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Profissão de fé

Não é fácil nem simples ser professor num país como o Brasil de hoje.

Dificuldades são inúmeras. Dentre as principais, as relacionadas com a remuneração, com planos de carreira, com infraestrutura de apoio (quadras esportivas, bibliotecas, internet), com a falta de respeito e, até mesmo, violência física e moral praticada por alunos.

Outro aspecto muito importante que deve ser levado em conta, neste cenário, diz respeito à capacitação e formação contínuas dos profissionais da educação.

Atualização de conteúdos e metodologias de trabalho são fundamentais para que o profissional seja bem educado e, com isso, possa educar bem.

Associado às diretrizes de gestão, estratégias, metas quantitativas e, especialmente, qualitativas, o trabalho do professor pode e deve alcançar níveis significativos de produtividade.

Embora no esporte alguns cargos sejam nominados, ainda que vulgarmente, como professor – árbitros, técnicos – não necessariamente fazem jus a essa importante função socioesportiva.

Participei, na semana passada, da segunda e última etapa da capacitação “Futebol para o Desenvolvimento”, promovido, em diversas capitais do Brasil, pela Agência Alemã de Cooperação e pude vivenciar um pouco deste ambiente.

A metodologia foi desenvolvida em conjunto com o Instituto Bola pra Frente, a ONG Futebol de Rua e a Streetfootball World, dentre outros parceiros.

A turma de 30 pessoas foi composta de professores da rede pública de ensino e educadores de ONGs, além de voluntários que atuam em projetos esportivos.

Dentre os vários exercícios e atividades propostos de forma bastante dinâmica e prática, sempre ficava claro que o maior desafio para o professor é, primeiramente, aprender a respeito das circunstâncias do educando para, depois disso, de forma sensível e sensata, aplicar o conhecimento junto aos alunos.

Por meio de 8 temas ou eixos – saúde, gênero, valorização do corpo, meio ambiente, cultura de paz, cultura, comunicação e mundo do trabalho – o futebol é o veículo capaz de levar a mensagem da educação e da transformação social.

Nesse sentido, o professor ocupa papel de destaque, uma vez que ele será o vetor de boas práticas na educação pelo esporte.

A “mão que balança o berço” é importante na formação de qualquer criança desde a mais tenra idade.

O Brasil precisa ser embalado por bons professores que acreditem no esporte como meio de educação, inclusão e cidadania. Bons professores passam por boas escolas formativas. Inspiram alunos a se tornarem professores.

E se sentirem orgulhosos do importante papel que desempenham na sociedade. Merecedores de homenagens e agradecimentos no seu dia.

Parabéns, professor!