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O mal das organizadas

Assistimos nas últimas semanas a uma série de consequências ao relacionamento retrógrado dos clubes brasileiros para com suas torcidas organizadas, que culminaram com a violência sobre os atletas da própria equipe ou mesmo contra torcedores adversários.

Este tipo de relação é histórico e cultural no nosso futebol, mas tem se mostrado incompatível com um modelo tendente à transformação rumo ao profissionalismo, que exige cada vez mais a presença do torcedor como consumidor, de fato, das marcas dos clubes.

Não se trata de um manifesto contra as torcidas organizadas, é bom que se diga – elas promovem um espetáculo ímpar, que pode e deve ser mais bem explorado comercialmente pelas entidades.

Mas, sim, de refletir sobre a postura de dirigentes e clubes quanto ao paternalismo existente entre a cúpula das equipes com os torcedores, que utilizam deste relacionamento tanto para fazer pressão interna quanto externa, resultando em um descontrole futuro a prazo.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br