamente a Lei de Arbitragem, constata-se que, nos termos do seu artigo 33, o Poder Judiciário pode analisar tão somente os requisitos formais da decisão exarada pela Justiça Desportiva declarando-a nula ou não. E esta ação deve ser proposta no prazo de noventa dias.

Ou seja, ainda que no mérito a Portuguesa possa ter razão, o prazo para propositura deve ser respeitado e o Poder Judiciário não pode alterar a decisão da Justiça Desportiva declarando, por exemplo, que a escalação do atleta foi regular.

No caso do deporto deve-se analisar, também, o Princípio “pro competicione” que regula as relações jusdesportivas. Ora, a Justiça Desportiva foi criada para assegurar a celeridade das decisões atinentes ao evento esportivo, sob pena da morosidade do Poder Judiciário inviabilizar a prática desportiva.

Outrossim, o artigo 217 da Constituição Brasileira assegura a autonomia das Federações Esportivas e o artigo 5º, por sua vez, traz o direito à liberdade de associação.

Destarte, a Confederação Brasileira de Futebol é uma associação de clubes que se reúnem livremente para participarem de competições de futebol e eventual decisão que obrigue a instituição a manter associada qualquer entidade retira-lhe direito constitucional.

Sendo assim, proibir a CBF de, por exemplo, desfiliar a Lusa afronta cabalmente a Constituição Brasileira.

Ao lado de toda essa discussão, há, ainda, a FIFA que em seus estatutos elaborados sob a égide da legislação suíça abomina qualquer forma de interferência externa no desporto o que pode, em tese, trazer consequências ruins à CBF e aos demais clubes brasileiros como proibição de disputa de competições internacionais e até a desfiliação.

Não se pode esquecer, ainda, do Estatuto do torcedor que proíbe alterações na tabela após a sua publicação. A Lei proíbe, ainda, o desrespeito às regras de acesso e descenso, o que afasta a legalidade da realização de um campeonato com 21 clubes.

Diante de toda essa polêmica, caso a ação da Lusa seja tempestiva, e parece não ser, ao Poder Judiciário caberia tão somente anular a decisão do STJD por vícios formais, cabendo à Justiça Desportiva, efetuar novo julgamento, eis que se trata de “árbitro” escolhido livremente pelas partes.

É lamentável que no ano da Copa do Mundo, o Campeonato Brasileiro de futebol seja envolto de questões jurídicas e não desportivas.

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Regulando as emoções do atleta

Quando chegam os momentos decisivos das competições é inevitável que os atletas sejam impactados emocionalmente por um desempenho ruim, uma derrota ou até mesmo uma desclassificação.

E esse impacto emocional pode afetar uma ampla variedade de fenômenos no time aonde o atleta atua. O descontrole emocional pode afetar a aprendizagem do atleta, a sua memória, a interação social e as tomadas de decisão. A emoção negativa pode ter um impacto particularmente desestabilizador nas equipes de futebol.

O atleta enquanto ser humano que atua com alto nível de emoção, necessita de apoio e desenvolvimento para poder autorregular a sua emoção, para que não deixe sua performance piorar devido a pressões cotidianas ou estresse excessivo.

Neste ponto acredito que o trabalho de um coach pode contribuir e muito, promovendo o desenvolvimento do atleta quanto ao aprendizado de valiosas técnicas de comportamento para serem empregadas e utilizadas para que este possam se autorregular e desta forma combater seus estados afetivos negativos.

Para ilustrar a questão da regulação emocional, compartilho algumas das técnicas, sugeridas por Skiffington & Zeus (2003), que considero como extremamente úteis para uma aplicação por parte do atleta.

• Reconheça seus padrões estáveis de repostas emocionais – Todos nós, inclusive os atletas, tendemos a ter maneiras estáveis e conscientes de responder emocionalmente à estímulos e ambientes. A nossa capacidade de entender nosso próprio padrão nos permite reconhecer quando ela se manifesta e quando necessitaremos aplicar técnicas de regulagem no momento inicial da emoção;

• Humor – Este é um método efetivo de regular estados emocionais negativos, especialmente a frustração e a raiva. Os atletas podem ser encorajados a olhar com humor algumas situações de dificuldade, afinal de contas, ou se acredita que o atleta pode render mais e desenvolver-se ou se acredita que tudo está errado no elenco e desfaz-se uma equipe inteira após uma desclassificação. Neste ponto, o bom senso é bem empregado para avaliar com sensibilidade a melhor forma de utilizar o humor;

• Intervalo – Ausentar o atleta de uma situação de alto estresse permite que ele tenha tempo necessário para relaxar a reavaliar toda a situação em busca de clareza e assim conseguir tomar as melhores decisões para seguir adiante;

• Meditação e técnicas de relaxamento – Estas são sempre muito úteis e contribuem para manutenção de tranquilidade, além de nutrir um pensamento claro no atleta.

• Compartilhar as emoções – Esta técnica pode contribuir para a diminuição dos estados de tensão e emoções negativas. Porém devemos ter cuidado com os excessivos desabafos de sentimentos negativos, especialmente no que se refere a raiva, pois corremos o risco de aumentar o sentimento negativo ao invés de conseguirmos regulá-lo.

Então amigo leitor, eu penso ser de extremo valor para os atletas a capacidade de autorregular uma emoção negativa pois como disse anteriormente uma desclassificação sempre será inevitável para muitos deles, afinal de contas em toda competição apenas um time se sagra campeão, certo? Porém, como o ano e a própria carreira do atleta não acaba ali, ele deve estar preparado pois uma outra competição já baterá à sua porta.

Até a próxima.

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Quase 1º de abril: um país que não respeita contratos

A Copa do Mundo no Brasil está sendo muito boa para mostrar para o mundo o quanto este país é péssimo na celebração e cumprimento de contratos. Assim como em qualquer ramo de negócio, que por vezes não aparece para o grande público, no esporte esta premissa não é verdadeira, uma vez que escancara para a opinião pública o nosso “modus operandis”, de firmar acordos e depois empurrar com a barriga ou deixar a conta para terceiros, E NÃO PAGAR.

Ora, o último causo da vez são “as tais” estruturas móveis e “as tais” FAN FESTS. Pelo visto, a grande novidade que contaram recentemente aos brasileiros é que a Copa do Mundo de Futebol é um evento de PROPRIEDADE da FIFA. O Brasil “apenas” desejou e venceu uma pseudo concorrência para o sediar.

A lógica, por óbvio, é que o detentor dos direitos de realização de um evento firmasse contratos para garantir a entrega conforme suas prerrogativas técnicas e de qualidade. Nada além disso e foi o que a FIFA fez. Se há problemas com a FIFA de ordem política ou se acham que as exigências são “pesadas demais”, isso deveria ter sido debatido minimamente quando se apresentou o “Caderno de Encargos” para a realização do evento e/ou no ato da assinatura dos inúmeros contratos firmados, que estão públicos nos respectivos portais de transparência das sedes e do Governo Federal.

Ah, quer dizer que não lemos os contratos antes de assinar? http://wp.clicrbs.com.br/duplaexplosiva/2014/02/14/estruturas-temporarias-da-copa-inter-alegara-que-texto-da-fifa-e-dubio-e-que-municipio-e-estado-tambem-sao-responsaveis-pelo-pagamento/?topo=13,1,1,,,13. Em que parte está dúbio o “artigo 6”, “letra g” do “Stadium Agreement” que todas as sedes assinaram: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/copa/transparencia/stadium_agreement.pdf (este é o contrato do Corinthians com a FIFA, com tradução juramentada, sendo que os termos são padrões para todas as sedes)? Em que parte não percebemos uma “pequena conta”, de “uns equipamentos sem significado”, que gira em torno de R$ 20 e R$ 60 milhões?

A ironia do parágrafo anterior é válida, pois, francamente, está claro, em todos os termos e em todas as alíneas que os custos de equipamentos e salas pertencem à “Autoridade de Estádio”, que é o dono do equipamento. Ou seja, o fato de não termos organização interna para dialogar e definir a quem cabe algumas despesas pertence tão somente a acordos paralelos entre o proprietário do estádio e os entes públicos, conforme cada caso. Para a FIFA, o único entendimento é que o dever de entregar todas as benfeitorias é de obrigação de fornecimento do proprietário do estádio.

Enfim, começo e termino este texto para acabar no mesmo termo: a Copa está escancarando, de verdade, como os brasileiros lidam no dia a dia com contratos e acordos formais. Eis o legado negativo que este importante megaevento vai deixando. No campo dos negócios ou dos negócios esportivos, a regra, mais das vezes, passa por não respeitar as regras. Poderíamos ter aproveitado para mostrar um novo Brasil, com eficiência política, ética, econômica e social. Optamos por nos manter com os mesmos conceitos que se fazia dos brasileiros.

Se queremos aparecer para o mundo como uma nação globalmente importante, precisamos mudar para um sentido diametralmente oposto esta cultura que não dá vantagem para ninguém. Só nos afunda!!!

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Há errados 50 anos, o Brasil jogando sua sorte…

 Enquanto isso, em uma transmissão radiofônica há 50 anos…

– Apita o árbitro! Começa a peleja! O Brasil começa a atacar pela esquerda, mais uma vez… Temos jogado muito assim pro meu gosto! Sem muita organização, recua um pouca a bola e reinicia o jogo. Lá vem o Brasil de novo ao ataque! Bola da intermediária lançada na ponta esquerda se perde pela linha lateral! Muito forte o lançamento. O time está um tanto afobado, Aníbal!

– Lacerda, é preciso um pouco mais de comando do lado de fora. As ideias são boas. Tem como dar jogo. Mas é preciso tocar melhor a bola na intermediária. Ler melhor o jogo. Não dar tanto espaço para o contragolpe. Principalmente pela direita.

– Aliás, se permite o aparte, meu caro comentarista do povo, não só pela direita! Tem muito contragolpe também pelo centro. É por ali que as coisas realmente se definem. Os cabeças estão todos por ali!

– Desde os cabeças de área quanto muitos cabeças de bagres, meu caro Lacerda… O time precisa se ligar. Estar mais esperto para não se perder em alguma desatenção. Não pode sair feito louco ao ataque. Tem de negociar melhor a posse de bola na meiúca.

– A torcida se manifesta ruidosamente pelo Brasil. Mas não em uníssono. Muita gente quer mudar o comandante. A escalação do time também. Acho que estão corretos!

– Até mesmo o jeito de jogar. Não sei se é uma boa…

– Eu estou conjecturando que é melhor fechar a nossa retaguarda. Agora estamos levando muitos ataques pela esquerda. Acho que essa turma se aproveita de nossos meninos e os assedia com facilidade. Onde já se viu?

– Honestamente, acho que você está vendo forças ocultas onde não existem. Nosso time está mesmo desorganizado. Nosso comandante parece perdido. Meio frouxo. Mas não me parece hora de mudar. Talvez algumas peças. Alguns nomes. Mas ainda é o melhor jogo o que estamos jogando. Pode não ser o ideal. Mas é melhor tentar sair por todos os lados para frente do que fechar todo o time na defesa. Sem liberdade de movimentação e expressão.

– Eu não sei, não. Me parece que medidas radicais precisam ser tomadas. Este não é um Brasil que vai pra frente!

– Estamos há meia hora discutindo o que fazer com o Brasil porque o jogo foi parado inexplicavelmente. Agora parece que estamos entendendo o que aconteceu… Estão tirando do banco o nosso treinador? É isso? Mas no meio do jogo? Nem acabou a partida? Como é que pode isso? Onde vamos parar!?

– Entendo que as autoridades fizeram muito bem em restabelecer a ordem, o equilíbrio e a instituição canarinha. Nossa pátria não pode estar em jogo e ficar à mercê dos títeres internacionais!

– Mas assim não vale! Não pode. Como é que faz um negócio desse? O time não estava jogando mal. E não podemos jogar na vala comum e pelo esgoto o que o Brasil estava fazendo! Mal começou a partida. Isso é um risco muito grande! Desse jeito vamos acab

(Ruído forte e estranho interrompe a transmissão. Apenas o locutor volta ao ar. O comentarista está fora dela. Problemas técnicos são alegados. )

– Voltamos enfim. O jogo recomeça com mais ordem e disciplina. Lá vem o Brasiiiil! Sinto uma equipe mais aguerrida. Determinada. Mais pujante. Lá vem o time rival pela esquerda e… Isso mesmo! É assim que se faz! Nosso lateral-direito dá um retumbante pontapé no extremo-esquerdo oponente. Nas costas dele! O árbitro não viu e nada marcou. É assim que se joga! Vamos lá, Brasil! Eu te amo, meu Brasil! Meu coração é verde, amarelo, azul e anil! Combinação ainda mais linda com este gramado verde-oliva! Ninguém segura esse ataque brasileiro! Pra cima deles, Brasil! Vamos acabar com a oposição rival! Pra frente, Brasil!

 

*Texto publicado originalmente no blog do Mauro Beting, no portal Lancenet.

 

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Vitória de quem?

O Santos sofreu, mas venceu o Penapolense por 3 a 2 no último domingo e avançou à decisão do Campeonato Paulista de 2014. Ainda assim, o time de Penápolis finda a participação no Estadual como uma das maiores surpresas positivas da temporada – a outra é o Ituano, que eliminou o Palmeiras na semifinal e também segue vivo na disputa do título.

No entanto, é importante entender o que representa o Penapolense. Não é um time de jovens valores (ao contrário, o grande destaque é o meia Guaru, que tem 33 anos). O jogo contra o Santos foi o oitavo consecutivo em que a equipe do interior não venceu.

O que justifica essa ausência de triunfos é o perfil desse Penapolense. Trata-se de um time que marca antes de jogar e que prioriza o combate aos pontos positivos do adversário. Funcionou contra o São Paulo, rival nas quartas de final, mas isso não foi suficiente contra o Santos.

O Santos também errou. Foram duas falhas individuais no primeiro tempo, ambas do zagueiro David Braz. Ele cometeu um pênalti infantil ao puxar um rival pela camisa em cruzamento para a área. Depois, vacilou em uma bola longa e permitiu que o atacante Douglas Tanque levasse vantagem.

Os erros do Santos, contudo, foram individuais. E foram potencializados por um time que se expõe, que monta muitas vezes uma linha de quatro armadores e que adianta a marcação a ponto de atuar compactado no campo de ataque.

Por outro lado, o Penapolense foi um time que tentou proteger a meta. A equipe do interior também apostou na compactação, mas em um setor mais recuado do campo. A marcação foi quase individualizada. Os erros que propiciaram a eliminação foram coletivos, não individuais.

A diferença de postura entre Santos e Penapolense é mais do que coisa do jogo. Os dois times representam posturas distintas e dão exemplos de como o futebol pode comunicar algo maior.

Ao apostar em garotos e montar uma formação ofensiva, o Santos criou um sistema que pode não sobreviver ao longo prazo. O técnico Oswaldo de Oliveira priorizou aspectos como prazer e orgulho de ver o time em campo.

Oswaldo nunca foi um jogador de sucesso. Às vezes, chega a ser menosprezado por usar vocabulário extremamente rebuscado e por ter uma oratória efusiva em entrevistas coletivas. Não é um boleiro e não tem um comportamento de boleiro.

Narciso, técnico do Penapolense, também é oposto nesse sentido. Foi jogador com passagem destacada pelo Santos na década de 1990. Construiu a carreira no campo.

Na semana que precedeu a semifinal, Narciso foi convidado do programa esportivo “Cartão Verde”, transmitido pela TV Cultura. Durante a conversa, o técnico do Penapolense foi questionado sobre categorias de base no futebol brasileiro – ele já comandou times amadores de Corinthians, Palmeiras e Santos.

O diagnóstico de Narciso é que o futebol brasileiro abriu espaço demais a profissionais egressos das universidades. Que a formação abriu mão de pessoas com vivência no meio e que priorizou conhecimento teórico.

“Eu fiquei sabendo de um técnico, cujo nome eu não vou falar, que pediu uma coisa para um menino. O menino não conseguiu fazer e pediu para ele demonstrar. Ele também não conseguiu”, relatou Narciso.

O raciocínio do técnico do Penapolense foi rapidamente endossado por Roberto Rivellino, ex-jogador que atualmente trabalha como comentarista do “Cartão Verde”.

Dizer que a eliminação do Penapolense destrói a tese de Narciso, contudo, seria um raciocínio oportunista. Oswaldo não foi superior por ter estudado ou por não ser um tecnicista baseado em conhecimento empírico. A questão é muito maior.

O futebol é um jogo. E como qualquer jogo, possibilita diferentes caminhos para a vitória. Uns são mais curtos, mas ignoram o contexto. O Penapolense podia ser campeão paulista, e isso representaria muito para o time, a cidade e os torcedores. Mas qual é o grande impacto que essa equipe proporcionou? Quais são os diferenciais ou as marcas desse estilo?

Profissionais do esporte e profissionais das universidades precisam parar de brigar por espaço. A evolução do futebol brasileiro só vai ser possível quando as pessoas perceberem que a soma de esforços é o melhor caminho.

O profissional que nunca estudou não é necessariamente um ignorante. No esporte, por exemplo, há vários exemplos de domínio empírico do espaço e do jogo. São pessoas que sabem o que fazer, mas não entendem por que fazem.

A formação excessivamente teórica tem o risco contrário: saber por que fazer, mas exigir um tempo de resposta maior e não conseguir dar respostas adequadas no tempo necessário.

O ideal é que as duas coisas sejam adicionadas. O futebol não pode ser visto apenas como um amontoado de números ou como ações isoladas e estudadas. É um jogo complexo, com um volume imenso de variáveis.

O futebol não é simples. Pode ser natural, mas não é simples.

Nesse caso, o único caminho é a soma de esforços. Pep Guardiola é um ex-jogador, mas chamá-lo de ex-jogador é ignorar tudo que ele representou aos times que dirigiu. Trata-se de um estudioso, alguém que domina o futebol tão bem quanto entende as nuances humanas.

O desafio para quem trabalha no futebol é esse, afinal: entender que o jogo é feito por gente e que transmite muito mais do que os resultados supõem. 

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O limiar desequilibrante e zonas de pressão no futebol

Em momentos de construção do jogo ofensivo e de transição ofensiva, muitas equipes no futebol mundial tornam-se especialistas em retirar a bola da zona de pressão.

Retirar a bola da zona de pressão pode ser especialmente útil para equipes que preferem a manutenção da posse da bola ao jogo de progressão.

Também pode ser especialmente útil para equipes que preferem encontrar corredores vazios pelo campo antes de se projetarem em direção do gol.

Independente porém das referências orientadoras principais que organizam coletivamente uma equipe, saber retirar a bola da zona de pressão pode ser um conteúdo a se desenvolver, com times e jogadores, muito importante, prático e eficiente – mesmo quando jogadores e equipes preferirem, dentro de seu Modelo, passes em progressão e busca aguda pela gol de ataque.

Claro, mesmo para uma sequência ofensiva que inicia no campo de defesa e com quatro passes chega até a grande área adversária (terminando em finalização ao gol), é necessário que os tais passes evitem, sempre que possível, colocar a bola em disputa ou dentro de setores de pressão espaço-temporal que sofram ação direta do adversário.

Saber controlar a bola coletivamente para retirá-la vantajosamente e de modo eficiente da zona de pressão, é parte de uma habilidade que envolve excelente percepção do ambiente, excelente leitura de jogo, excelentes tomadas de decisão, excelentes ações com bola e conjuntamente muita mobilidade por parte da equipe, afim de oferecer o maior número possível de apoios a portador da bola.

O FC Barcelona de Josep Guardiola talvez seja o melhor exemplo recente da maestria de se controlar a bola retirando-a várias vezes da zona de pressão, até encontrar situações claras de vantagem numérica para desfecho das jogadas.

O Bayer de Munique, também de Guardiola, vai no mesmo caminho – o que evidencia o fato de que isso é algo ensinável (e aprendível), que pode ser treinado e desenvolvido, ainda que os jogadores tenham inicialmente referências diferentes e automatismos também diferentes.

E para ensinar/treinar/desenvolver jogadores e equipes a retirarem a bola da zona de pressão com excelência, talvez seja necessário conhecer (ainda que intuitivamente) o conceito de “momento desequilibrante” (que também chamo de “limiar desequilibrante”) – (leia mais sobre o assunto no livro: “Desvendando o Jogo de Futebol: estrutura – modelos – inteligência – complexidade” de Rodrigo Azevedo Leitão [no prelo]).

A auto-organização coletiva dos jogadores dentro do campo de jogo é dinâmica e “instantaneamente circunstancial”.

O condicionamento para que todas as ações e ocupações de espaço se estabeleçam adequadamente é sistemicamente orientado por atratores e/ou por referências organizacionais do próprio sistema.

Se o objetivo é retirar a bola da zona de pressão e tal comportamento for condicionado, é de se esperar então que circunstancialmente os jogadores distribuam-se em campo para favorecer esse objetivo.

 

 

 

Ocorre que em situações de extremos e eficientes sistemas de pressing e pressão a urgência nas ações dos jogadores, com e sem bola por parte da equipe que a possui, é permanente, até que ela (a bola) não esteja sofrendo ações diretas e turbulentas por parte do adversário.

Existe um momento que precede aquele em que a jogada fica totalmente limpa e circunstancialmente vantajosa para a equipe que tenta retirar a bola da zona de pressão.

Quando esse momento é aproveitado temporalmente e a ação com bola dentro dele é realizada com extrema perícia, a bola não só sai da tumultuada zona de pressão, como estará em posição vantajosa para que uma boa sequência ofensiva seja iniciada.

Ele é um momento típico em todas as situações em que a bola entra em pressão, e se caracteriza não só pelo fato de que a bola possa sair dela!

A bola pode sair da pressão com passes de segurança e em seguida permitir ação direta do adversário sobre ela (momento desequilibrante não aproveitado).

A bola pode sair da zona de pressão em passes mais “fáceis” e não entrar em posição efetivamente vantajosa para a equipe que a possui (momento desequilibrante não aproveitado).

Então, o momento mencionado, o limiar desequilibrante, caracteriza-se por ser o instante em que a ação com a bola (o passe comumente, mas também o drible e/ou a condução da bola) é definitiva; ou para que a bola saia vantajosamente da pressão, desequilibrando circunstancialmente o sistema de marcação do adversário, ou para que ela (a bola) seja perdida para o adversário em uma condição extremamente vantajosa para ele (o adversário) – deixando totalmente desequilibrada a equipe que tinha a posse da bola.

Por isso é que trata-se de um momento desequilibrante; ou para a equipe que permite que a bola saia da zona de pressão, ou para equipe que perdeu a posse da bola tentando tirar a bola da região turbulenta.

Isso quer dizer também, que recuperar a bola no limiar desequilibrante pode oferecer mais vantagens organizacionais do que em outro momento. Da mesma maneira retirar a bola da zona de pressão no momento desequilibrante pode, e trará circunstancialmente maiores vantagens organizacionais.

Mas como identificar o “limiar desequilibrante”? E o identificando, como treinar “o” e “no” “limiar desequilibrante”?

Bom, aí deixemos para outra coluna… Por enquanto, o desafio é olhar para as zonas de pressão com esses óculos, o que será que vamos enxergar?

Até a próxima…
 

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Os jogos contextuais no treinamento semanal

As comissões técnicas, em cada sessão de treino, devem aperfeiçoar o nível de jogo de suas equipes com atividades que proporcionem aquisições globais ao Modelo de Jogo. Sob este viés, qualquer que seja a aquisição de desempenho coletivo somente faz sentido se tiver relação direta com o Jogo e sua Lógica.

Como do ponto de vista da complexidade o Futebol é um confronto de sistemas dinâmicos (equipe A x equipe B), treinar o próprio sistema (sua estrutura e funcionalidade) sem ter preocupações com o sistema adversário pode ser um grande equívoco. Uma vez que no ambiente competitivo a gestão do caos e do imprevisível são competências fundamentais para jogar bem, inseri-las no processo de treinamento é
condição básica para potencializar um jogar inteligente.

Situações de treino analíticas, sem oposição e que estimulam as habilidades fechadas são exemplos claros em que a gestão do caos e da imprevisibilidade são desconsideradas. Porém, é possível que mesmo em situações de treino que se aproximem da realidade do jogo as competências supracitadas sejam minimizadas. Um exemplo disto é a realização de um treinamento em que o “time de cima” se distribui em campo e tem regras de ação semelhantes ao “time de baixo”. Como outro exemplo, um treino em que o time titular enfrenta os suplentes que jogam de maneira distinta do próximo adversário.

Neste caso, a imprevisibilidade e a gestão do caos num jogo de um time que pressiona alto de forma zonal e coletiva, retira a bola do setor de recuperação com passes curtos e inversões, faz campo grande a atacar buscando a progressão com circulação e tenta recuperar a posse de bola imediatamente após a perda são bem diferentes se comparadas a um time que joga em bloco baixo, marca de maneira individual, retira a bola do setor de pressão com bolas longas verticais, ataca com poucos jogadores buscando situações de 1×1 ou cruzamentos e pressiona individualmente após a perda.

Então, uma solução para a operacionalização de um microciclo que atenda as reais demandas do futebol está nos Jogos Contextuais. Como conceito, estes jogos são pensados em função das características de jogo do próximo adversário: a plataforma, os comportamentos ofensivos, defensivos, de transições, de bolas paradas, além das características dos jogadores em cada posição devem ser simulados por parte da equipe, geralmente os suplentes, com o objetivo de se aproximar da realidade da competição.

Tempos atrás, neste mesmo espaço, foi publicado que as atividades contextuais são realizadas em ambiente específico, ou seja, nas dimensões oficiais do jogo. Depois de muitos treinos, discussões, reflexões, acertos e erros, pode ser afirmado que estes jogos tem possibilidade de aplicação em qualquer dimensão. Em espaços reduzidos e com menos elementos é mais fácil aumentar a densidade de ações dos comportamentos de jogo que precisam ser estimulados.

Se, por exemplo, no próximo final de semana o adversário apresenta como características de jogo a marcação individual dos volantes, zagueiros e laterais e o excesso de chutões na construção do jogo ofensivo (infelizmente uma tônica em muitos jogos do nosso país), este conteúdo precisa ser adequadamente estimulado ao longo da semana de treinamento. Desta forma, em competição, a equipe poderá melhor se organizar no característico ambiente caótico que é o jogo e reagir melhor aos “previsíveis problemas imprevisíveis” que o adversário a impõe.

Quanto mais inteligente a equipe maiores as possibilidades de sucesso no confronto de sistemas.

Pra concluir, vale lembrar que num processo de formação o excesso de jogos contextuais pode castrar o desenvolvimento dos suplentes. Pelo que foi discutido, a falta destes jogos pode aumentar as chances de derrotas. Que todos treinadores tenham coerência, discernimento e respaldo para atingirem este difícil equilíbrio.

Abraços e bons treinos!
 

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Está ficando barato!!!

Quase quarenta dias depois, a Conmebol julgou o Real Garcilaso pelos atos de racismo protagonizados pela torcida do time peruano contra o volante Tinga, na partida contra o Cruzeiro.

Naquele jogo, os torcedores peruanos emitiam sons de macaco sempre que o volante cruzeirense pegava na bola.

O clube peruano foi punido pela entidade máxima do futebol sul-americano com uma multa de US$ 12 mil (aproximadamente R$ 28 mil) e a advertência de que, caso os atos racistas se repitam, o estádio do clube será interditado.

Em nota oficial,a entidade declarou que tenta combater qualquer forma de discriminação racial e que, tomando este fato como um marco, a se compromete a aumentar a vigilância das partidas para denunciar e punir novamente os clubes e as torcidas que protagonizarem novos episódios de qualquer tipo de preconceito.

Neste, que foi o primeiro caso de racismo de grande repercussão na América do Sul, a Conmebol perdeu a oportunidade de aplicar punição exemplar e desestimular de forma veemente qualquer ato de racismo.

Ao contrário, a entidade aplicou punição extremamente branda, já que poderia ter, inclusive, excluído o Real Garcilaso da competição.

Infelizmente, com todo o interesse da Fifa em combater o racismo, percebe-se que as entidades continentais têm hesitado ao aplicar punições.

Em 2004, a Seleção Espanhola foi multada pela Uefa em 45 mil libras (cerca de R$ 145,4 mil) por manifestações racistas. Entretanto, em 2012, o atacante Nicklas Bendtner, da seleção da Dinamarca, foi multado em cem mil euros (aproximadamente R$ 260 mil) e suspenso por um jogo por ter mostrado um patrocinador na cueca durante a comemoração de um gol. Ou seja, houve maior rigor ao se punir o ambusch marketing.

A Conmebol trilha o mesmo caminho, pois, em 2013, o Atlético Mineiro foi multado em dez mil dólares (cerca de R$ 19,5 mil), por ter se atrasado no início da partida diante do Arsenal de Sarandí, da Argentina, valor bem próximo do aplicado ao Real Garcilaso.

O racismo é um mal que deve ser banido do esporte e da sociedade em geral e, para tanto, é imprescindível que os casos sejam tratados com bastante critério e punições rigorosas.

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As metas do atleta e seus obstáculos

Ter uma meta é algo cada dia mais comum no discurso e na vida dos atletas, pois são através delas que eles promovem a melhoria de seus desempenhos e o consequente progresso de suas carreiras.

Mas e quando os obstáculos aparecem no caminho, como superá-los? Quando um obstáculo se apresenta, a maioria das pessoas desiste antes mesmo de tentar superá-lo devido aos problemas e dificuldades que logo aparecem quando vai se realizar uma atividade nunca feitas antes.

Com o atleta acontece da mesma forma, os obstáculos muitas vezes fazem com que o atleta desista de alguma meta que desejava, fazendo com que seus objetivos principais nunca consigam ser atingidos. Sabemos que isso pode levar a uma desmotivação inconsciente do atleta e a um baixo desempenho da prática esportiva. É legal sabermos que as pessoas de sucesso e que conquistam seus objetivos, tentam muitas e muitas vezes até finalmente obterem o sucesso almejado.

Mas como o atleta pode superar um obstáculo aparente?
É preciso reconhecer que o sucesso sempre é precedido de algum tipo de fracasso temporário, como disse um dia Henry Ford: “O fracasso é apenas uma oportunidade para começar de novo de maneira mais inteligente.”

Podemos estar atentos com dois grandes obstáculos que acontece na vida de muitos atletas: o medo e a dúvida! Medo do fracasso, da perda, dos constrangimentos ou da rejeição muitas vezes impede aos atletas de tentarem realizar suas novas tarefas para atingir uma meta. Muitas vezes basta que o atleta pense na meta para se sentirem atordoados por aquele medo, que funciona como um balde de água fria capaz de apagar por completo seu desejo.

A dúvida é o segundo obstáculo mental que o atleta tem. Nós muitas vezes duvidamos da nossa própria capacidade, chegando a nos compararmos desfavoravelmente com as outras pessoas. Chegamos a pensar: “Não sou bom como ele” ou “Não posso realizar a função igual ao fulano”.

Então, para contribuir com os atletas que desejam remover seus obstáculos e seguir na direção de suas metas compartilho algumas dicas de Brian Tracy para remover todos os obstáculos que por ventura estejam obstruindo o caminho de um atleta.

• Identifique um obstáculo importante e pergunte: “Por que ainda não cheguei na minha meta? O que está me freando?” – Faça uma lista de tudo que lhe vier a cabeça.

• Olhe para si mesmo e encare a possibilidade de que seus próprios medos e duvidas constituam seus maiores obstáculos para o seu sucesso.

• Identifique a limitação, em você mesmo ou na situação que o cerca, responsável pela velocidade na qual alcança sua meta desejada.

• Elabore várias definições de seu principal problema ou obstáculo. Pergunte-se: “O que mais pode ser o problema?”

• Defina sua melhor solução como uma meta, estabeleça um prazo, trace um plano de ação e entregue-se a ele. Trabalhe intensa e diariamente nesse plano até que o problema seja resolvido ou o obstáculo, removido.

Caro amigo leitor, essas dicas são muito valiosas para todo atleta ou não, que deseje remover os obstáculos que possam estar impedindo o seu avanço na direção de sua meta desejada e seu consequente sucesso profissional.