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O caso Oscar

A mídia tem destacado a disputa jurídica entre o Sport Club Internacional e o São Paulo Futebol Clube.

Quando Oscar era menor de idade, tinha contrato com o São Paulo. O jogador foi emancipado, podendo assim estender seu vínculo com o clube paulista e assim o fez aos 16 anos.

Entretanto, ao completar 18 anos, o atleta propôs Ação Judicial para se desvincular do clube e o Magistrado, entendendo que o jogador havia sido lesado, sentenciou entendendo que o 2º contrato não era mais válido.

O fundamento da ação foi de que, quando tinha 16 anos, o atleta teria sido coagido pela diretoria do São Paulo a assinar um contrato com validade de três anos, o que é proibido pela Fifa. O atleta alegou, ainda, estar com os salários e FGTS atrasados.

Dessa forma, Oscar ficou livre para assinar com qualquer clube e foi contratado pelo Internacional.

O São Paulo recorreu, e o TRT reformou a decisão ao entender que o atleta Oscar não fora lesado, tendo a equipe paulista cumprido suas obrigações, e decidiu por validar o segundo contrato.

Com esta decisão, o São Paulo notificou a Federação Paulista de Futebol, que notificou a CBF, consequentemente a Federação Gaúcha.

Dessa forma, Oscar deveria se apresentar ao clube paulista, uma vez que seu contrato estava em vigor, e o seu contrato com o Inter, automaticamente, havia sido anulado.

A referida decisão foi descumprida e o atleta atuou pelo Internacional contra o Grêmio; eis que seu nome constava no Boletim Interno Diário (BID) da CBF (BID estava desatualizado em razão de recesso).

Posteriormente, a CBF registrou Oscar como atleta do São Paulo e comunicou a Federação Gaúcha e, enfim, o São Paulo volta a ter o jogador, o que o impede de atuar pelo Inter.

A grande questão é que, mesmo com a determinação da justiça, aparentemente, Oscar não quer voltar a vestir a camisa tricolor. Assim, com o imbróglio, perde todo mundo: o Internacional, que não pode escalar o jogador, o São Paulo, que não deve escalar um atleta insatisfeito, e o próprio jogador, que pode perder a oportunidade de disputar os Jogos Olímpicos de Londres, eis que está na pré-lista do Mano Menezes.

Portanto, a melhor saída para a questão é, de fato, um acordo entre todos os envolvidos a fim de que se minimizem os prejuízos e o jovem atleta possa retomar sua promissora carreira.

Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br

 

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Não adianta culpar a Fifa pelos custos dos estádios

A Fifa, por meio de recomendações e exigências, coordena a organização do evento, bem como a construção dos estádios. Nos manuais entregues, partes são obrigatórias, partes são sugestivas, como a questão de sustentabilidade, por exemplo, recomendando que as cidades se preocupem com os destinos de lixos, embalagens, gastos energéticos, entre outros tópicos.

Até o estádio estar próximo à conclusão, a Fifa fica livre para fazer as sugestões e exigências que convierem e que possam fazer um evento melhor e mais saudável, desde que não interfira em algo já construído. No entanto, casos como a nova exigência de drenagem a vácuo podem, sim, ser contestados com argumentos financeiros e de viabilidade – falta de mão de obra adequada e o custo da mesma pode pesar, mas pode até mesmo desenvolver o setor, barateando o custo no país.

Índices pluviométricos podem ser argumentos válidos para contestar a possível exigência, o que, em Londres, por exemplo, seria difícil reverter. Não é impossível reverter a situação.

A Fifa não é incontestável, mas uma vez que o Brasil pediu para sediar o evento, é bom entender os motivos da entidade, desde que o país não tenha prejuízos enormes e custos posteriores injustificáveis. Os manuais da entidade são exigências gerais para seus eventos, não específicas para o Brasil, e vão aumentando a cada Copa, somando experiências positivas e negativas que cada sede teve.

No entanto, culpar a Fifa por custos extras nos estádios, não é o caminho. Claro que para o evento existe a necessidade de setores de hospitalidade, de camarotes e centros de mídia gigantescos que não são necessários em eventos menores, mas os benefícios que o país pode tirar com isso compensam e são espaços nos estádios (internos e externos) que podem ser convertidos para áreas e programas de atividades adequados para o período pós-Mundial.

Trata-se de um plano organizacional brasileiro, visando seus próprios interesses baseados nos trunfos do evento e nas suas limitações temporárias. Não se tratam de partes desmontáveis, como um dos nossos estádios propõe, mas de um programa de continuidade do projeto. Por exemplo, após o evento, saem camarotes (com mobiliário possivelmente alugado) e entram continuidade das arquibancadas, não redução de público, ou mudança de usos, pois é atitude errônea.

Basta ter um plano de projeto, visando usos de que a região precisa, que a população sente falta ou em acertar a fonte de renda que vai, de fato, sustentar o estádio e aumentar lucros e visibilidade dos clubes.

A Fifa não vai providenciar regras e sugestões para o lucro do Brasil, mas para a qualidade do evento Copa do Mundo. É aí que o Brasil não está se entendendo. As preocupações parecem estar voltadas somente para os custos e execução das “temíveis e absurdas” exigências. Deveriam, no entanto, ter dois comitês: o Comitê de Organização Local (COL) e um brasileiro, sem vínculo direto com a Fifa – pois nem é de interesse deles –, mas com poder de conversa e possível negociação, mesmo que através do COL, e que este comitê brasileiro seja responsável por criar estratégias para o país em geral e específicos para as cidades-sedes.

Poderia ter uma composição feita por diferentes áreas: empresários, comerciantes, turismólogos, arquitetos, urbanistas, etc., abrangendo, assim, todos os ramos.

O Brasil pode lucrar com cultura, restaurantes, hotéis, turismo em geral e comércio. Poderia ter este órgão com campanhas de marketing, criando atividades, slogans, que trabalhassem o Brasil como um todo, visando à captação de verba para o país com a Copa do Mundo. A Alemanha visava, com a Copa de 2006, mudar a imagem do cidadão carrancudo, mostrando que o povo pode ser amigo, carismático e hospitaleiro. Conseguiram reverter um pouco da imagem da Alemanha de Hitler. O Brasil tinha o intuito de valorizar a Copa Verde, mas isso não está nítido ainda, e pode não agrupar todos os setores que podem lucrar. A principal imagem ainda não é forte o suficiente. Há a necessidade de pensar nisso, e estamos perdendo o tempo útil.

Além de ser errado culpar a Fifa, é também uma desculpa, jogando a culpa enquanto não se olha para o próprio umbigo. Para um país que está reclamando de custos elevados dos estádios, nossas arenas deveriam, no mínimo, ter em seus projetos técnicas e materiais para palcos econômicos. Mas não: temos propostas com vidros e vidros espelhados que, no caso do Brasil, só trazem gastos com refrigeração. Temos banheiros climatizados que, embora possam trazer benefícios à segurança e diminuição de violência, ainda não preveem fontes de energia natural, ou seja, elevando os custos também.

E nada disso é exigência da Fifa, mas opção de projeto – culpa de arquitetos mal preparados e especializados ou dos comitês locais e clubes (clientes), que enxergam somente em curto prazo, ou até mesmo, culpa de corrupção e licitações duvidosas que privilegiam interesses de organizadores.

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Treinadores lá e cá

O tema desta semana tem relação com um assunto que estamos batendo na tecla há algum tempo. Mas desta vez o estímulo vem do exterior. Mais precisamente de uma reportagem da Sports Illustrated, indicada e gentilmente traduzida pelo amigo Luiz Haas:

Vejam que as queixas sobre escolha de treinador de acordo com o perfil do clube não são de exclusividade das terras brasileiras.

Tradução de parte do texto: “Como encontrar o técnico certo”.

Destaques da história:

– Quando clubes procuram por novos treinadores, sempre existem filosofias contraditórias.

– Muitos clubes, salvo raras ocasiões, não possuem um plano de sucessão para o caso de precisarem mudar de treinador.

– Os clubes tomam decisões baseadas na reputação do treinador e não no seu perfil.

Em uma semana no mês passado, os jornais ingleses reportaram nomes que concorrem para ser o novo técnico do Chelsea. Pep Guardiola, foi reportado em alguns locais, terá uma oferta de um contrato aproximado de 40 milhões de libras isento de impostos, enquanto o The Times reportou que Laurent Blanc era o favorito. José Mourinho continua sendo uma possibilidade, afirmou o Daily Mail, enquanto o The Mirror vem ridicularizando que haja qualquer aproximação por conta das desavenças passadas com Roman Abramovich.

Quatro técnicos, todos no topo de suas profissões, porém cada um com filosofias e visões totalmente diferente de como o jogo deve ser jogado, como seus jogadores devem ser tratados e, principalmente, como eles encarariam o seu papel caso trabalhassem em Stanford Bridge.

Esse quarteto, que figura com destaque nas listas de apostas para o próximo técnico do Chelsea, lembra o levantamento que outros dois clubes possuíam quando procuravam técnicos na última temporada.

Na lista do Inter de Milão estavam: Gianpiero Gasperini, Fábio Capello e Bielsa; os cotados do Aston Villa eram: Steve McLaren, Alex McLeish, Rafa Benitez e Roberto Martinez. Nos dois casos, cada treinador parece diretamente o oposto um do outro.

Essas discrepâncias ocorrem quase todas as vezes que um novo cargo aparece no meio do futebol. Há alguns dias, por exemplo, foi reportado que a English FA logo estaria em contato com dois candidatos, sobre assumir o comando da seleção na Euro 2012: Roy Hodgson e Harry Redknapp. Ambos possuem pontos fortes, certamente, mas são muito diferentes em resultados e estilo.

O dilema sofrido pela diretoria do Manchester City neste verão, se o United mantiver a liderança da Premier League e ganhar o título, poderá centrar-se sobre a possibilidade de manter Roberto Mancini no comando; quem, se existe alguém, poderá fazer um trabalho melhor, enquanto o clube mantém a linha de busca incessante de alcance global e aceitação de seus fãs em termos mercadológicos?

Esse último ponto é importante: como Graham Hunter apontou em seu maravilhoso livro Barça: The making of The Greatest Team in the World, José Mourinho foi entrevistado para a posição de técnico antes de Pep Guardiola ser escolhido, mas insistiu que parte de sua função era de atuar como um centralizador. Essa não era a imagem que o Barcelona queria demonstrar e então eles procuraram comandantes em outro lugar.

Então: o que se passa pelo pensamento por trás de uma nomeação de um treinador? Esses clubes sabem alguma coisa que nós não sabemos? Estas foram as perguntas feitas a dois diretores executivos, um da Premier League e outro do Champions, por algumas orientações sobre como eles tratam da nomeação de um novo treinador.

Enfim, daí segue a matéria, que foi deixada apenas como degustação mesmo e para uma reflexão mais ampla sobre a forma como que contratamos pessoas para os clubes e seu alinhamento efetivo com a cultura destas organizações. Vale à pena a leitura completa do texto indicado no link.

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Jogos reduzidos: muitas ou poucas regras?

Após iniciar a discussão sobre as atividades práticas para o desenvolvimento de alguns princípios estruturais do jogo, recebi vários e-mails sobre as regras das atividades.

Bom, primeiro devemos entender que cada regra tem um objetivo e leva o jogo a uma determinada configuração, que por sua vez trará aos jogadores situações-problema específicas.

A especificidade das situações, em cada um dos jogos, deve ser vista como potencialidades e não exclusividades.

Por exemplo, em um jogo, a ênfase pode ser em determinada regra de ação, mas outros conteúdos do jogar estarão sendo desenvolvidos concomitantemente.

Isso quer dizer que uma regra serve para o desenvolvimento do todo, mas com ênfase em determinado comportamento; contudo, não podemos usar uma regra apenas para desenvolver todo o jogar da equipe!

Nesse ponto é que reside a complexidade das coisas e onde se cometem alguns erros.

Trazer a complexidade para as atividades, para os treinos e para o processo não significa ter atividades com muitas regras, muitos alvos, muitos cones, etc.

A complexidade está em definir atividades que ajam no jogar e no comportamento dos jogadores a partir de regras acessíveis e pontuais.

Isso é válido do sub-11 até o profissional.

Peço licença para um parêntese aqui: não existem atividades que só servem para o profissional ou para o sub-13.

Claro que em cada uma das categorias existem parâmetros a serem seguidos, mas nada impede que um jogo possa ser desenvolvido em um sub-17 e no profissional, por exemplo. O fato é que o processo é que dita o ritmo das coisas.

Se o processo vem sendo bem planejado desde as categorias menores, no profissional minha preocupação será quase que exclusivamente em preparar os jogadores para o jogo do fim de semana. Porém, se houver lacunas no processo, posso ter que aplicar atividades para o desenvolvimento de conteúdos do sub-11 na equipe principal.

Por isso volto a destacar: não podemos rotular uma atividade sem entender o contexto em que ela está e como será desenvolvida.

Fecha o parêntese e voltemos para as regras dos exercícios.

 

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Como estamos discutindo, a quantidade de regras não define a complexidade da atividade.

De que vale um jogo onde os jogadores não entendem ou demoram muito para entendê-lo?

Além disso, com muitas regras, preciso saber se as mesmas estão indo na mesma direção ou não!

Por exemplo, em uma atividade de 7×7, tenho as seguintes orientações:

-1 ponto se a equipe trocar cinco passes
-1 ponto se finalizar a bola em direção ao gol em até cinco segundos após a sua recuperação
-1 ponto se recuperar a bola no campo de ataque
-1 ponto se o goleiro fizer uma defesa completa
-3 pontos se fizer o gol

Como cada uma delas age no comportamento de jogo dos atletas? Como elas se relacionam? Os atletas estão habituados a esse tipo de estímulo?

Outro ponto fundamental é a questão da pontuação. Não adianta nada criar uma atividade com regras e não marcar a pontuação e nem estimular os jogadores a cumpri-las – dessa forma, a atividade perde totalmente seu sentido.

Como sempre, não tenho a receita pronta, mas devemos pensar em extrair a simplicidade da complexidade e agir no âmago do jogar tendo a lógica como pano de fundo.

Criem regras para isso e os resultados serão extraordinários, pois no fundo “a simplicidade é o último grau de sofisticação”. (Leonardo da Vinci)

Até a próxima!

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Por que nós paramos na primeira página?

A intenção era muito positiva e, segundo estudiosos do comportamento humano, qualquer ação sempre terá uma intenção com esta característica. No entanto, os efeitos da investida do gerente de futebol do Flamengo, Manoel Jairo Santos, com a carta de orientação de conduta para os jogadores da equipe rubro-negra, não foram tão positivos como poderiam.

A solicitação por escrito de repouso, descanso e força de vontade para cumprir as tarefas propostas pela comissão técnica foi motivo de chacota entre os próprios jogadores e por grande parcela da mídia. A carta foi ignorada inclusive pelo treinador Joel Santana.

Na grande maioria dos veículos de informação, a discussão resumiu-se à banalização do ocorrido e ao caminho escolhido pelo gerente flamenguista, classificado como equivocado, para conseguir acessar os jogadores. Então, o resultado final do fato na perspectiva dos atletas foram alguns aviões de papel feitos com a carta e um comentário em comparação ao Barcelona, que não precisa de nada semelhante para ser o melhor time do mundo (mas também quase não tem jogadores brasileiros).

Será que algum jogador do Flamengo levou a sério as recomendações contidas na carta?

Será que no ano de 2012 o Flamengo figurará menos nas páginas policiais (lembram?) e sociais e surgirá nas páginas esportivas como campeão?

Será que haverá outras tentativas de conscientização profissional, realizadas pelos dirigentes, que se tornarão públicas?

Será que o Flamengo revelará dois ou três craques para o futebol nacional e, posteriormente, mundial?
Teremos estas respostas ao longo do ano!

Enquanto isso, para quem não trabalha no Flamengo e precisa lidar com problemas equivalentes (guardando as devidas proporções) em seu grupo de trabalho, ofereça um ambiente de discussões que levem à consciência profissional.

Há alguns meses, o executivo da Universidade do Futebol, Eduardo Tega, afirmou em seu blog que o diferencial das equipes que investem em formação deve ser a capacitação dos seus atletas. Na publicação, levou o leitor a compreensão de que o maior nível de conhecimento e consciência dos jogadores permitirão questionamentos e reflexões constantes dos métodos de trabalho aplicados por quaisquer que sejam seus treinadores.

E num cenário que esteja estabelecido um real ambiente de aprendizagem, o conhecimento e consciência adquiridos instigarão questionamentos e reflexões inclusive para assuntos extracampo, locais em que os atletas passam a maior parte de suas vidas.

Se bem orientados, os milhares de atletas, alojados ou não, que temos espalhados pelo país podem utilizar melhor seu tempo livre; com domínio do conhecimento do seu corpo, os jovens atletas têm condições de identificar um determinado tipo de lesão que sofreram e quais devem ser os procedimentos para a reabilitação; ciente de algumas questões nutricionais, os atletas podem diferenciar o porquê tomam Whey protein, creatina ou BCAA; podem também aprender sobre implicações legais de ter um filho e seu dever em assumi-lo, bem como os efeitos do excesso de álcool no organismo.

Estas propostas de capacitações são apenas alguns exemplos de um leque infinito de possibilidades que pode conter como temas: carreira, idiomas, informática, drogas, empresários, contrato profissional, livros, história do clube, adaptação em diferentes ambientes, sexo, fama, biografias, assédio, media training, entre outros.

É sabido que a grande maioria dos clubes brasileiros não tem condições de oferecer este tipo de capacitação, porém, entre ser omisso e não fazer absolutamente nada ou tentar por em prática o melhor possível diante das circunstâncias, existe uma diferença considerável.

Que iniciemos ou aperfeiçoemos os procedimentos de capacitação o quanto antes, pois, na atualidade, a cadeia produtiva do jogador de futebol brasileiro está proporcionando um produto final de qualidade questionável. A demanda existe, porém, é uma pena não conseguirmos atendê-la.

Que nos próximos fatos semelhantes ao do ocorrido na equipe carioca, tenhamos (todos os profissionais direta ou indiretamente relacionados ao futebol) capacidade de aprofundarmos a discussão, sairmos da primeira página e irmos além dos comentários e posicionamentos superficiais. Temos condições de sermos críticos quanto aos problemas e esmiuçá-los apresentando respostas.

Infelizmente, para nossa tristeza, dedicamos pouco tempo para questões que realmente importam e muito tempo para acontecimentos como o do vídeo “para nossa alegria”.

Felizmente, já existem clubes como o Audax-SP, que tem procurado capacitar seus atletas das mais diferentes formas e já estão bem longe da primeira página. Dar para cada jogador do clube um exemplar de um livro recém-publicado sobre a trajetória futebolística e realidade do futebol brasileiro escritas por um grande jogador, é um excelente exemplo.

Enfim, inevitavelmente, para que os clubes brasileiros consigam ter as exigências competitivas do futebol moderno atendidas e suportem uma alta intensidade de jogo durante os 90 minutos, o nível de capacitação dos jogadores deverá ser o de excelência. Se existe uma solução para isto: a Faculdade do Atleta! Utópica por enquanto, mas necessária se quisermos voltar a ditar o ritmo do futebol mundial. Para isso, temos que avançar as páginas…

Obs: O Flamengo não suportou o final do jogo e sofreu a derrota para o Emelec-QUE. Mera coincidência ou faltou aquilo que o Jairo cobrou?

Por motivos profissionais, retorno à coluna no dia 21/04/2012.

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Os direitos e o respeito ao torcedor como investimento com retorno esportivo e financeiro

No último domingo fiz uma participação no Esporte Espetacular, da Rede Globo, em uma reportagem sobre a violência nos estádios de futebol e um dos convidados destacou o quanto os clubes perdem com o desrespeito aos direitos dos torcedores.

O fato é que o futebol movimenta, anualmente, bilhões de dólares. Além disso, milhões de empregos são criados direta e indiretamente e a paixão pelo esporte transforma cada um dos habitantes do planeta Terra em torcedor e, por consequência, em um consumidor em potencial.

Como todo consumidor, o torcedor é um sujeito de direitos e deve tê-los respeitados, sobretudo levando-se em consideração o fato de que o futebol deve sua magnitude global justamente à imensa paixão despertada nas multidões.

Por esta razão, cada vez mais, surge a necessidade de legislações específicas a estes consumidores do esporte, bem como a adequação dos clubes aos anseios de seu torcedor.

O respeito aos torcedores traz resultado financeiro e esportivo ao clube, como se observa de iniciativas vencedoras de representantes europeus como o Barcelona e, notadamente os ingleses da “Premier League” e de clubes sul-americanos, especialmente o Internacional, de Porto Alegre. Todos conhecidos mundialmente pelas conquistas.

O torcedor, consumidor, cada vez mais exigente, irracional e apaixonado por natureza, capaz de, por essa paixão, distorcer a realidade em benefício de seu clube de coração, deve ser tratado como protagosnista.

Dentre os inúmeros direitos atinentes aos cuidados para com o torcedor extraem-se alguns imprescindíveis para garantir o interesse pelo esporte.

Inicialmente, as competições devem possuir regulamentos transparentes respaldados em critérios técnicos, bem como a arbitragem deve ser justa e independente.

A venda de ingressos deve ser realizada de forma organizada, com plenas informações, de forma a garantir celeridade, eficiência e segurança. Além disso, os ingressos devem ser vendidos em diversos locais e, por meio eletrônico, especialmente, pela Rede Mundial de Computadores.

Os estádios devem ser acessíveis por meio de transportes urbanos de qualidade, tais como metrô, trem urbano e ônibus.

Os estádios devem possuir infraestrutura com estacionamento, restaurantes, banheiros e o acesso às suas dependências deve ser amplo, permitindo que a entrada ocorra sem tumulto, além de se assegurar o acesso de deficientes físicos.

O torcedor tem o direito de receber as informações do evento ao adentrar ao estádio, por meio de recepcionistas, ou de centrais de atendimento ao torcedor (ouvidorias), bem como de acomodar-se em assento confortável e de mesmo número de seu bilhete.

Por fim, a segurança do torcedor deve ser garantida não somente no interior dos estádios durante os eventos esportivos, mas em todo o entorno do estádio antes e logo após a partida.

Policiamento ostensivo, punições rigorosas aos torcedores violentos, monitoramento por meio de câmeras e limitação de acesso a quem não possua ingresso são formas de atingir-se a segurança.

Medidas como as expostas, além de trazer ao consumidor do evento esportivo uma série de benefícios, trarão aos clubes e ao evento maior atratividade e fidelidade.

Torcedores bem tratados e satisfeitos são sinônimo de estádios e cofres cheios, pois, neste contexto, independente dos resultados esportivos, a venda de ingressos, de jogos pelo sistema “pay-per-view” e de produtos licenciados atingiriam patamares elevados.

O resultado de medidas assecuratórias dos direitos do torcedor pode ser constado pelas arrecadações[1] da “Premier League” inglesa, terceira liga que mais rentável do mundo[2], que recentemente superou a NBA e está atrás, apenas, das norte-americanas MLB (beisebol) e da NFL (futebol americano), respectivamente.

Os jogos da Liga Inglesa têm estádios cheios, independente da colocação do clube na tabela, com ocupação de 91%[3], sendo que o Manchester United possui média de público de 70 mil torcedores.

A fidelidade do torcedor inglês coloca nove clubes daquele país na lista do vinte e cinco mais ricos do mundo[4], dois na lista dos dez mais valiosos em todas as modalidades[5] e três entre os seis com patrocínios mais valiosos na camisa[6].

Ademais, o respeito aos torcedores conduz ao resultado esportivo, como se apreende do Barcelona e, na América do Sul, do Inter, primeiro clube brasileiro com ISO 9001.

O Barcelona é o atual campeão espanhol, da Copa da Espanha (Copa do Rei), da Supercopa da Espanha, da Uefa Champions League e do Mundial de Clubes da Fifa, e o Internacional, desde que iniciou o processo de estruturação para o seu torcedor, em meados da década passada, conquistou a Libertadores da América e o Mundial em 2006 e a Copa Sulamericana em 2007[7] tendo sido, em 2009, vice-campeão brasileiro e da Copa do Brasil.

Assim, mais do que atender aos direitos da imensa comunidade de torcedores, a atenção aos seus anseios corresponde a um investimento com retorno financeiro, de visibilidade e em títulos.

 

 

[1] http://www.terra.com.br/esportes/futebol/financeiro/index.htm

[2] http://www.futebolfinance.com/premier-league-3%c2%ba-maior-facturacao-entre-as-ligas-profissionais

[3] http://www.futebolfinance.com/o-numero-de-espectadores-nos-estadios-%e2%80%93-dezembro-2009

[4] http://www.futebolfinance.com/forbes-most-valuable-soccer-teams-2009

[5] http://www.futebolfinance.com/os-10-clubes-mais-valiosos-de-todos-os-desportos

[6] http://www.futebolfinance.com/ranking-de-patrocinios-nas-camisolas-200910

[7] Equivalente à Liga UEFA

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Estádios trabalham com e para o marketing

Esta semana foi anunciada a notícia de que o Corinthians pode ter um estátua de São Jorge, padroeiro do time, em frente à arena que está sendo construída em Itaquera, com altura equivalente ao Cristo Redentor (RJ).

O fato tem gerado muitas críticas, inclusive com a estátua sendo chamada de “cafona”. Fato é que, cafona ou não – e isso depende de gosto pessoal e não de técnicas –, é uma boa tentativa de atração de capital e atenção para o estádio.

Um relatório elaborado pela consultoria esportiva BDO RCS perante as rendas dos 25 clubes com maiores receitas no Brasil, em 2010, apresentava a seguinte porcentagem de suas várias fontes de renda:

•28% Cotas de TV;
•17% Patrocínio e publicidade;
•15% Transferências de atletas;
•14% Social e Amador;
•12% Bilheteria;
•14% Outras fontes de renda.

Neste estudo, consagra-se o fato de as bilheterias jamais sustentaram um estádio financeiramente, afinal, ele mal representa os lucros do estádio que, por sua vez, tem gastos muito grandes. Além disso, mostra que o marketing também tem pouca parcela nos lucros.

O Barcelona tem 30% de suas receitas provenientes do Camp Nou*, seu estádio. Isso se tornou possível pelo trabalho de marketing em cima da casa do clube, aproveitando a paixão clubística para agregar valor ao estádio, e tornando-o o símbolo máximo do time – inclusive, a proposta arquitetônica para a reforma do local, feita pelo renomado arquiteto inglês Norman Foster, em 2007, tende a aumentar ainda mais a receita do time ao melhorar a imagem da casa, como também torná-lo um marco arquitetônico de prestígio.

 


 

Com a estátua, o Corinthians mostra que tem a mesma intenção de começar o que o Barcelona já possui. É um longo caminho, mas como o clube não tem intuito de receber shows musicais em seu estádio, a grande virtude será vender o espetáculo do futebol com primor, com um estádio confortável, gerar um ambiente interessante para atrair mais visitas guiadas – das quais o Allianz Arena, de Munique, e o estádio Olímpico de Beijing recebem uma boa renda –, e criar ambientes que possam dar vida e renda diária.

O Santos, no entanto, já tenta obter a marca mundial com uma estratégia diferente, fortalecendo a imagem fora do país com amistosos, mantendo Neymar e proporcionando, desta forma, o espetáculo. Para manter o atleta, o clube praiano fez estudos da renda do atleta com patrocínios diretos que aumentaram muito seu patrimônio.

Já o Internacional, no Brasil, é o clube que tem mais receitas vindas de sua casa, libertando-se da dependência da bilheteria, sendo um dos clubes com mais sócio-torcedores do mundo.

A Copa está próxima e o lucro que cada um dos estádios pode ter vai depender de bons projetos arquitetônicos para que as estratégias de marketing fiquem mais livres para obter resultados relevantes.

Lucros podem vir de “naming rights”, espaços publicitários nos estádios, restaurantes característicos do clube, lojas oficiais (como a loja conceito dentro do Morumbi), espaços de cultura (como museu do clube e exposições temáticas) e também camarotes que atraiam mais empresas, mulheres e crianças, conferindo rendas mais altas ao equipamento.

*Fonte: Revista Conselhos, Ano 02, Edição 11

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Guerra de marcas

Na última terça-feira assistimos a Milan e Barcelona, esperando ansiosamente pelo duelo do “Pequeno Gênio” argentino diante do “Gigante” sueco, conforme plantado pela grande mídia. O resultado do jogo pouco importa. O que interessa é o espaço crescente ocupado pelos clubes europeus no mercado brasileiro – e tal fato não é de hoje.

Perante um estado quase que basal da economia européia, os clubes europeus, com suas poderosas marcas, estão procurando expandir seus negócios e fincar suas bandeiras em mercados emergentes. As primeiras investidas foram direcionadas para o mercado asiático, mais especificamente a China, que é a menina dos olhos do mundo todo. Lá, pelo menos por um olhar à distância, parece simples a penetração de novos conceitos, por conta de o futebol não ser tão desenvolvido quanto em outras partes do mundo.

A ampliação de horizontes por parte do velho mundo começa a atingir o Brasil. E o que chama atenção é que aqui as marcas dos clubes locais deveriam fazer uma espécie de bloqueio contrário ou blindagem à vinda de clubes de fora, que poderiam inclusive ser considerados rivais, até para estimular um maior envolvimento do mercado interno.

Ao contrário, ao invés dos clubes brasileiros investirem suas forças para fortalecimento de suas marcas, a ação quase que insana é de entupir o bem mais valioso do clube, que é a sua camisa de jogo, tradicional, algumas delas que comunicam atributos de glória, superação e vitória, com marcas de empresas com nenhuma ou pouca identidade com os mesmos.

A poluição visual prejudica, sim, o fortalecimento dos clubes como entidades, produtoras de um espetáculo ímpar. O fato de o “País do Futebol” consumir o que vem de fora demonstra a sua inoperância enquanto produtores deste espetáculo por conta da ineficiência administrativa de suas marcas (de seus estádios, de seus produtos licenciados, do cuidado na comercialização de patrocínios, e por aí vai).

E, por fim, gostem ou não, o fato de a maior emissora do Brasil demandar cada vez mais a cultura do futebol europeu deve ter clara relação com o interesse das pessoas. A mídia, como é óbvio, respeita os anseios do mercado, que é composto por pessoas e organizações, ditando costumes, modas e preferências. Foi a partir dela que o voleibol e o basquetebol, para ficarmos restritos a dois exemplos, mudaram suas regras…

Portanto, é salutar uma medida conjunta para fortalecimento do mercado interno dos clubes de futebol para não corrermos o risco de daqui uns 10 anos termos um diálogo nesta base com um garoto (brasileiro) de 7, 8 anos:

“- Qual é o seu time do coração?”.

“- Sou rubro-negro, é claro…”.

“- Ah, flamenguista, então…”.

“- Não, não, sou Milan de coração!”.

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Frases de futebol

Olá, amigos!

Nesta semana abro espaço para refletirmos um pouco sobre a função de técnico no Brasil. Sem a preocupação de considerar um lado mais errado do que o outro, sejam os dirigentes ou sejam os próprios profissionais, muita coisa precisa ser observada.

Vamos, desta forma, fazer apenas o que eu chamaria de exercício provocativo, com a finalidade de levantar a discussão, que é cíclica e frequente no futebol. Com isso, explico a proposta do texto.

Com base em informações veiculadas na imprensa, selecionei algumas frases de técnicos e dirigentes. Após isso, colocaremos algumas perguntas e tópicos que podem nos levar a um debate, mas deixarei neste momento que o leitor analise e tire suas conclusões, sem entrar no posicionamento de ideias.

“Aqui eu quero todo mundo estressado. Quem disser que está tranquilo, mando pra casa dormir” (Muricy Ramalho, técnico)

“Que trabalho motivacional? Aqui não se motiva ninguém, meu amigo. Aqui a gente cobra” (idem)

“Sei como eles jogarão: de meia, calção e chuteiras” (idem)

“Acredito que existe mais mérito agora que conseguimos o acesso do que no ano passado, quando fomos rebaixados” (Ricardo Guimarães, ex-presidente do Atlético MG)

“Futebol é que nem cachorro-quente: só serve o que é feito na hora” (Roberval Davino, técnico)

“O importante é conseguir o resultado positivo, mesmo se jogarmos mal” (Vanderlei Luxemburgo, técnico)

“Isso é o momento do futebol. Estou indo, mas posso voltar” (Joel Santana, técnico)

Existem mais frases, que poderíamos colocar, mas deixemos para um outro momento. A seguir, elenco alguns tópicos para debate futuro:

1.Uma equipe deve se preocupar com o resultado independentemente do estilo de jogo?

2.O que representa as idas e vindas dos técnicos em suas inúmeras passagens por um mesmo clube?

3.O resultado só aparece com altos níveis de estresse?

4.Só o salário deveria ser fator motivacional para os atletas?

5.Vale a pena investir tempo e dinheiro em análise dos adversários?

6.Um técnico só pode ter continuidade se não perder nenhum campeonato que dispute? (mesmo que tenha sido vice, ou ainda reformulado a equipe)

E você, que aspectos levantaria para a discussão?

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

 

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Futebol de bom humor

Perdemos, em uma semana, dois grandes gênios, cada um a sua maneira.

Chico Anysio e Millôr Fernandes.

Porém, ambos tinham algo em comum, muito valioso para que a vida seja leve, e que nos brindavam sem nos exigir nada em troca: o bom humor.

Chico, em seus mais de 200 personagens, criava ou reproduzia nestes papéis, interpretados por si mesmo, figuras populares, em que facilmente o povo se reconhecia nos enredos dos quadros de seus programas.

Millôr era genial no uso da linguagem – mais ampla que a língua – pois era cartunista, escritor, jornalista, tradutor, dramaturgo, calígrafo – para tratar com ironia, sabedoria, acidez, inventividade, o cotidiano e suas situações que, nas suas palavras e no seu traço, ficavam banhadas em bom humor.

Frequentou e ajudou a construir veículos de comunicação como “O Pasquim”. Ajudou a criar e difundir o Frescobol, único esporte que, segundo ele, possuía espírito esportivo:

“O Frescobol foi um esporte que cheguei a jogar bastante bem. Esporte maravilhoso, praticado à beira mar – os participantes quase nus – de tempo em tempo interrompido por um mergulho refrescante, o Frescobol é elegante e dinâmico o tempo todo, beneficiando-se ainda da sorte inaudita de nunca nenhum idiota ter tido a ideia de lhe traçar normas, aferir pontos – permanece até hoje uma atividade pura. Há competição, mas não formalizada, pontificada. Não há vencidos nem vencedores. Portanto sem possibilidade de violência”.

Era torcedor do Fluminense.

E, como grande frasista que ficou notadamente reconhecido, eis algumas sobre futebol:

“E no oitavo dia Deus fez o Milagre Brasileiro: um país todo de jogadores e técnicos de futebol.”

“O futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia.”

“Futebol não tem lógica. Mas, se a gente tivesse Garrincha, Pelé, Paulo César, Nilton Santos, Domingos da Guia e Rivellino de um lado só, a zebra ia ter que rebolar.”

“Há os que são Flamengo doente. Eu sou Fluminense saudável.”

“Mal comparando, Platão era o Pelé da filosofia.”

“Em 1978, lembram?, o Brasil, já na técnica da retranca, perdeu a Copa invicto. Empatou todas. Inventamos uma coisa extraordinária: a Invictória.”

“Ninguém joga futebol tão bem quanto o brasileiro. Isso porque o futebol e o Brasil são iguaizinhos; não têm lógica.”

Chico foi humorista, ator, dublador, escritor, pintor. E também comentarista esportivo, na Rádio Guanabara, com 17 anos e, na Copa de 1990, com 58 anos.

Chegou a torcer para o América-RJ, mas acabou convertido ao Vasco posteriormente.

O personagem Coalhada, genialmente criado e interpretado por Chico, encerra muito do estereótipo do “boleiro” no Brasil. Otávio Arlindo Antunes do Nascimento é um jogador estrábico, que exibiu seu futebol em vários clubes do país, contando com o trabalho do empresário Bigode. É um perna-de-pau, apesar de se achar o craque, e vive se defendendo das críticas.
 


 

“E depois eles dizem que o Coalhada é isso, que o Coalhada é aquilo…”.

Creio que esses dois gênios vão seguir dividindo uma mesa de boteco, na frente de uma TV, pra acompanhar o futebol brasileiro.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br