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Djalma Santos 8.0… Nós jogamos com ele!

Há algumas semanas, fomos agraciados com uma série de reportagens alusivas aos 80 anos de Djalma Santos…
 
Para os mais moços que não o viram jogar, talvez o episódio tenha passado despercebido, mas tanto para aqueles que tiveram essa felicidade, como para os outros atentos à história do futebol brasileiro, o fato foi daqueles de brindar a vida!… Afinal, não é todo o dia em que temos notícia de um octogenário jogando sua peladinha todo domingo, seguido de um bom papo – às vezes regado a uma cervejinha, por que não? – com os amigos… E mais ainda quando se trata de alguém que aprendeu com a vida o que é de fato vivê-la…
 
Vejam o que disse ele em certo momento: "Não se para de jogar bola porque se é velho, mas sim nos tornamos velhos porque paramos de jogar bola"!
 
E pensar que ainda tem em nossa meio quem se reporte à saúde enfocando-a exclusivamente em sua dimensão bio-fisiológica!
 
Bem… Mas todo esse preâmbulo foi escrito para que pudesse dizer que tive o privilégio de jogar com Djalma Santos!
 
Pois é… Estávamos no ano de 1976 em São Luis do Maranhão… Nós – um grupo de professores de Educação Física repleto de utopias – e ele, então contratado como técnico do Sampaio Corrêa Futebol Clube, um dos grandes do futebol maranhense, ao lado do Moto clube e do MAC (Maranhão Atlético Clube).
 
Boa parte de nosso grupo trabalhava vinculado ao Departamento de Esporte do governo daquele Estado, basicamente envolvido com os afazeres de duas modalidades esportivas, o handebol e o voleibol.
 
O contrato de trabalho era de 40 horas… Não deu outra: montamos um time de futebol e demos a ele o nome de… Handvô-40, homenagem ao handebol, ao voleibol e às 40 horas de trabalho – qualquer semelhança com outra expressão…
 
Pois foi nesse time que Djalma Santos foi convidado a jogar e… Jogou! Se nossas conversas o assustavam às vezes (chegamos perto de comprar uma ilha, embalados pelas idéias de A.S. Neill, fundador da escola de Summerhill), a de participar do time foi recebida com o mesmo sorriso que ele estampa hoje em seu rosto…
 
Duvidam? Pois aí vai a prova! O primeiro da fila é o diretor – presidente do CEV, Centro Esportivo Virtual… O último, este ponta-esquerda que vos escreve! No meio dela, Djalma Santos, junto com Viché, Sidney (ambos professores da UFMA) Gil, "Zé Pipa", Marcão – o "véio" – e outros cuja lembrança surge enevoada em minha cabeça…
 
Não sei dizer se Djalma Santos tem recordação desses tempos… Penso que sim, pois foram dias que não se repetem todos os dias…

*Publicada originalmente no dia 26 de março de 2009

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O espetáculo (e o lucro) está no estádio

As minhas últimas 3 colunas na "Universidade do Futebol" versaram sobre a relação dos ingressos com os novos estádios de futebol no Brasil: a "Ocupação nos Estádios" (https://universidadedofutebol.com.br/Coluna/12215/Tudo-novo-Parte-1-3); o "Valor do Ticket Médio" (https://universidadedofutebol.com.br/Coluna/12221/Tudo-novo-Parte-2-3) e o "Season Ticket" (https://universidadedofutebol.com.br/Coluna/12226/Tudo-novo-Parte-3-3).

Por uma excelente coincidência, nesta semana, Ferran Soriano, ex-dirigente do Barcelona (considerado o profissional que revolucionou o pensamento do clube catalão para uma visão mais ampla de negócios), deu entrevista à Revista Veja, corroborando com alguns destes argumentos: http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/ferran-soriano-os-torcedores-sao-os-donos-do-espetaculo?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_veja&utm_content=feed&.

Mesmo no Brasil, não são poucos os especialistas que tem reiterado a necessidade de se administrar melhor esta unidade de negócio – os ingressos, suas entregas e o seu sistema de precificação – pelos clubes daqui.

O grande fator é o do entretenimento, em que o cenário e a atmosfera criada dentro de arenas lotadas é que faz com que o espetáculo seja mais disputado (em termos de consumo) e a satisfação de todos os presentes seja plenamente atendida.

Na TV, tal e qual Soriano lembra, é fundamental apresentar um estádio cheio e vibrante, para que a transmissão se torne mais rica. Precisamos, mais do que nunca, avançar a passos largos no processo de aprendizagem e entrega dos jogos como uma experiência única, a preços condizentes (de mercado) e que ofereça bons serviços sob a perspectiva de cada tipo de cliente.

 

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br