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A importância do ídolo

Leonardo foi ídolo do Flamengo e do São Paulo. Já se passaram 20 anos desde que ele surgiu no Rubro-Negro. E outros dez desde suas conquistas no São Paulo. Mesmo assim, os dois clubes costumam cativar Leonardo, conversam com ele, deixam-no informado sobre tudo o que acontece nos bastidores.
 
Muitos clubes consideram esse tipo de atitude desnecessária. Festas para ex-atletas, homenagens para os jogadores ainda em atividade. Utilização de ídolos em promoções para os torcedores. Tudo isso, para muitos clubes, parece um gasto desnecessário, um resgate de um passado que às vezes não foi tão brilhante assim.
 
Mas não para o São Paulo, por exemplo. O clube promove, há quase uma década, um encontro de ex-atletas no Centro de Treinamentos. Leva ídolos do passado para assistir aos ídolos do presente no estádio do Morumbi. Faz festa para antigos atletas.
 
E o que o São Paulo ganha com isso?
 
Além de manter seus ídolos próximos, o clube do Morumbi mostrou, na última semana, a importância que há em manter um ex-jogador ligado à vida do clube por onde passou.
 
O São Paulo anunciou na última quarta-feira, dia 11 de abril, o primeiro acordo de licenciamento exclusivo de sua marca com a Warner Bross. Por três anos e meio de parceria, o clube receberá R$ 2,9 milhões em luvas e ficará com 50% da receita obtida pela maior empresa do mundo em licenciamento de produtos.
 
A marca do clube do Morumbi será explorada no Brasil e no Japão num primeiro momento. Depois, poderá invadir outros países. Linha infantil, artigos para as mulheres e outros produtos para os adultos, além do uso da força da Warner no segmento de vídeo. Tudo faz parte de um complexo projeto que pretende romper com os trabalhos de licenciamento esportivo existentes no Brasil.
 
E onde é que entra Leonardo nessa história toda?
 
Bom, partiu de Leonardo, que também foi jogador ex-dirigente do Milan, da Itália, a iniciativa de aproximar o São Paulo da Warner. Após conhecer o trabalho do grupo com o time italiano, Leonardo decidiu levar a idéia para o Brasil. E, especificamente, para São Paulo e Flamengo, clubes por onde passou e onde tem grande simpatia.
 
Ídolo é importante para a vida de um clube. Tanto durante quanto depois de sua trajetória dentro do clube.
 
Direito de Resposta
 
Há algumas semanas temos abordado aqui neste espaço a questão do direito de resposta que as pessoas têm no relacionamento com a imprensa. Como lembra o leitor Diogo Paiva dos Santos, na última semana tivemos um bom exemplo de como acontecem as coisas para quem recorre às vias judiciais para obter o direito de resposta.
 
Segue o trecho da reportagem de Carolina Elustondo no site da Globo.com:
 
“Edmundo ganhou a capa da revista “Veja” mais uma vez. Agora, a publicação terá que se retratar com o jogador do Palmeiras por decisão judicial. O atacante ganhou uma ação que movia contra a revista por causa de uma reportagem feita em 1999, cujo assunto era o envolvimento de pessoas famosas em acidentes de trânsito.
 
O atacante entrou com uma ação por danos morais não pelo conteúdo da matéria, mas pela publicidade utilizada na divulgação desta. Na capa da revista, foi estampada uma foto do jogador fazendo cara de mau, que havia sido tirada para ilustrar uma reportagem sobre um clássico paulista. A “Veja” ainda estampou a capa em outdoors, com a seguinte frase: “Alguns animais tinham que ficar atrás das grades.” A Justiça considerou que a publicação abusou do direito de liberdade de expressão, e condenou esta a pagar R$ 75 mil ao atacante, além de ter que fazer uma capa com a sentença”.
 
Ou seja, o conteúdo da reportagem não foi o motivo do direito de resposta. Mas sim a publicidade em torno da matéria. Mas valeu o grito do Animal, que agora terá o espaço da capa novamente destinado a ele. Resta saber, porém, se a decisão já é definitiva…

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br