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Entretenimento tecnológico

Olá, amigos!

Temos discutido uma série de fatores a respeito da tecnologia no futebol: melhoria de desempenho, controle, planejamento de treinamento, entre outros. Em alguns momentos debatemos a contribuição tecnológica com a arbitragem, em outros impactos gerais e a necessidade de atualização do profissional, além das questões relativas ao desenvolvimento dos recursos.

Nesta semana, embora já mencionado em algum momento, quero trazer para nossa pauta a utilização dos recursos tecnológicos para o espetáculo esportivo voltado ao torcedor.

Pensar no torcedor nos remete a esforços de identificação de um público consumidor do futebol e mais especificamente do seu clube de coração. Nessa linha, gostaria de entrar no tema “entretenimento”.

Hoje, cada vez mais a sociedade vive num mundo tecnológico e seus entretenimentos estão repletos de recursos e aplicativos que podem ser complemento ao até fator principal do entretenimento – é o que poderíamos chamar “entretenimento tecnológico”.

Um livro não é mais só um livro. Você pode dar download de versões com finais diferentes, de fotos dos personagens, da biografia do autor, basta entrar num site ou ainda ver diretamente no dispositivo que permite a leitura de um livro móvel.

Um cinema não é mais só cinema, ele é 3D, podendo ter dispositivos adicionais; a mesma coisa um passeio no museu no qual você pode em qualquer lugar no mundo ouvir na sua língua as informações e descrições da obra ou do espaço que está visitando.

Um jogo de videogame não se encerra mais só na sala da casa do menino, ele está em rede, ele compartilha, ele “posta” (publica na rede) seus resultados e desempenhos.

O desenvolvimento individual hoje não é mais só presencial: pode ser feito a distância com a mesma ou até com mais possibilidades de interação que muitos cursos presenciais.

Enfim, a relação das pessoas com seu entretenimento hoje é cada vez maior e mais pautada pelos recursos tecnológicos. Assim, gostaria de provocar o amigo leitor a apontar, para que possamos trazer nos próximos debates, aquilo que os clubes têm feito pensando no espetáculo e no entretenimento para lidar com seu público

Não podemos mais pensar em tecnologia de entretenimento no futebol apenas como mensagens de textos e alertas de gol. O público quer mais, o público sabe mexer com tais recursos, e exige mais. O futebol precisa aprender, pois em concorrência global e aberta, não tardará para que em termos de entretenimento tecnológico perca espaço para concorrentes de orçamento ou concorrentes genéricos, parafraseando termos oriundos do marketing – para os concorrentes que ofereçam recursos mais atrativos, mesmo que não sejam relacionados ao futebol, ou ainda que não remeta à imagem direta do clube, e sim por terceiros que muitas vezes nada têm com a modalidade, mas conseguem observar um filão interessante.

Convido você, amigo, a refletir e pensar como estudioso e profissional do futebol, mas também como torcedor e fanático: o que você gostaria de ter em termos de tecnologia vinculado ao seu clube que hoje não existe?

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br