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Ano Novo, vida nova

Saudações a todos!

Mesmo que seja um símbolo, pois na prática a vida é uma sequência ininterrupta de acontecimentos, o calendário gregoriano, a cada 12 meses, nos dá a oportunidade de recomeçar. Nessa época, as pessoas renovam suas energias, ficam mais motivadas, querem fazer diferente, pensam em novos planos, objetivos e metas.

Acredito que o Ano Novo possa ser um marco, no qual podemos fazer um balanço sobre o que fizemos ao longo do ano anterior e assim avaliar os pontos positivos, os pontos negativos, o que deve ser mantido, o que pode ser mudado, o que deve ser abandonado, quais serão as novas rotas e assim por diante.

Geralmente, os clubes esportivos, alguns de forma mais estruturada e planejada, pensam no longo prazo e, outros, menos estruturados, pensam no curto prazo. Costumam realizar esse balanço antes de iniciarem suas pré-temporadas para avaliar o que deu certo e será mantido e o que não deu certo e será melhorado, mudado ou excluído. Na sequência determina-se a escolha do treinador, comissão técnica, os jogadores, as metas a conquistar (campeonatos) e só depois partem para o jogo.

Se compararmos o tipo de planejamento dos clubes de futebol com as empresas, podemos perceber que dentro das organizações esse processo é mais acanhado e amador. Vejo, então, uma oportunidade de como as empresas podem aprender com as pré-temporadas dos clubes mais estruturados, pois são poucas que de fato realizam um balanço dos acontecimentos e que baseadas nesse balanço planejam mudanças estruturais. É comum que a grande parte das empresas faça, no máximo, um planejamento orçamentário ou de headcount para o ano fiscal seguinte.

Se nas empresas a situação já é complicada por não existir uma “pré-temporada”, imagine quando olhamos para as nossas vidas, vemos que o problema é ainda maior, pois todos nós temos desejos de mudar, de aproveitar o Ano Novo para fazer algo realmente “novo”, mas infelizmente na prática poucas pessoas pensam nos meios que terá para chegar lá, nas “acabativas”, e aí a vontade de mudar vai minguando, os desejos vão sendo esquecidos e depois do Carnaval tudo está como sempre foi e nada de novo será feito ou pensado até o próximo Ano Novo, quando uma nova motivação surgirá.

Faço sempre uma parábola para exemplificar esta situação: imagine se, em uma corrida de F1, primeiramente o Vettel recebe o troféu de vencedor, estoura o champanhe comemorando no pódio e só depois ele vai para a pista para tentar ganhar a corrida. É óbvio que essa cena não existe, pois primeiro o Vettel corre, ganha a corrida e só então acontece o ritual de comemoração. É neste momento que percebemos que seu objetivo foi atingido. Já que para ele chegar lá, precisou de muitos treinos, lutar por uma boa classificação, se preparou fortemente, e só depois, de passar por tudo isso, é que vem a vitória.

Quando eu conto esta história, as pessoas concordam que é um absurdo e aí enxergam o quanto é complicado querer algo, ter um objetivo, desejar um cargo ou uma posição melhor, sem antes pensar nos meios para alcançar esse objetivo, sem trabalhar e se capacitar para isso.

Para os que querem de fato mudar e cumprir suas promessas de Ano Novo – como conseguir um emprego melhor, ser valorizado, ter sucesso e etc., eu tenho algumas dicas, já conhecidas pelas pessoas com as quais eu convivo e me relaciono ou meus leitores. Creio que minha experiência mostra que elas são essenciais para atingir os objetivos, para antecipar resultados, para buscar novas oportunidades e para alcançar o sucesso almejado.

Lembro ainda que uma mudança pode ser feita a qualquer hora, não precisa do Ano Novo, mas como ainda estamos vivendo esta fase em que o sentimento de renovação está mais latente, que tal aproveitá-las?

Veja abaixo as dicas:

0.Trabalhe todos os dias com se fosse seu primeiro dia na empresa. Lembrem-se: “Sucesso só vem antes do trabalho no dicionário”.

1.Conheça seu perfil comportamental. Conhecendo seu perfil, você poderá mapear com mais clareza quais as áreas e posições que deseja e que pode atuar com desenvoltura. Não se esqueça de apontar as atividades nas quais você terá melhor desempenho.

2.Tenha suas metas bem definidas, documente seu plano e faça revisões periódicas.

3.Faça uso da tecnologia. Em qualquer área ou profissão, tecnologia é fundamental, e não é porque você utiliza o e-mail que estará atualizado com as ferramentas tecnológicas. Esteja sempre antenado com o que a tecnologia oferece para aperfeiçoar suas funções. Com certeza você encontrará várias opções!

4.Não se acomode com a situação atual. Como eu disse no item 0, “Trabalhe sempre como se fosse seu primeiro dia na empresa”. Contribua, seja participativo. Quando detectar um problema, aponte sempre uma solução.

5.Aproveite o bom momento do mercado e estude.

Se não tem graduação, faça já; Se já tem, faça uma pós.

Estude um segundo idioma. Minha sugestão é que cuide do idioma, antes de fazer uma pós.

Se tiver um segundo idioma, estude um terceiro.

Se puder ter uma experiência no exterior, não perca a chance, essas vivências fora do país são muito valorizadas pelas empresas.

Participe de cursos, seminários, eventos, palestras em sua área de atuação. Dinheiro não pode ser desculpa, existem vários cursos bons e baratos, alguns até mesmo gratuitos.

6 – Mantenha sua rede de relacionamento (seu networking) ativo, e mais:

a)Deixe uma imagem boa por onde passar: mantenha um bom relacionamento em todas as empresas por onde passar: com seus superiores, com seus pares, com seus subordinados, clientes e fornecedores. Agindo dessa forma você será sempre uma referência positiva e consequentemente manterá o seu networking ativo. Mantenha o grupo informado sobre suas atividades profissionais, mudança de emprego, promoções, um novo empreendimento, um grupo que participe ou lidere, etc.

Participe de eventos (cursos, seminários, palestras, reuniões, etc.).

b)Acesse as Redes Sociais – Dicas de Uso: uma das características fundamentais na definição das redes é a sua abertura e porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os participantes, portanto:

Tenha um perfil nas principais redes sociais – Facebook e Linkedin são mais profissionais. As empresas e grande parte de seus executivos consultam essas redes, portanto, ao fazer um perfil, evite brincadeiras inadequadas, podem ser mal interpretadas por quem ainda não te conhece.

Com o seu perfil inserido nas redes, entre em grupos relacionados à sua área de atuação, dê opiniões, proponha soluções, conte suas experiências e evite falar de problemas, evite fazer críticas.

Redes sociais são ótimos pontos de networking, mas para ter um relacionamento efetivo exigem o famoso “ganha-ganha”, você extrai resultados, mas deve contribuir com o grupo.

Colabore com os membros do seu networking, esteja sempre presente. Estar presente é fundamental para manter o networking ativo e fortalecido, os dias são corridos para todos, mas um e-mail ou um telefonema não exigem tempo ou deslocamento e mostram que você cultiva os relacionamentos frequentemente (datas especiais como aniversário ou felicitações por uma promoção nunca podem ser esquecidos).

Não procure o grupo apenas nos momentos que precisa de ajuda, criar uma imagem de que “só procura o grupo quando precisa” é difícil de mudar e tem consequências desastrosas para o networking. Fique atento também aos colegas que precisam de apoio, apoiar nessas horas garante networking duradouro.

É isto, pessoal. Agora, intervalo, vamos aos vestiários e nos vemos no próximo mês.

Abraços a todos!
 
Para interagir com o autor: ctegon@universidadedofutebol.com.br  

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Uma visão tática da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2012

Todo início de ano temos a tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em tal competição podemos observar equipes de todos os cantos do país se enfrentando em busca do título e, mais do que isso, em busca da visibilidade nacional que o torneio proporciona.

Para obter essa tão sonhada visibilidade é preciso mostrar algo diferente e que chame a atenção dos holofotes.

Como acompanhei muitos jogos com o olhar voltado para as “questões táticas”, tentei identificar algo diferente em relação aos comportamentos táticos e aos modelos de jogo apresentados pelas equipes.

Confesso que em diversas equipes não observei nada de novo. As mesmas apresentaram modelos baseados em poucas referências e sem muita elaboração nos diferentes momentos do jogo; contudo, observei exceções que tinham modelos bem elaborados com conceitos sólidos.

Vi que o esquema tático predominante é o 1-4-4-2 com dois volantes e dois meias, que muitas vezes foi alterado para um esquema com três volantes quando se estava ganhando ou para três meias quando se estava perdendo. Pude observar inúmeros outros esquemas que variaram do 1-2-4-4, caso extremo onde a equipe precisava fazer o gol, ao 1-6-4-0, onde a equipe precisava segurar o jogo.

O esquema tático foi uma referência que as equipe modificaram bastante em função do resultado. O mesmo era confundido muitas vezes com o modelo de jogo em si.

Em relação à ocupação do espaço para além do esquema tático, vi que muitas equipes se posicionam em função do adversário, tanto no momento ofensivo como no defensivo. Quando isso acontecia por parte das duas equipes na partida, o jogo ficava “amarrado” e o que se via eram várias disputas de 1×1 no campo todo.

Outras equipes por sua vez ocupavam o espaço de forma mais zonal e chamavam a atenção de alguns desavisados que gritavam da arquibancada: “tá sozinho, pega”, dentre outras coisas.

A amplitude foi pouco observada – as equipes ocupavam mal o espaço do lado oposto ao da bola, e assim o jogo ficava muito “condensado” nas regiões próximas à bola.

A compactação na maior parte das equipes era bem feita defensivamente, mas ofensivamente era ruim.

As transições geralmente eram lentas, principalmente as defensivas. Equipes que se destacaram pela velocidade e pela regra de ação circunstancial adequada nesse momento do jogo conseguiram bons resultados.

Os balanços defensivos e ofensivos não fugiram do tradicional, em que no defensivo cada um marcava um adversário e um jogador ficava na sobra. No ataque ficavam os dois atacantes, geralmente um aberto e outro centralizado.

A marcação foi em sua maioria individual por setor, com equipes marcando por zona, e outras individual aos pares.

Nas bolas paradas foi o ponto no qual observei as maiores variações. Movimentações distintas, marcações distintas e muitos gols nesse tipo de jogada.

Vi equipes jogando no chutão, outras com um bom jogo de progressão apoiada, outras com jogo de manutenção.

Algumas equipes pressionavam a bola o tempo todo, umas bem estruturadas, outras não, em que os jogadores “corriam” à toa e ficavam bravos com seus companheiros.

Muitos modelos distintos e algumas evoluções vistas com bons olhos.

Que venham as próximas competições e que os destaques continuem aparecendo para além das questões individuais.

Até a próxima!

Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br