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Os “Jotas” e a internacionalização do futebol do Brasil

Treinador galardoado com uma Ordem em seu país de origem. Reconhecimento internacional. Aumento expressivo pelo mundo da audiência da série A do campeonato brasileiro, no ano passado, por conta do fenômeno que tem sido Jorge Jesus como técnico do Flamengo. Pela presença de atletas e treinadores dos nossos países vizinhos, o futebol de clubes do Brasil é conhecido regionalmente, no contexto da América do Sul. É comum os programas esportivos da Argentina, Chile ou Colômbia mostrarem os gols de cada rodada do Brasileirão. No entanto, desta vez um oceano foi “navegado” e vislumbra-se, de maneira mais consistente, uma internacionalização deste futebol de clubes.

Imprensa estrangeira (portuguesa) destaca conquista de clube brasileiro através do trabalho de treinador conterrâneo. (Foto: Divulgação/Reprodução)

 

Não há dúvidas de que Jorge Jesus e os êxitos do Flamengo contribuíram em muito para isso. A vinda de um outro jota, Jesualdo (Ferreira), é capaz de colaborar com este processo. Mas não depende apenas disso. Não são poucos os treinadores europeus que por aqui passaram. Não conquistaram títulos expressivos ou não tinham renome em seus países. Um processo de internacionalização passa por isso também, afinal são elementos que atraem a mídia de outras partes e geram conteúdo. Ademais, lá fora deu-se mais atenção ao fato de o treinador ser estrangeiro, do que propriamente o triunfo do clube em si, como revela acima a reprodução da capa de diário esportivo de Portugal “O Jogo”. Certamente isso não teria acontecido se o Flamengo não tivesse conquistado os títulos do segundo semestre de 2019, tampouco se o técnico fosse outro, sem o recheado currículo do mister rubro-negro. Jesualdo possui um semelhante.

Ao mesmo tempo, o futebol do Brasil (federações, ligas e clubes) deve estar preparado para esta internacionalização. Estão sendo vistos mais lá “fora” e as oportunidades de negócio, naturalmente, aumentam mais. Não apenas para vender futebolistas, mas para que a base de fãs estrangeiros aumente e, por exemplo, simplesmente mais camisas sejam vendidas. É necessário saber comunicar-se com o mundo, quer seja em outros idiomas ou desafios de logística para que os seus produtos estejam ao alcance de todo o globo.

Com tudo isso, é importante – sem dúvida – a presença de atletas e técnicos de outros países. Mas comunicar-se com o mundo não depende disso. A globalização é algo muito antigo e o esporte é há muito tempo uma indústria internacional em um mercado cada vez mais profissional e competitivo. Já dizia Chacrinha: “quem não se comunica, se trumbica”.

——-

Em tempo mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

“Esforce-se não para ser um sucesso, mas sim para ser de valor”.
Albert Einstein

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Os “Jotas" e a internacionalização do futebol do Brasil

Treinador galardoado com uma Ordem em seu país de origem. Reconhecimento internacional. Aumento expressivo pelo mundo da audiência da série A do campeonato brasileiro, no ano passado, por conta do fenômeno que tem sido Jorge Jesus como técnico do Flamengo. Pela presença de atletas e treinadores dos nossos países vizinhos, o futebol de clubes do Brasil é conhecido regionalmente, no contexto da América do Sul. É comum os programas esportivos da Argentina, Chile ou Colômbia mostrarem os gols de cada rodada do Brasileirão. No entanto, desta vez um oceano foi “navegado” e vislumbra-se, de maneira mais consistente, uma internacionalização deste futebol de clubes.

Imprensa estrangeira (portuguesa) destaca conquista de clube brasileiro através do trabalho de treinador conterrâneo. (Foto: Divulgação/Reprodução)

 
Não há dúvidas de que Jorge Jesus e os êxitos do Flamengo contribuíram em muito para isso. A vinda de um outro jota, Jesualdo (Ferreira), é capaz de colaborar com este processo. Mas não depende apenas disso. Não são poucos os treinadores europeus que por aqui passaram. Não conquistaram títulos expressivos ou não tinham renome em seus países. Um processo de internacionalização passa por isso também, afinal são elementos que atraem a mídia de outras partes e geram conteúdo. Ademais, lá fora deu-se mais atenção ao fato de o treinador ser estrangeiro, do que propriamente o triunfo do clube em si, como revela acima a reprodução da capa de diário esportivo de Portugal “O Jogo”. Certamente isso não teria acontecido se o Flamengo não tivesse conquistado os títulos do segundo semestre de 2019, tampouco se o técnico fosse outro, sem o recheado currículo do mister rubro-negro. Jesualdo possui um semelhante.
Ao mesmo tempo, o futebol do Brasil (federações, ligas e clubes) deve estar preparado para esta internacionalização. Estão sendo vistos mais lá “fora” e as oportunidades de negócio, naturalmente, aumentam mais. Não apenas para vender futebolistas, mas para que a base de fãs estrangeiros aumente e, por exemplo, simplesmente mais camisas sejam vendidas. É necessário saber comunicar-se com o mundo, quer seja em outros idiomas ou desafios de logística para que os seus produtos estejam ao alcance de todo o globo.
Com tudo isso, é importante – sem dúvida – a presença de atletas e técnicos de outros países. Mas comunicar-se com o mundo não depende disso. A globalização é algo muito antigo e o esporte é há muito tempo uma indústria internacional em um mercado cada vez mais profissional e competitivo. Já dizia Chacrinha: “quem não se comunica, se trumbica”.

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Em tempo mais uma citação que se relaciona com o tema da coluna:

“Esforce-se não para ser um sucesso, mas sim para ser de valor”.
Albert Einstein