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Warren Buffett e o futebol – parte 2

Na coluna desta semana, retomaremos o contraponto entre o mercado de ações e os investimentos em projetos esportivos e direitos econômicos sobre jogadores, abordando as regras negativas do gênio dos investimentos, Warren Buffett:

1. Não coloque seus ovos em muitas cestas. Diversificar é coisa de quem ignora as regras e movimentos do mercado. Não é investindo em várias ações de diferentes empresas que se alcançará o retorno esperado. Poucas, mas boas ações é o recomendado.

2. Não mude de aplicações com frequência. Um bom negócio é aquele que brilha aos olhos. Não adianta investir achando que o retorno virá no seu tempo esperado. Ele pode vir depois, bem depois. E nem por isso, o mercado de ações deixará de ser atraente. Saiba onde está se metendo, para não haver frustrações infundadas.

3. Não evite manter seu dinheiro parado. É melhor deixar de ganhar do que perder. Ansiedade é inimiga do bom investidor em ações.

4. Não confie em análises de fora. Construa sua metodologia de avaliação de riscos e crie sua própria convicção na hora de investir. E o que mais tem por aí é comentarista de boteco, sem o mínimo de responsabilidade sobre o que diz ou escreve. Assim fica fácil, pois nunca o bolso deles é o afetado…

5. Não aja somente com a intuição. Embora pareça um caos desordenado, existe racionalidade e estabilidade no mercado de ações.

6. Não siga a multidão. A ação mais comprada não necessariamente é a melhor ou a mais rentável. Provavelmente, será a mais cara, pela lei da oferta e demanda.

7. Mantenha seus princípios de investimento. Ou não entre no jogo.

Expostos os dois lados do cérebro por trás do mito do mercado de capitais, chega-se à definição de Buffett sobre o que significa investir em ações:

“Comprar, por um preço racional, a participação em um negócio facilmente compreensível, cujos rendimentos, com virtual certeza, sejam elevados em 5, 10 ou 20 anos”.

Finalmente, se fosse possível resumir a estratégia praticada e defendida por Buffett, o investidor necessita dominar dois critérios para tomada de decisão:

1. Saber como avaliar uma empresa como destino de investimentos;

2. Saber se os preços estão altos ou baixos.

Buffett faz parte da escola fundamentalista de análise de investimentos. Esta escola norteia os investidores que buscam ganhos no longo prazo. Suas inquietações dizem respeito ao que se compra e ao que se vende.

De outro lado, a escola técnica, analisa o pregão diário, com os sinais que o próprio mercado emite entre a abertura e o fechamento. Movimentos de compra e venda. Aqui, o desafio é quando comprar e quando vender.

Sobretudo, quando se fala em ações, fala-se em gestão de risco.

Risco é a parcela inesperada do retorno de um investimento. Se você recebe sempre aquilo que esperava de uma aplicação financeira, está agindo livre de risco.

Análise de risco para tomada de decisão é o ponto nevrálgico na definição de sua estratégia de investimentos.

Risco sistemático e risco não-sistemático. Risco que pode ser diversificado e a parte que não pode.

Seja em ações, seja em direitos econômicos sobre jogadores de futebol, deve-se administrar os riscos.

O primeiro passo é enunciar sua existência e conhecê-los.

(Continua na próxima coluna)

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br