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Facebook, Twitter e afins: Deus e o Diabo na terra virtual

Obama se elegeu, em boa parte, nos EUA, por meio da forte e inteligente presença e ativismo na internet, em especial nas redes sociais.

A Al Qaeda e outros grupos terroristas em todo mundo se articulam por meio delas. O 11 de Setembro foi facilmente arquitetado por mentes criminosas que se valeram da internet para compartilhar informação e estratégia.

O ditador do Egito, Mubarak, sofreu na pele e pagou com alto preço político o levante popular alavancado pela mobilização na internet que se transformou em manifestação em praça pública.

Antes disso, o Irã já havia sido cenário para uma demonstração de fé do seu povo, mas fé na liberdade de expressão, associação e opinião nas última eleições, quando o Twitter serviu de tribuna para exercitar esse direito.

No Palmeiras, membros da oposição à atual gestão e torcedores descontentes pressionam o presidente a firmar compromissos para a construção do novo estádio. Como? Redes sociais, emails e SMS dirigidos ao mandatário.

Ainda, jogadores de futebol de São Paulo e Palmeiras protagonizam bate-boca virtual via Twitter, gerando grande repercussão. Até parece que a animosidade é maior do que no próprio campo.

Adidas patrocina campanha do Messi no Facebook, para chegar a 10 milhões de fãs. E a empresa também apoiou o Olympique Marseille para que, ao romper a barreira de um milhão de fãs na rede social, a torcida conquistaria o direito de sugerir e votar no modelo de camisa oficial da temporada 2011-2012.

Pegando – pela segunda semana consecutiva – o “gancho” do Erich Beting, em seu blog, percebemos que a atuação nas redes sociais será, cada vez mais, um medidor importante de audiência e alcance dos clubes de futebol, tanto em âmbito nacional quanto internacional, além da disputa pelo interesse do consumidor:

“A força dos clubes de futebol tem assustado o mercado americano. Há uma semana, o “Sport Business Journal”, principal veículo sobre negócios do esporte dos EUA, publicou uma reportagem sobre a presença dos clubes de futebol nas redes sociais. O resultado, segundo a publicação, é alarmante: das cinco marcas ligadas a esporte e que tem o maior número de seguidores, quatro são clubes de futebol. O levantamento tinha como universo a soma de seguidores dos clubes no Facebook e no Twitter.

Na lista apresentada pelo “SBJ”, os cinco primeiros clubes mais populares nas redes sociais são os seguintes:

1. Barcelona (13,5 milhões de seguidores)
2. Real Madrid (13,2 milhões de seguidores)
3. Manchester United (12,1 milhões de seguidores)
4. Los Angeles Lakers (9,5 milhões de seguidores)
5. Arsenal (5,9 milhões de seguidores)

O resultado, na visão americana, mostra uma preocupação para o negócio dos outros esportes. O futebol, segundo eles, tem tomado conta do mercado mundial, ao passo que os times americanos, independentemente de qual esporte represente, continuam com atuação restrita aos Estados Unidos”.

Erich ainda fala sobre a internacionalização dos clubes e sua marca, muito além de disputar Mundial de Clubes da Fifa.

O melhor brasileiro neste ranking, o Corinthians, tem menos de 600.000 fãs no Facebook. Para uma torcida estimada em 30 milhões, tem alguma coisa faltando no processo de diálogo entre as duas partes.

E, sem dúvida, a maneira mais barata e, talvez, eficiente, de expansão da marca dos clubes, seja por meio das redes sociais.

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br  

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Questão de poupança

Ganso não deve jogar durante um mês. A notícia serviu para os alertas de tsunami invadirem a Vila Belmiro nesta segunda-feira. A gritaria geral é com relação à presença não apenas do camisa 10, mas também de outros astros como Neymar e Elano, no primeiro jogo decisivo do Campeonato Paulista, neste último domingo.

Aconteceu com Ganso, como poderia ter sido com Pará, Liedson, Bruno César ou qualquer um dos 28 jogadores que estiveram em campo na primeira final do torneio. Mas tinha que acontecer justamente com um dos dois principais jogadores santistas, time que na quarta-feira tem duelo de quartas-de-final da Copa Libertadores.

É a Lei de Murphy, só pode ser!

Mas é, também, uma questão que vai muito além do que tentam supor a mídia e muitos torcedores. No final das contas, tudo é uma questão de poupança.

A presença do Santos na final do Paulista e nas quartas da Libertadores mostra que o time tem condições de, porque não, tentar os dois títulos. Mais do que isso, tem jogadores capacitados para tal função e, ainda além, tem motivos financeiros para buscar a vitória dupla.

O título estadual pode render, apenas com a premiação da Federação Paulista, mais de R$ 10 milhões para o Santos. Isso sem falar nos bônus dados pelos patrocinadores e na própria arrecadação com outras iniciativas de marketing relacionadas à conquista.

A conquista da Libertadores rende praticamente a metade desse valor em premiação, mas obviamente acrescenta ainda mais bônus de patrocinadores, a chance de iniciativas de marketing serem ainda mais lucrativas e uma receita maior ainda por conta da disputa do Mundial de Clubes ao final da temporada.

Ou seja, não existe decisão fácil que leve à priorização de um campeonato. Simplesmente não dá para um dirigente, um treinador e o próprio atleta abrir mão das premiações de uma competição para dar vazão unicamente a uma delas.

Curiosamente, no ano passado não se discutia a necessidade de o Santos priorizar a Copa do Brasil e abdicar da conquista paulista. No fundo, no fundo, tudo é uma questão de poupança. No caso, de milhões de reais a mais que entram para os cofres dos clubes.

E, pensando friamente, como torcedor, jogador, treinador ou diretor, você também acreditaria que é possível ganhar tudo, não é mesmo?

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br