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A aprendizagem inevitável e incontrolável da rua

Imaginemos um grupo de quatro crianças, dois meninos e duas meninas, entre quatro e cinco anos de idade brincando de casinha na sala da casa de uma delas. Vamos chamar esse espaço de rua, porque não é convencional, não há adultos ensinando crianças, tampouco há um currículo, livros didáticos, aprendizagem institucionalizada e outras características típicas da educação formal que se desenvolve no ambiente escolar.  Portanto, vale ressaltar que a rua, tal como a abordamos neste texto, não se restringe a um espaço público, limitado por calçadas, onde circulam pessoas, automóveis, bicicletas…

No espaço das crianças de nosso exemplo, há bonecas, bolas, caixas de papelão, uma caixa de peças de madeira, mesinha, cadeirinhas e outros objetos. Todas falam aqui e ali, a mais velha fala mais, pegam objetos, colocam em lugares combinados, tiram, colocam de novo, sentam-se nas cadeiras, colocam a mesa, fingem que comem, levantam-se, passeiam com o carrinho etc. Difícil acompanhar e entender o que fazem; é tudo muito criativo e diversificado. Aparentemente, imitam o que é feito pelos adultos nas casas deles, mas não é igual. Tudo tem uma conotação mágica, os problemas são resolvidos rapidamente, as brigas, que ocorrem com frequência, dissipam-se, não restam mágoas, a brincadeira prossegue. Há algumas aprendizagens visíveis pela diminuição das dificuldades para transportar um objeto, encaixá-lo, pelo entendimento das sugestões da criança mais velha, pelas imitações etc. Mas isso não é tudo. Numa avaliação convencional, somente essas coisas visíveis poderiam ser solicitadas. Se deixarmos de lado hipóteses de avaliação, podemos aventar inúmeras outras aprendizagens não perceptíveis superficialmente, portanto, impossíveis de provas convencionais.

Em todo processo de formação de conhecimento, ou de aprendizagem, há uma maneira de formar o conhecimento ou de aprender. Na família, de modo geral, há imposições de comportamentos feitas pelos adultos em relação às crianças: “Não”, “Isso está errado”, “É melhor fazer assim”, “Você vai se machucar” etc. Na escola convencional, o processo é orientado por professores com autoridade para transmitir conhecimentos, seja pelo cargo que ocupam, seja pela formação acadêmica que possuem. Esses conhecimentos são previamente preparados, desde um currículo nacional até um plano de aula, e impostos aos alunos. Senão com a mesma severidade que ocorre em família, pelo menos com advertências igualmente rigorosas em relação às consequências da recusa ou do fracasso quanto à aprendizagem. Na rua é outra coisa. Embora no grupo aqui considerado haja uma criança mais velha sugerindo, e até dando ordens, não há a mesma seriedade quanto a isso, nem da parte de quem sugere, nem dos mais novos. É um faz-de-conta, um tipo de jogo, onde tudo é de mentirinha. Portanto, a pressão do compromisso, típico da família, da escola e de qualquer tarefa obrigatória, não existe. Até porque, no ambiente lúdico, o descompromisso com algo exterior aos jogadores é o fundamento. Na brincadeira dessas crianças, nada parece ser sério – na visão dos adultos, nada parece ter utilidade. Portanto, é um jogo. Se não é útil, então, é jogo. Claro que estamos considerando o termo utilidade somente do ponto de vista da visão adulta utilitária. As consequências dessas brincadeiras para a formação de vida dessas crianças ainda estão longe de ser compreendidas por nossos pesquisadores.

Os riscos imaginários de tentar o novo e de criar em ambientes institucionais, como a família ou a escola, fazem as pessoas, boa parte das vezes, relutar, recuar, evitar enfrentar as novidades ou apresentar alguma criação. Mas no ambiente lúdico, até o medo é de mentirinha, até o medo surge como desafio a ser enfrentado. No caso das crianças brincando de casinha, elas inventam um ambiente onde muitas situações podem ser criadas, dando margem ao enfrentamento de novidades e mesmo à provocação de novidades. São apenas quatro crianças, mas elas criam um ambiente que, além de lúdico, é fora das instituições reconhecidas pela sociedade como responsáveis pela educação das crianças, como a família e a escola. De certa maneira, trata-se de outro grupo social; um grupo que agora habita um espaço público, o que é bem diferente da família e da escola, embora com as restrições do insipiente desenvolvimento de crianças muito novas.

Mesmo considerando que o desenvolvimento moral e social dessas crianças é insuficiente, elas estão começando a habitar um mundo que não é mais o mundo privado. A literatura costuma descrever a entrada da criança no mundo público a partir do momento em que, segundo determinadas teorias, ela está madura, por volta dos seis a sete anos de idade. Mas isso não procede, porque não é algo que um dia começa, afinal, sempre esteve lá na criança, potencialmente. Apenas que, enquanto amadurecem funções como a imaginação, a motricidade, as relações afetivas, a própria ampliação da motricidade e do pensamento, com a consequente ampliação do espaço de atuação, a criança entra em relação com outros que não os da vida privada. É o caso das crianças aqui descritas. Claro que estamos falando da sociedade de hoje; no mundo antigo, as relações, tanto em casa como fora dela, eram bastante distintas das atuais. Também não nos referimos à vida privada e pública, familiar e social ou política dos adultos. Nosso interesse, neste momento, é exclusivamente em relação às crianças e sua passagem do espaço privado para o espaço público.

Essa passagem para a vida pública, que no grupo das crianças aqui descritas, não distingue as meninas dos meninos, daí por diante ganha diferenças notáveis. Especialmente quando nossa atenção volta-se, acima de tudo, para a educação da rua e, como decorrência, a Pedagogia da Rua, manda a tradição de nossa sociedade, que os meninos terão acesso menos limitado à rua que as meninas. E isso terá consequências dramáticas e, possivelmente, devastadoras. Entre elas uma sociedade definida e dirigida, por vezes, desastrosamente, pelos homens.

Há um mundo a ser descoberto, porque negligenciado historicamente por nossas pesquisas. Um mundo habitado por crianças, em um espaço público que escapa à educação familiar e escolar, que ainda não foi compreendido. Possivelmente os grupos infantis constituem a sociedade mais precoce de nossas vidas. A formação para a vida pública deve começar nesses grupos, essas pequenas sociedades infantis, que ainda não compreendemos porque não as estudamos.

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O ensino do futebol nas aulas de educação física

Um dos mais importantes filósofos gregos, Sócrates, acreditava que o reconhecimento da própria ignorância como ponto de partida é parte da abertura para o ato de conhecer, com sua famosa frase; “Só sei que nada sei”! O seu pensar remete para outras reflexões sobre as aulas de Educação Física na escola, como por exemplo, o conteúdo do esporte “futebol”, fenômeno na sociedade brasileira, carregado de características sociais e culturais. Conforme o pensamento do filósofo e estudioso da motricidade humana Prof. Manuel Sérgio: “Se o futebol é uma atividade humana e não só uma atividade física, tudo o que é humano lhe diz respeito. E não só o que é especificamente do futebol. No esporte, quem só sabe de esporte nada sabe de esporte”.

O encontro com essas reflexões abre portas para a compreensão das aulas de Educação Física e amplia a perspectiva das propostas de aulas nessa disciplina. Uma delas é a presença do futebol como conteúdo educacional, que embora seja um tema discutido há anos, ainda é visto com preconceito e restrição por muitos professores. É um tema debatido e as opiniões freqüentemente se polarizaram entre aqueles que são contra e os que são a favor desse conteúdo nas práticas escolares para todos alunos. Contudo, se por um lado a polarização pode fortalecer o preconceito, por outro, felizmente, é possível desfazê-lo por meio de discussões e leituras que possibilitem considerar o “jogar futebol” como um meio de ensino capaz de favorecer aprendizagem integral.  

Quando falamos a respeito das possibilidades do conteúdo do futebol favorecer aprendizagens significativas aos alunos, é porque,  ao mesmo que podem aprender a “jogar futebol”, logo, chutar a bola, a ter controle sobre seus movimentos, a fim de alcançar um determinado objetivo, também podem aprender a se relacionar com as seguintes qualidades: conhecimento sobre a identidade cultural brasileira, a copa do mundo, times europeus, a mídia, valorização do outro, participação, respeito à diversidade, regras, valores, atitudes.

Sendo assim, não se trata de excluir o esporte futebol das aulas de educação física, mas sim de sair do entendimento superficial e considerá-lo como um meio capaz de auxiliar no processo de formação integral do aluno. Contudo, o enfoque da técnica acabou por considerá-lo como um fim para essas aulas, selecionando os “mais habilidosos” como destaque.  Dessa forma, retomando a frase de Sócrates e o Prof. Prof. Manuel Sérgio, quando diz que “no esporte, quem só sabe de esporte nada sabe de esporte”, cabe perguntar: O que é saber jogar?

A pergunta é um bom convite para  entendermos que não existirá o conteúdo do futebol  nas aulas de educação física sem vivenciar o movimento de chutar a bola, porém, o objetivo desse conteúdo não termina na ação motora, afinal, antes de pensar na prática, é fundamental saber o que se pode aprender por meio dela.

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Desenvolvimento motor e o espaço da liberdade – é um risco não deixar as crianças se arriscarem

O desenvolvimento motor deve ser entendido como uma mudança contínua no comportamento motor ao longo da vida e que é provocado pela interação entre as exigências da tarefa motora, a biologia do indivíduo e as condições ambientais[1]. Esse conceito reforça a tese de que o movimento nada mais é do que vida.

Modelos clássicos discorrem sobre a existência de fases e estágios do desenvolvimento motor, que vão desde o movimento reflexo, passando pelos movimentos rudimentares, fundamentais, chegando à fase denominada especializada; em cada estágio descrito, há características próprias associadas aos movimentos esperados em determinadas faixas etárias.

Essas sequências não consideram aspectos culturais e sociais no desenvolvimento do indivíduo, salvaguardando marcadores padronizados de movimento. Em sua obra Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física[2], o Professor João Batista Freire entende que, ao considerar padrões do movimento, o mundo deveria ser padronizado da mesma forma. Assim como não podemos controlar a imprevisibilidade ou os perigos presentes no mundo, em vez de padrões, deveríamos considerar a manifestação de esquemas motores, onde os movimentos são construídos pelos sujeitos, em cada situação e que levam em conta a subjetividade biológica e psicológica de cada um, além das condições ambientais.  

Quanto aos perigos do mundo, que é o tema deste artigo, dá para proteger as crianças de todos eles? Elas devem ou não correr riscos? Para responder tais questões, é interessante pontuar a diferença entre perigo e risco: enquanto o primeiro está relacionado ao agente causador, o segundo se refere à possibilidade de ocorrência do fato e depende do nível de exposição ao perigo, por exemplo: uma piscina oferece perigo para quem não sabe nadar e o risco é o afogamento. Levando em conta que tais conceitos caminham juntos e que fazem parte de todo e qualquer ambiente, não é razoável tentar eliminá-los totalmente do desenvolvimento da criança[3]

Na contramão dessa ideia, e a partir da concepção de que o risco é um fator adverso, pesquisadores da área têm estudado sobre uma cultura de aversão ao risco, ou seja, cada vez mais o ambiente que a criança brinca é controlado e, consequentemente, previsível; no ímpeto de eliminar qualquer tipo de proximidade aos perigos e riscos do mundo, estabelecendo diversas restrições, o desenvolvimento da criança acaba sendo limitado. As tentativas de controlar totalmente os aspectos ambientais – sendo uma missão (praticamente) impossível -, resultam em um repertorio motor pobre; isso porque é a interação entre os fatores ambientais, individuais e da tarefa, que balizam e influenciam diretamente o desenvolvimento humano.  

Falas como: “cuidado para não se sujar” ou “atenção para não se machucar”, ou até mesmo orientações que limitam a exploração do ambiente por parte da criança, como por exemplo, repreendê-las ao tentar subir o escorregador – sendo que essencialmente a função do brinquedo é descer -, podem parecer insignificantes, mas elas exprimem essa tentativa de moderar as ações das crianças e a de limitar o brincar. Há também a influência dos aspectos sociais, que tornou raro o jogo de rua, que foi substituído por uma “cultura de telas”, resultando num tempo livre considerado passivo e que arrebatou experiências ricas – em todos os sentidos – que a brincadeira de rua proporciona ao indivíduo. Restrições excessivas, ambientes e brinquedos previsíveis, que oferecem poucas oportunidades de interações sociais, são pouco desafiantes e não lidam com o risco, e refletem um desenvolvimento motor aquém do esperado. 

Convido-os a refletir sobre um ponto: se a essência do movimento é a vida, brincar com o risco e se desafiar é necessário, e é isso que vai trazer vitalidade no decorrer do nosso desenvolvimento. É inegável que, biologicamente, temos uma predisposição à proteção e, talvez, isso explique os comportamentos dos adultos que tentam de todas as maneiras controlar os ambientes e proteger as crianças. Mas devemos atentar para os excessos. Nossas experiências não são todas iguais e, por isso, temos que olhar para o nosso ambiente e perceber a potência que ele carrega e a influência que ele exerce sob o nosso desenvolvimento e aprendizagem. Afinal, aprendemos e nos desenvolvemos a partir da liberdade e não do controle do risco.


[1] GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C.; GOODWAY, J.D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Tradução: Denise Regina de Sales; revisão técnica: Ricardo D. S. Petersen. – 7. ed. – Porto Alegre: AMGH, 2013.

[2] FREIRE, JB. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 2009.

[3] Seminário apresentado pela Professora Doutora Rita Cordovil, no III Encontro Mineiro de Comportamento Motor, disponível no link: < https://www.youtube.com/watch?v=kl3iCmMxi5M> Acesso em: 11 de setembro de 2020.

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A rua como espaço público de educação

Este é o primeiro artigo de uma série que abordará o significado da rua como espaço público de educação, mais especificamente, de formação para a vida em cidadania, a vida coletiva, a vida política e social. O objetivo desta série é esclarecer as pessoas que circulam no campo da Educação Física e do Esporte para a importância de um tipo de educação que é, quando considerada, quase sempre subestimada. Falamos de um processo educativo que ocorre nas pequenas sociedades infantis, onde não há educação a cargo de pessoas adultas autorizadas, mas educação entre pares (crianças com crianças).

O empenho permanente dos seres humanos é constituírem-se humanos. Mas não bastaria aguardar a ação da natureza, cada qual desenvolvendo-se de acordo com o roteiro biológico? Não, afinal, cada ser humano que nasce, nasce incompleto. Significa dizer que refutamos a teoria inatista do conhecimento. Por sua vez, ao afirmar que o ser humano nasce incompleto, e não “vazio”, estamos implicitamente nos posicionando a favor da teoria do conhecimento interacionista.  

A gestação na barriga da mãe, aquela que tão bem dá conta de produzir os outros animais, no ser humano é incompleta. Nascemos com muito mais faltas que com presenças. Boa parte do que necessitamos para viver neste mundo está inacabado. É como se, no caso do ser humano, tivéssemos que ter duas mães: a primeira, a mãe biológica, que se encarrega da primeira vida em sua barriga; a segunda, a mãe social, a sociedade toda (inclusive a mãe biológica), que constitui uma espécie de segunda barriga. A sociedade humana é uma barriga social. São Tomás de Aquino dizia que “o homem é, por natureza, político, isto é, social”. [1]

O homem é aquele que, como outros animais, um dia sai de casa, não para viver sob a orientação dos instintos, mas para viver sob a orientação das regras que tornem possível o convívio com outros homens. O homem sai de casa para viver na polis, ou seja, para exercer sua condição de animal político, de forma que em sua vida tudo será “[…]decidido mediante palavras e persuasão, e não força e violência.” P.31[2]. Ainda, segundo Hannah Arendt, “Para os gregos, forçar pessoas mediante violência, ordenar ao invés de persuadir, eram modos pré-políticos de lidar com as pessoas, típicos da vida fora da pólis, característicos do lar e da vida em família, em que o chefe da casa imperava com poderes incontestes e despóticos, ou da vida nos impérios bárbaros da Ásia, cujo despotismo era frequentemente comparado à organização doméstica.” P. 32[3].

Ainda hoje, especialmente quando se trata de crianças, as relações familiares são orientadas por imposição dos mais velhos. O modo como as relações são tratadas em família é completamente diferente do modo como são tratadas na rua. Na rua, pela primeira vez, as crianças estabelecerão relações entre pares, sem a intermediação de adultos e sem as imposições destes. Especialmente quando sua imaginação amadurece e, por volta dos seis, sete anos, com o desenvolvimento da moral (ainda heterônoma), surge o interesse pelas relações coletivas; a criança sente-se compelida a resolver os conflitos por discurso, por persuasão. A violência como instrumento de solução de conflitos perde força e as negociações e os acordos ganham terreno.

Talvez não devesse ser assim, mas também a escola, de maneira geral, é impositiva, realizando sua orientação pela força. Se nela antigamente prevaleciam os castigos, alguns corporais, a força e a imposição física dos adultos sobre as crianças, na escola atual, e não tão atual assim, predomina a violência simbólica em forma de ameaças e chantagens, de avaliações, notas, premiações, competição pautada em normas de referência social, reprovações etc. Aquele que deveria ser um espaço acolhedor, de liberdade, de criação, de amadurecimento, da constituição de vínculos e estabelecimento de diversas e distintas relações sociais, apresenta-se como um ambiente intimidador, cerceador… um espaço de privação de liberdade, no qual as crianças permanecem em “celas de aula” cumprindo “regime fechado” em  uma “grade horária” sob vigilância e coação.  

Portanto, resta às crianças o grupo infantil; sua pequena sociedade de pares que, embora carregando sinais da violência que cada qual traz da família e, muitas vezes, da escola, pressiona para um tipo de relações públicas e políticas, nas quais a ação e o discurso precisam caminhar em consonância, para que os conflitos sejam resolvidos. Afinal, na rua da criança, trata-se de brincar, e o jogo não pode ser interrompido por largo tempo. Que os conflitos sejam rapidamente resolvidos, as regras aceitas ou (re)elaboradas, e que o jogo siga.


[1] De acordo com Hannah Arendt, a citação é do Index Rerum da edição de Turim das obras de São Tomás de Aquino (1922). Arendt, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

[2] Arendt, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

[3] Idem