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Paramos no tempo?

Queria começar a coluna desta semana com uma afirmação do treinador Levir Culpi no último programa “Bem, Amigos!” quando questionado se o mesmo estava ansioso para voltar a trabalhar no mercado nacional.

“Eu fiquei 5 anos no Japão e aprendi muito com o país. Agora que voltei (ao Brasil) estou ouvindo os comentários e fico impressionado como o futebol brasileiro não evoluiu”, afirmou Levir.

Alguma surpresa?

Estamos discutindo há algum tempo que precisamos evoluir e nos adequar à nova realidade do futebol mundial.

Sabemos que novos métodos de trabalho e novas formas de jogar vêm sendo discutidas e desenvolvidas há tempos em países como Espanha, Holanda, Alemanha, Portugal entre outros.

Sabemos muito bem disso.

A fala do treinador é a constatação de alguém que esteve dentro do processo, saiu do país, evoluiu como treinador e voltou esperando que nosso futebol tivesse acompanhado a evolução mundial. Mas isso não ocorreu.

A minha dúvida é: será que continuaremos parados no tempo? Até quando?

Essa estagnação é culpa do ambiente, da resistência ao novo, do continuísmo, do imediatismo e da própria evolução dos nossos conceitos.

Enquanto discutimos a tática como o centro das atenções e a Periodização Tática como a solução dos problemas, existem outras teorias mais recentes que já colocam por terra muitas coisas que achamos ser o suprassumo do processo.

O fato é que precisamos fazer algo e continuar lutando, pois não podemos ficar parados!

A fala do Levir Culpi mostra que essa estagnação está incomodando a todos. Só espero que esse incômodo gere algum tipo de atitude para a mudança.

Sei que isso já está acontecendo e há profissionais que estão à frente de seu tempo (se é que podemos dizer isso), mas o trabalho ainda é lento e desgastante.

Acredito que precisamos ser ouvidos e, quando isso acontecer, temos que estar preparados para ajudar na real mudança!

Ela vai acontecer, mais cedo ou mais tarde (Espero que seja o mais rápido possível).

Vamos nos preparar e buscar algo além! Não vamos ficar copiando de uma forma precária conceitos desse ou daquele autor, e sim inovar, propondo conceitos próprios.

Há muita coisa para se estudar e aplicar no jogo! Inove!

Para terminar, uma frase de Steve Jobs, considerado um dos maiores nomes da inovação:

“Você quer vender água com açúcar o resto de sua vida, ou quer uma oportunidade para mudar o mundo?”

Vamos inovar!

Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br