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E qualidade, onde fica?

Com diferentes formas de jogar, distintas preferências de atletas, infinitas ideias de jogo, etc, onde está e o que representa a qualidade no futebol?

E de que qualidade se fala? São muitas e dependem do ponto de vista em relação ao futebol e também tem muito a ver com as culturas das regiões praticadas, modo de pensar do treinador e tipo de jogo em destaque no parâmetro nacional ou mundial. Porque a qualidade de um jogo é por exemplo apreciada de diferentes modos no Brasil, na Argentina, na Inglaterra e em Portugal? Apesar de existir um padrão globalizado de um modelo (quase) perfeito de um jogo, dado que geralmente este modelo é representado pelas equipes que se apresentam melhores (em melhor forma no momento).

Só verdadeiros marcos ou maravilhas como títulos importantes para mudar esta visão de admiração cultural por um estilo de jogo, dado que as mentalidades não são alteradas instantaneamente, são sim alteradas de formas lentas, com ideias claras e coerentes acerca do futebol praticado e com resultados.

A dimensão do reconhecimento do que o treinador deve ser, enfatiza o lado operacional/metodológico que é fundamental porque “nenhuma metodologia “leva” efeito sem estar ausente numa teoria, numa concepção ou num enquadramento racional teórico” (Frade).

Por isso, para poder querer colocar suas ideias, deve ser criada uma concepção, uma filosofia, que irá guiar toda a equipa a jogar num único sentido, visando objetivos em comum que irão colocar uma linha de trabalho no qual será possível o desenvolvimento de toda a equipa para um futebol desejado e com estratégias especificas de acordo com este modelo/filosofia de jogo.

Porém é importante enfatizar que o lado estratégico deste jogo não pode ser aplicado em excesso, pois valorizar o estratégico em excesso supera a importância do jogo e isso pode ser contraditório” (Frade).

A estratégia deve ser equacionada no jogo, mas nunca pode ser mais importante que a identidade (forma de jogar da equipe).

Esta identidade deve ser inserida pelas ideias do treinadores no qual deve ser compartilhada em uma diferente dimensão pelos jogadores que também são estrategistas, mas iem um plano do realizador. Estes devem pôr as suas capacidades em pró do modelo e dos princípios seguidos pelo treinador, sendo que este tem a filosofia acima de toda a sua maneira de gerir e de lidar com o jogo. E a identidade deve ser sempre apresentada nos treinos e jogos.

Mesmo que os jogadores não apresentem características que, de imediato possam atuar de forma satisfatória em relação ao jogo praticado, o treinador deve estar perceptível a perceber certos espaços que podem deflagrar todo o projeto. Por isso, para ser mantido o modelo, os jogadores que não estão enquadrados com este podem e devem ser adaptados para haver uma coesão no modelo trabalhado.

Todavia, todo esse referencial coletivo deve ser defendido sempre em prol dele mesmo e contra (metaforicamente) as individualidades, dado que estas devem ser respeitadas e incitadas a serem postas em prática mas em benefício do grupo. Pois sabe-se que no futebol é jogado coletivamente, mas as ações são individuais e, esta não pode ser decepada por completo, devem ser estimuladas a manifestar-se quase sempre em beneficio do grupo e em momentos em beneficio próprio para superar algo e servir o grupo. Somente assim, a qualidade do coletivo e individual, será manifestada no momento oportuno.