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Olhar para fora

Está, de fato, cada vez mais complicado pensar em gestão de entidades esportivas ou de eventos esportivos sem estar alinhado com questões da sociedade e que são tratadas como o “ambiente externo” das organizações.

A organização dos Jogos Rio-2016 são um exemplo disso: as notícias mais latentes neste período de preparação guardam relação estrita com aspectos ambientais, como o caso da poluição da Baía de Guanabara, ou sociais, como os legados para as comunidades menos favorecidas, e não somente esportivos. Vivenciamos questões similares no período pré-Copa 2014.

Nas organizações esportivas, está cada vez mais difícil blindar os aspectos internos e políticos dos clubes, federações ou confederações do seu impacto causado nas pessoas e na vida em sociedade. Não é, nem nunca foi, concebível pensar a estrutura de uma entidade esportiva sem olhar para fora. A diferença é que nos últimos tempos as atitudes precisaram ser melhor estruturadas e justificadas.

A gestão do esporte é multifacetada. Não basta conhecer os meandros do esporte combinadas com as teorias da gestão. É preciso entender de maneira profunda o que ocorre a sua volta. É obrigação do gestor do esporte aprofundar estudos antropológicos e sociais, por exemplo, sob pena de se ver às voltas sobre problemas ou questões que nem sempre são resolvidas com uma caneta na mão…