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A Gestão Técnica no futebol

Nas últimas décadas o mundo tem passado por transformações, econômicas, políticas, sociais e tecnológicas, radicais, cada uma indissociável da outra e que não poderiam deixar de incluir o futebol. Basta assistir a um jogo do começo do século, na Europa ou na América do Sul para constatarmos, é outro esporte. Dentro e fora de campo muita coisa mudou, os valores são outros, os clubes não são mais milionários, mas bilionários, as transmissões são verdadeiros show de imagens e não estão mais só na televisão ou no rádio, mas em todas as telas possíveis, dos cinemas à palma de nossas mãos e a análise de dados invadiu as comissões técnicas e o gestão dos clubes. O mundo mudou, e o futebol ainda mais!

Por isso, mais do que nunca uma gestão profissional e alinhada com o que há de mais moderno se torna uma questão de sobrevivência, para os clubes e para os profissionais que pretendem entrar ou se manter nesse mercado de tantas transformações. Não é de hoje que a Universidade do Futebol trabalha para trazer modernidade ao futebol brasileiro, o conceito da Gestão Técnica, para você ter uma ideia, a primeira turma do curso foi lançada em 2013, agora já bastante disseminado entre os executivos e demais profissionais do futebol, por muito tempo foi encarado com resistência no meio.

Atualmente, a necessidade de discutir os modelos jurídicos dos clubes e do desenvolvimento de uma formulação estratégica que permita a essas instituições ter uma visão de longo prazo, vem dando cada vez mais espaço para a Gestão Técnica dentro do futebol, mas afinal o que é a Gestão Técnica? Quais profissionais dentro de um clube precisam dominar a Gestão Técnica? Será que o curso Gestão Técnica no futebol é para você?

O curso Gestão Técnica no futebol aborda temas relacionados a questões técnicas e, principalmente, suas conexões com as áreas administrativas e políticas de um clube, estimulando a reflexão crítica do estudante sobre esses tópicos, algo pioneiro e inédito no Brasil.

O curso Gestão Técnica no futebol é um curso generalista, que tem como público alvo os variados profissionais que compõem o quadro de funcionários de um clube de futebol, mas sendo mais indicado para aqueles que estão ligados, ou buscam ocupar posições relacionadas às atividades-fim de um clube, ou seja, aquelas ligadas mais diretamente ao desempenho da equipe, como treinadores, preparadores, analistas de desempenho e mercado, gestores, executivos e similares.

Quero trabalhar com Marketing no futebol, o Gestão Técnica é para mim?

O Gestão Técnica no futebol é o curso base na Universidade do Futebol, que apresenta um jeito de ver o mundo e o futebol que é o pensamento, ou visão, sistêmico. O nosso objetivo é que todos aqueles que finalizam o Gestão Técnica tenham a capacidade de compreender o jogo, mas também a gestão de um clube de maneira sistêmica, ou seja percebendo que tudo está interconectado e que um trabalho excelente no Marketing, por exemplo, irá ter um grande impacto no campo de jogo, não apenas por ajudar a trazer mais recursos para o clube, mas por poder inspirar os jogadores ou jogadoras a defender com mais paixão as cores da referida instituição.

Temos cursos mais específicos para todos os profissionais do futebol, mas se você quer ter uma visão do todo, que irá te ajudar a ter uma base sólida e uma visão diferenciada sobre o futebol, o Gestão Técnica é sim para você!

Saiba mais sobre a décima sétima turma do Gestão Técnica no Futebol

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Intensidade no futebol é isso mesmo?

Crédito imagem – Site oficial UEFA

O termo intensidade tem sido muito usado nas análises de jogos e equipes do futebol brasileiro. Se cobra um time para ser intenso ou se elogia um treinador por fazer seus jogadores serem intensos dentro das quatro linhas. Reconheço que reduzir assuntos complexos e traduzi-los em termos simples e de fácil entendimento é mais do que uma virtude e sim uma obrigação em qualquer processo de comunicação. Porém isso não pode ser suplantado pelo correto entendimento e a consequente assertiva exposição do tema. E a intensidade tem sido definida de maneira muito equivocada nas discussões por aqui.

Ainda se fala que uma equipe é intensa quando ela corre muito em campo. Jogadores que correm (!) são taxados como intensos.

Há uma herança, aqui, dos brilhantes preparados físicos da nossa história que foram os primeiros a estudar e documentar o que acontecia dentro das quatro linhas. Porém, esses estudos sempre vieram com um viés físico. Nada mais natural já que eram os preparadores quem colhiam os dados e conseguiam as conclusões. 

Mas ao falar de futebol dentro de um sistema complexo precisamos entender que a parte física é uma das vertentes do jogo. Temos ainda a técnica, a tática, a emocional, a cognitiva e poderíamos expandir para o social, filosófico, antropológico e etc. O jogo é tudo isso junto e ao mesmo tempo. Então como podemos classificar uma equipe e um jogador como intensos apenas ao olhar o desempenho físico?

Acredito que uma equipe intensa seja aquela que resolva os problemas do jogo da forma mais eficaz e com o menor gasto de energia possível. Quando um time está bem treinado e os setores estão bem ajustados o desgaste é menor para atingir a eficácia. É necessário correr mais quando não se sabe nem o que, nem onde e nem como fazer dentro de campo. Não à toa, José Mourinho disse que um dos jogadores mais intensos com quem ele trabalhou foi Deco. E venhamos e convenhamos, Deco nunca foi um jogador fisicamente acima da média. Mas a capacidade de pensar e executar acertadamente as ações do jogo em um curto espaço e em pouco tempo faziam dele um jogador intenso.

Por tudo isso, ao ver um jogador correndo muito e se desgastando mais do que o necessário não vamos mais chamá-lo de intenso. Há nessa situação tudo, menos essa intensidade complexa que me refiro…