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Por que não?

Steve Jobs se foi.

Sua gestão à frente da Apple foi revolucionária.

De um homem inspirado, muito daquilo que fez ao longo da trajetória na empresa americana foi inspirador para todos nós – mesmo que não pertencentes à geração X, Y ou Z.

A linha de produtos da Apple virou sinônimo de inovação.

Jobs deu à tecnologia um status importante atrelado a nossa vida, cada vez mais consumista e “pop”.

Virou objeto de desejo ter algum “i” em casa – iPhone, iPad, iPad, iMac. Ou todos eles.

Porém, a experiência do usuário sempre foi levada em conta, uma vez que, aliado ao design, a funcionalidade e simplicidade dos produtos era buscada à exaustão.

O uso confortável e intuitivo dos aparelhos é algo unânime.

Jobs, diz-se, falara que um dos pensamentos favoritos que adotava em sua vida era o do irlandês George Bernard Shaw: “Alguns homens vêem as coisas como são, e dizem ‘Por quê?’ Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo ‘Por quê não ?”

Muito do que vemos na gestão do futebol está impregnado de arquétipos antigos, acomodados num tradicionalismo limitador de evolução e crescimento das instituições.

Não se pergunta, não se questionam as causas daquilo que não funciona na administração de clubes, campeonatos, federações, jogadores, patrocinadores.

Apenas se acostuma a responder “porque sim”. Ou, a mais clássica: “futebol é assim mesmo. Futebol é diferente de qualquer outra coisa.”

Não, não é. Para mim, não é.

Para mim, é mais uma atividade complexa, que deve ser estudada e administrada como tantas outras.

Como uma empresa de tecnologia, por exemplo.

No já famoso discurso de Jobs que circula há tempos na internet, a uma turma de formandos de Stanford, nos EUA, o próprio invoca que, num de seus livros de cabeceira na juventude, a mensagem final recomendava o seguinte: “Continue faminto. Continue ingênuo”.


 

Não sou applemaníaco. Não tenho (ainda) nenhum produto da Apple.

Mas tenho certeza de que Jobs pode inspirar a inovação da gestão no futebol.

Ou isso não se aplicaria aos clubes:

“A inovação não tem nada a ver com a quantidade de dólares que você investe em pesquisa e desenvolvimento. Quando a Apple lançou o Mac, a IBM estava gastando no mínimo 100 vezes mais em P & D. Não é uma questão de dinheiro. É a equipe que você tem, como você lidera e quanto você entende da coisa”. (Jobs, para a Revista Fortune, em 1998)

Por que não?

Think different.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br

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Steve Jobs e a gestão pelo significado