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Cruzando as pernas – #Demorou #Tamojunto

O futebol brasileiro não respeita datas. Não tem cabimento. Não é exemplo para Darwin. Não tabela com a preparação física. Não respeita o corpo do atleta, a alma do torcedor, a camisa dos clubes.

Calendário do futebol brasileiro é como folhinha de borracharia onde modelos desfilam suas vergonhas. Onde alguns sem muitas vergonhas baixam a borracha e sobem o burro no que é sagrado.

Não pode. Não cabe. Não deve.

– Não!

É o grito de gente que joga. São atletas bons de pé e de cabeça e também de peito para desarmar jogadas de bastidores. Bastilha que cai e que precisa ser encarada pelos atletas do bem comum e do bom senso. CBF, TVs, mídia, estão todos no mesmo jogo. É preciso organizá-lo. Respeitá-lo como já não se respeitam mais as férias aos atletas. A pré que já vira temporada. Os estaduais inchados. O Brasileirão longo. Muitos jogos para pouco futebol.

– Não!

Se preciso, que atletas profissionais (e não apenas bem remunerados, quando pagos em dia – ou meses) cruzem as pernas e os braços. Ao menos que discutam como alguns estão se articulando com a mesma velocidade com que os donos da bola e das boladas com controle remoto dominam o esporte, o espetáculo e o negócio de milhões para poucos, e migalhas para muitos.

O ideal seria equiparar nosso calendário ao europeu. O possível é racionalizar os estaduais, esticando-os pela temporada, diminuindo o número de partidas dos que jogam as primeiras divisões nacionais.

São várias ideias. Muitos ideais.

E, torcemos, muitos para debater e bater um bolão. Canarinhos que não são mais cordeirinhos. Ovelhinhas de presépio. Cordeirinhos no curral eleitoral e comercial de interesses desinteressantes ao futebol.

É preciso dar força e respaldo a quem coloca o pescoço e as canelas na forca.

Tem como racionalizar e diminuir o número de partidas, e não necessariamente acabando com campeonatos.

Tem como ouvir e conversar com quem faz o jogo, não necessariamente as jogadas.

Tem como melhorar o diálogo, o desempenho, a atividade, o negócio.

Tem de jogar junto. Não contra.
 

Para interagir com o autor: maurobeting@universidadedofutebol.com.br

*Texto publicado originalmente no blog do Mauro Beting, no portal Lancenet.

 

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Mudanças no calendário do futebol brasileiro?

Após a divulgação do calendário futebolístico de 2014, muito se tem falado do movimento dos atletas por mudanças no calendário do futebol brasileiro.

De fato, mudanças e adequações devem ser realizadas, mas, há de se levar em consideração as peculiaridades que rondam o futebol e as características do país.

No que concerne aos campeonatos estaduais, sua existência se dá em virtude do país se constituir como uma Federação. Não obstante isso, sua realização deve se restringir a poucas datas e não por longos três ou quatro meses. Inconcebível, ainda, campeonatos estaduais inxados, com vários times. Deveriam ter oito ou, no máximo 10.

A ideia dos campeonatos regionais é boa, especialmente para Estados com menor destaque no futebol, eis que podem unir forças. Para os campeonatos com maior tradicão e rivalidade como ocorre em Minas, Rio, SP, RS, SC, PR, GO, BA e PE, por exemplo, há de se avaliar com bastante carinho.

A ideia da Copa do Brasil durar todo o ano é muito boa, entretanto, a impossibilidade de se disputar a Sul-Americana acaba por desvalorizar a competição continental e, ainda, gerar situações bastante inóspitas como uma equipe jogar uma partida da Copa do Brasil querendo ser eliminada para disputar a competição internacional.

Por fim, muito se fala da adqueação do calendário do futebol brasileiro ao europeu, ou seja, iniciando-se em agosto e terminando em maio. Outrossim, o fato do calendário brasileiro iniciar-se em janeiro e terminar em dezembro se dá em razão do país ter o seu verão no final do ano, ao contrário da europa, cujo verão se dá no meio do ano.

De toda sorte, ainda há muito o que se estudar e discutir a fim de termos um calendário mais racional, com menos jogos e até mais rentável. Portanto, todo este movimento é essencial e pode significar um verdadeiro divisor de águas na história do futebol brasileiro.