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O deus Dunga

Se o resultado de Chile x Brasil tivesse sido outro que não os 3 a 0 para o time de Dunga, o título desta coluna precisaria substituir apenas o “o” pelo “a”. Sim, porque, para variar, a imprensa brasileira que já previa o adeus de Dunga antes da partida deu mostras de que, agora, o técnico do time nacional está mais próximo do Olimpo.

A bronca do presidente Lula durante a semana serviu, mais uma vez, para que os jogadores dessem garantias de manchetes à imprensa e ao mesmo tempo encontrassem a motivação perdida para mostrar pelo menos um pouco de vontade de defender a seleção. Com isso, obviamente, a vitória veio fácil, fácil, como há muito não se via.

Até mesmo a frustração de Ronaldinho Gaúcho de ser substituído por um lateral (!) quando o time tinha um jogador a menos será agora explorada como sinal de que a seleção voltou a ser uma Seleção, com S maiúsculo!

O problema existe desde que a imprensa começou a cobrir o futebol. A interferência dos jornalistas sobre a seleção brasileira nunca foi a exceção, mas a regra que ditava o bom rumo do time brasileiro. Que o diga a Copa de 1958, quando Paulo Machado de Carvalho usou um colegiado de profissionais da imprensa para ajudá-lo no comando do time campeão do mundo.

Só que, nos dias de hoje, a cobrança exercida sobre o treinador da seleção chega a ser fora do comum. Escalação, convocação, não-convocação, convicção. Tudo é motivo para crítica. Dunga perdeu pontos com o “fiasco” olímpico. Não se questionou que, com uma seleção remendada e sem treinamento, ele conseguiu levar o time ao pódio olímpico, mais ou menos como Klinsmann fez com a Alemanha na Copa de 2006 (e que credenciou Dunga a assumir o Brasil).

O trabalho do jornalista é pautado pelo resultado. E só. Nesta segunda e até quarta-feira, os colegas que estarão enfurnados na Granja Comary para os treinos até o jogo contra a Bolívia só vão perguntar o que Dunga fará com o trio que deu a vitória sobre o Chile: Diego, Robinho e Luis Fabiano.

E, daqui a pouco, o processo de canonização virá. Com direito a discussão se não é hora de barrar medalhões como Kaká do time, já que a palavra do “capitão do tetra” terá mais peso do que qualquer histórico recente na seleção.

Nesta semana ninguém mais vai questionar a seca de gols que existia, a falha em Pequim, ou as broncas do presidente Lula. Do adeus próximo, Dunga vira deus. Até a próxima rodada complicada que terá pela frente… Sorte a dele, pelo menos, que o furacão de enfrentar o Paraguai fora, a Argentina em casa e depois as Olimpíadas já passou.

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br

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A velocidade tática e as fases sensíveis do desenvolvimento atlético

Avançar em conceitos e paradigmas com raízes profundas não é coisa fácil.

Um grande pensador e professor amigo meu costuma dizer que nós seres humanos quando nascemos somos como uma garrafa quase vazia. Muito espaço para ser preenchido, pouca coisa já bem estabelecida.

Nós (humanos!) vamos preenchendo-a por toda vida. Lemos, assistimos, estudamos,escutamos, experimentamos; a cada nova vivência, a cada novo estímulo, mais um passo em direção as verdades que vamos construindo.

Pois bem. Com tantas verdades sendo construídas, nada mais normal do que a existência freqüente e permanente de choques de idéias; ainda mais quando o assunto é futebol.

Um tema recorrente e já abordado por mim em pelo menos outras duas oportunidades “ressuscitou” nesta semana em uma “mesa redonda” (organizada por uma instituição de ensino superior em São Paulo) com estudiosos do treinamento desportivo.

Existe um grupo de pesquisadores/cientistas que acredita que jogadores de futebol precisam desenvolver de forma maximizada a velocidade cíclica. Defendem a idéia de que tal capacidade deve ser potencializada principalmente em sua fase sensível (segundo alguns autores aos 12 e 13 anos de idade).

O principal argumento é de que ela poderia potencializar a velocidade de jogo (e que mesmo que isso não fosse verdadeiro, sua melhora não traria prejuízo algum na forma desportiva do jogador de futebol). Outro argumento, talvez mais sedutor, trata logo de lembrar que se um jogador que estiver em processo de formação, tornar-se no futuro um zagueiro, precisará ter aproveitado desenvolver a velocidade cíclica em sua fase sensível – pois, por exemplo em um lançamento em um jogo, poderá necessitar “vencer” um atacante chegando na frente dele (correndo mais rápido do que ele!).

Sedutor, porém com um erro conceitual grave.

Antes de me explicar, posso afirmar que em mais de 500 avaliações físicas (avaliando sprints de velocidade) que presenciei ou tive acesso de alguma forma aos resultados, na maior parte delas os zagueiros foram e eram mais lentos em corridas de velocidade cíclica (em distâncias que variaram entre 15 e 45 metros) que os atacantes, laterais e meias. Os atacantes em geral eram os mais rápidos. Ou seja, os jogadores mais lentos acabam por confrontar em boa parte dos jogos os seus “pares” mais rápidos.

Destino cruel…

Então, claro, estariam certos meus amigos pesquisadores: como aos 12 ou 13 anos ainda não se sabe ao certo qual a posição esse ou aquele jogador assumirá no futuro, melhor mesmo é desenvolver o máximo possível a velocidade cíclica.

Gostaria então antes de mais nada relembrar mais uma vez que o futebol é um jogo em que a defesa sobressai ao ataque. Muitas seqüências ofensivas, muitas ataques, poucos gols. Diversos são os motivos. Não vou discuti-los hoje. Fato mesmo é que de alguma forma nossos jogadores “tartarugas cíclicas” (devo chamá-los assim?) têm conseguido levar vantagem sobre os nossos “papa-léguas”.

É óbvio que o zagueiro (ou qualquer defensor de uma equipe) precisa diversas vezes no jogo vencer os atacantes adversários; em muitas situações tendo que chegar na frente. Mas, volto a lembrar: chegar mais rápido (ou primeiro, ou na frente) não significa correr mais velozmente.

E aí está o ponto. Ao invés de potencializar a habilidade do jogador de ser mais rápido, independente da situação-problema do jogo (pela estruturação do espaço, pela comunicação coletiva na ação, pela fundamentação técnica; ou por alguma competência específica mal desenvolvida) a preocupação torna-se “física”.

É preciso que fique claro que não é necessário que se atinjam níveis elevados dessa ou daquela capacidade física isolada para se jogar futebol em alto nível de excelência. Pensa-se em melhorar a resistência física, a força física, a velocidade física. Dever-se-ia pensar em potencializar a resistência de jogo, a força de jogo, a velocidade de jogo; e quando escrevo jogo me refiro a algo muito mais amplo e profundo do que olhá-lo sob a perspectiva física ou do senso comum.

Jogar não é correr ainda que haja no jogo corridas. Jogar não é saltar ainda que haja no jogo saltos (tocar piano não é flexionar os dedos ou o carpo, ainda que haja no tocar piano flexão dos dedos e do carpo).

Preenchamos nossas garrafas. Muita atenção sempre com o que vai para dentro dela. E principalmente, cuidado para nunca esquecer que o nível sempre vai estar distante da boca; porque se acreditarmos que a garrafa ficou realmente cheia, teremos chegado ao fim, ao nosso fim.

è  Enchendo a minha garrafa

O autor do texto que vos escreve dá aulas de Bioquímica e Fisiologia do Exercício nos cursos de especialização da UGF. É professor de Teorias do Treinamento Desportivo e de Metodologia do Ensino do Futebol. Está terminando seu Doutorado em Ciências do Esporte. Aprendeu que o ser humano não é biológico, não é exato, nem sequer mesmo é “humano” (ainda que seja HUMANAMENTE DE BIOLOGIA (IN)EXATA, (IN)EXATAMENTE DE HUMANIDADE BIOLÓGICA, BIOLOGICAMENTE DE (IN)EXATIDÃO HUMANA). Não resolveu ser do contra, apesar de vez ou outra “cutucar” seus pares acadêmicos. Costuma dizer que sua garrafa ainda está vazia, mas que com empenho chega à metade até os 70. Depois sua humanidade biologicamente inexata é quem dirá…

Para interagir com o autor: rodrigo@universidadedofutebol.com.br

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Ausência

Caro leitor,

Informamos que a coluna de André Megale não será publicada nesta sexta-feira e aproveitamos o espaço para pedir desculpas pelo infortúnio.

Esperamos que a situação seja normalizada na próxima semana e estamos trabalhando para isso.

Obrigado!

Equipe Cidade do Futebol

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Inesperado

Eis que, no apagar das luzes da janela de transferência, o mundo do futebol sofreu uma abrupta transformação.

E não, não tem nada a ver com a janela em si ou com a transferência de algum jogador em particular, até porque a janela foi fraca como há muito não se via. Basta ver que para boa parte dos maiores clubes, pouca coisa mudou. Apesar da contratação do Berbatov, a grande tacada do Manchester foi manter o Cristiano Ronaldo. Apesar também da contratação do Ronaldinho, a grande tacada do Milan foi manter o Kaká. O mesmo vale pro Arsenal, que não perdeu o Adebayor e nem o Fábregas, pro Liverpool, que manteve o Fernando Torres, e para o Werder Bremen, que segurou o Diego. A coisa só não é a mesma para a Inter, para o Chelsea e para o Bayer porque eles contrataram novos técnicos, e só.

O único clube que talvez tenha fugido da regra foi o Real, mas não porque contratou o Van der Vaart, e sim porque vendeu o Robinho. Robinho, aliás, que faz parte da mudança anunciada ali no primeiro parágrafo. Não o Robinho em si, entenda, mas sim o que motivou a sua contratação. No caso, a compra do Manchester City pelo Abu Dhabi United Group.

Essa ninguém previa. Não que o ADUG tenha aparecido do nada, muito pelo contrário. Afinal, eles já tinham tentado comprar o Liverpool, o Arsenal e até o Newcastle. O que ninguém imaginava é que alguém iria comprar justo o Manchester City do Shinawatra, que por sua vez está cada vez mais enroscado com a justiça.

Foi, de longe, a grande transferência da temporada. Grande mesmo. De um dia pro outro, o Manchester City virou o clube mais rico do mundo. Muito, mas muito mais rico que o próprio Chelsea, que já era rico. Perto dos xeiques árabes, Abramovich parece um mendigo. Basta comparar. A fortuna do russo é estimada em 20 e poucos bilhões de dólares. O Abu Dhabi Investment Authority, fundo que controla o ADUG, tem quase 900 bilhões. É tão superior que levou o Robinho, que já tinha quase tudo certo com o Chelsea. E Abramovich ficou de mãos abanando, coisa com a qual, convenhamos, ele não está muito acostumado.

Como todo novo rico do futebol, os árabes começaram a investir pesado. O primeiro da leva foi o Robinho, por 32 milhões de libras, a maior transferência da história do mercado inglês. Agora, já se fala em uma proposta de 135 milhões de libras pra fazer o Cristiano Ronaldo atravessar a rua e trocar o lado vermelho pelo lado azul da cidade. Quase 500 milhões de reais para contar com um jogador por 05 anos. Coisa de quem tem dinheiro e quer mostrar. Coisa de novo rico.

Os efeitos da entrada do ADUG na indústria podem ser bons ou devastadores. Pelo lado positivo, ele vai injetar mais dinheiro num mercado que estava se aproximando de uma grande crise. Por outro, ele vai inflacionar ainda mais os valores de transferência e o salário de jogadores. Robinho virou o jogador de futebol mais bem pago do planeta. E se eles contratarem o C. Ronaldo? E o Kaká?

Para piorar, o ADUG, ao contrário de alguns recentes donos de clubes, como os estadunidenses do Manchester United, não estão nem aí pra ganhar dinheiro. O que eles querem é ganhar respeito e notoriedade no mundo do futebol. E no mundo do futebol, tudo tem um preço, principalmente respeito e notoriedade. O futebol mundial tem um novo dono. Curvemo-nos ao Manchester City.

Nunca imaginei que um dia eu escreveria uma frase como essa.

Para interagir com o autor: oliver@universidadedofutebol.com.br

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Querida encolhi os atletas! Chuteiras galácticas para os… ah! Os jogadores

Onde está a tecnologia no futebol? Em que aspectos ela está mais avançada? Ela inexiste nesse universo? Seria o futebol um vácuo, no qual a tecnologia não se propaga?

O futebol sem dúvida envolve uma gama de vertentes e variantes: o espetáculo, o business, a performance, entre outras. É símbolo daquilo que o historiador e sociólogo francês Pierre Bourdieu define como campo esportivo, gerador de tantas funções e interesses que despertam de sua prática – os atletas, os jornalistas, as empresas de material esportivo, os empresários, e por ai a diante.

O que mais me chama atenção é a estratosférica distância que se estabelecem nesses campos em torno do futebol em relação aos avanços tecnológicos. A tecnologia está presente no futebol, sim! E com muito investimento! – O amigo que acompanha os textos dessa coluna deve estar confuso e estranhando, já que tenho sido tão crítico a falta de tecnologia na nossa querida modalidade, mas é ai que mora o grande abismo.

A tecnologia atinge algumas dessas vertentes. Não temos dúvida dos recursos e investimentos que são gastos para o desenvolvimento dos uniformes, da bola, das caneleiras, luvas, e a estrela maior da indústria do material esportivo, nada mais nada menos que ela… a chuteira.

De fibras de carbono, a titânio, de borrachas especiais a couro inimitável, com flexibilidade inigualável, ajustada aos pés dos maiores ídolos, testados impacto a impacto, estudada biomecanicamente em função das ações especificas, permitindo caracterizar uma chuteira em função do estilo de jogo do atleta, se ele corre mais com a base do calcanhar, utiliza mais força para o chute, se é mais técnico na corrida, enfim a chuteira é desenvolvida considerando cada ossinho, músculo e tendão em movimento.

Mas o que nos preocupa não são esses avanços, nem tantos outros importantes que já ocorrem como a evolução da grama, sistemas de irrigação, sem contar sistemas de avaliação física que tem se aprimorado cada vez mais. Somos extremamente favoráveis aos avanços, desde que não se esqueçam de uma figura importante nesse processo.

Algumas dessas vertentes do campo esportivo, no caso mais especifico o futebol, às vezes esquecem “daquilo” que está justamente atuando sobre o outro campo, aquele verde no qual coexistem com chuteiras e uniformes o que nos acostumamos chamar de atleta. Ah! Acaba parecendo que encolhemos esses atletas e o que vemos é um futebol praticado por chuteiras e uniformes.

Mas o amigo pode achar uma injustiça, alegando que muitas das tecnologias aplicadas visam justamente a melhoria de performance do atleta e que outras tantas atuam diretamente no atleta. Em tempo, é necessário frisar que tanto umas como outras têm como foco a melhoria do desempenho, considerando o atleta simplesmente como um instrumento no qual devem ser aplicados recursos para otimizar o desempenho, seja direta ou indiretamente.

Partindo do conceito de tecnologia que fundamenta nossas idéias, relembrando, tecnologia é processo e recurso que buscam otimizar os objetivos, até parece-nos adequado os grandes investimentos em alguns campos específicos do futebol. Mas o fato é que alguns dos principais fatores que deveriam ser considerados acabam ficando relegados nessa corrida de inovação tecnológica desordenada no mundo do futebol.

O que determina um resultado do jogo? Ah se eu tivesse a resposta, estaria milionário! Mas tenho convicção que dentre as variantes que influem significativamente estão as questões técnicas e táticas. E quem é o grande responsável por essas questões? Tchazan! O atleta, o mesmo atleta que utiliza as chuteiras galácticas desenvolvidas pela tecnologia, sobre gramados milimetricamente elaborados e estudados, e sobre o qual são aplicados os recursos mais fantásticos para otimizar sua performance.

Mas onde está a tecnologia para otimizar aquilo que pode ser o grande diferencial de um atleta que treina as mesmas coisas, com os mesmos recursos tecnológicos que os outros, mas que o torna diferente, aquilo que permite a imprevisibilidade através de elementos técnicos e táticos. Que se busque valorizar tais questões na formação do atleta. Não mais apenas pela altura ou força, mas pela capacidade de compreender um jogo.

Alguns poderiam dizer que é loucura falar em tecnologia para as questões de inteligência e dom dos atletas. Concordo, ainda que a genética já esteja por ai e não imaginamos o que pode vir de positivo e negativo dela.

Mas o que já é possível falar sobre a tecnologia nesse processo (olha aí um dos termos que definem tecnologia), é uma das coisas mais valiosas atualmente: INFORMAÇÃO.  Alguém dúvida do que pode ser feito para armazenar, tabular, organizar, traçar tendências, identificar padrões, etc, etc, etc com a tecnologia que dispomos hoje? Eu não! Duvido apenas da capacidade dos homens do futebol (sempre há exceções, que não se sintam ofendidos aqueles que aqui se encaixam, nem que se considerem aqui presentes aqueles que não devem) de transformar tudo isso em informação.

Até lá torço para que nossos atletas mantenham suas técnicas e táticas bem armazenadas com os recursos tecnológicos presente em seus cérebros, para que não sejam encolhidos até o ponto do que uma vez Umberto Eco imaginou como o futuro das copas do mundo: um futebol de robôs, confrontando marcas, tecnologias…

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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Marca forte

Um dos principais fatores para o fortalecimento da marca de um clube é, necessariamente, os ídolos que por ele passam. Jogadores que marcam a sua história no futebol e que reforçam momentos vitoriosos do clube são aqueles que, invariavelmente, elevam o nome da instituição onde quer que vão.

No último final de semana, a cidade de East Midlans, na Inglaterra, recebeu a abertura da Superleague Formula, competição entre carros que representam clubes de futebol. Foi o início do que pode se chamar de grande sacada esportiva, numa mistura de duas paixões mundiais: carro e futebol.

Mas do que adianta fazer uma corrida de carros de futebol se o que é mais precioso na história de um clube, que são os ídolos, não estiverem presentes. Foi assim que pensou o Milan, que faz parte da Superleague e que hoje é um dos mais avançados clubes em termos de marketing.

Em meio ao paddock, sala de imprensa e área VIP do autódromo de Donington, circulava entre as pessoas Franco Baresi. Sim, aquele zagueiro, que fez o Milan aposentar a sua camisa de número 6, aquele que Romário classificou como o jogador mais difícil que enfrentou durante toda a carreira.

Baresi estava lá, curtindo a prova, conversando com os jornalistas, sendo solícito aos pedidos para tirar fotos e dar entrevistas. Baresi cumpriu sua função como embaixador do Milan. Ajudou a reforçar a marca do clube na estréia milanista no automobilismo. E, também, ampliou a cobertura da mídia para o início da Superleague.

Por essas e outras que o futebol da Europa, cada vez mais, se assimila às ações de marketing das grandes ligas esportivas americanas. Em busca da massificação de um esporte, o Milan levou para a Inglaterra um dos jogadores que mais representa a história de seu clube. Foi o único, entre os 17 que participam da competição, a ter uma idéia parecida.

O Flamengo, em peso, esteve em Donington. Marcio Braga e Ricardo Hinrichsen, respectivamente presidente e vice-presidente de marketing. E Zico, Junior ou qualquer outro bom representante do clube Rubro-Negro?

O sucesso da estréia de uma nova modalidade que reúna clubes de futebol passa, necessariamente, pela exploração comercial das fortes marcas que são os clubes. Do contrário, será mais uma boa idéia jogada no lixo…

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br