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O futebol nas páginas policiais

Esta semana cerca de cem torcedores invadiram o centro de treinamento do Corinthians na zona leste de São Paulo ameaçando funcionários e jornalistas, bem como obrigando os jogadores a se refugiarem em uma sala com o consequente cancelamento do treino.

Segundo funcionários do clube, o grupo de torcedores teria, ainda, furtado coletes, equipamentos de treino e celulares.

Diante disso, a ansiedade pelas contratações e jogadas neste início de temporada está sendo substituída pela apreensão.

Alguns torcedores não satisfeitos com a violência dentro dos estádios de futebol acabaram invadindo o Centro de Treinamento de seu Clube e protagonizaram cenas lamentáveis fazendo com que o ano de 2014 comece como terminou 2013, em meio à violência.

Os atos de barbaridade de torcedores devem ser tratados como questão de segurança pública, eis que suplantam o desporto.

A criminalidade cresceu de forma alarmante e este fenômeno tem se refletido no âmbito futebolístico.

Enquanto a impunidade estiver presente, enquanto o Poder Público não adotar medidas enérgicas e efetivas e enquanto os organizadores de eventos esportivos continuarem desrespeitando os direitos do torcedor/consumidor, dificilmente o país vencerá a guerra contra a violência.

O momento exige atenção especial. Nova Iorque venceu a criminalidade aplicando a “teoria das janelas quebradas” e a tolerância zero. A Inglaterra trouxe paz aos estádios de futebol utilizando as premissas do “Report Taylor”. E o Brasil busca “bodes expiatórios”. Primeiro foram as bebidas alcoólicas, agora as Torcidas Organizadas.

Destarte, a minoria de Torcidas Organizadas violentas não pode retirar de outros torcedores o direito constitucional de livre associação para fins lícitos.

A solução para a crescente violência no país deve ser tratada como questão se segurança nacional com punições céleres e severas, além de investimento em educação e medidas pedagógicas.

O limite de tolerância está muito próximo, já que diariamente somos bombardeados com notícias de violência, culminando nas cenas deploráveis ligadas ao futebol, como ocorreu em Joinville e agora, no CT do Corinthians.

Lamentável que a violência esteja maculando uma das maiores paixões do brasileiro, que é o futebol. E, justamente, uma atividade esportiva, tão útil para a saúde e para a promoção da paz.

Dessa forma, é imprescindível que a sociedade civil se una e cobre soluções tanto do Poder Público, quando dos Organizadores de Eventos desportivos e que seja já, antes que não haja mais tempo.

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E agora, qual time usar?

Amigo leitor, em início de temporada é bem comum vermos os grandes clubes de futebol, principalmente aqueles que participam da Copa Libertadores da América, viverem o dilema sobre qual time utilizar no início dos estaduais: o time principal ou reservas?

Na verdade, acho que cada comissão técnica tem suas próprias crenças e convicções pessoais sobre qual caminho seguir em relação a preparação de sua equipe e também quanto a utilizar todos os atletas considerados titulares ou todos os reservas ou até mesclar titulares com reservas nas partidas iniciais da equipe.

Mas, vou incrementar o assunto indo além desta antiga e conhecida discussão, pretendo abordar o quão importante é a questão do planejamento para a temporada e o tamanho da crença que se desenvolve sobre o trabalho, com a consequente confiança de que mesmo com tropeços que por ventura apareçam o melhor está sendo feito para conquistar os melhores resultados na temporada. Aqui, então, quero contribuir com um auxílio para elevar a confiança no planejamento de início da temporada: as metas!

Tratando-se de metas a visualização constante destas pode ser um grande acelerador de confiança para uma equipe de futebol. Então uma vez que visualizar metas constantemente contribui com o aumento da confiança no sucesso, vamos abordar como fazer.

De acordo com Brian Tracy a visualização é composta por quatro partes que todos podemos aprender a praticar para nos certificarmos de conseguiremos utilizar essa enorme força da forma mais proveitosa possível todos os dias.

Com que frequência?
A frequência como primeiro aspecto da visualização é o número de vezes que se visualiza determinada meta como se tivesse sido alcançada ou visualizar a si mesmo tendo um excelente desempenho esportivo. Quanto maior a frequência com que se repete uma imagem mental clara, mais rapidamente esta será aceita pelo seu subconsciente e mais rapidamente se manifestará como parte de sua realidade.

Por quanto tempo?
A duração das imagens é o segundo elemento, ou seja, representa o período de tempo durante o qual você pode manter essa imagem em sua mente toda vez que evoca-la. Quanto maior for o tempo de visualização, mais profundamente ela de gravará no subconsciente.

Com que clareza?
A nitidez é nosso terceiro elemento da visualização. Há uma relação direta entre a clareza com que vemos uma meta ou um desempenho e a velocidade em que ela se materializa em sua realidade. Este elemento da visualização é o que explica a força das leis da atração e da correspondência.

Com que intensidade?
O quarto e último elemento é a intensidade, ou seja, a carga emocional que você deposita na sua imagem visual. No fundo esta é a parte mais importante da visualização!

Assim amigo leitor, penso que ao utilizar, por exemplo, uma técnica como esta, que possa contribuir com o aumento da confiança do que foi planejado para o grupo de futebol podemos compreender que o ponto de discussão não está centrado apenas na melhor estratégia para iniciar uma temporada, mas sim na medida que acreditamos que é possível atingir as metas estabelecidas a partir da confiança do grupo na estratégia adotada pela comissão técnica.

Até a próxima!

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Choque de realidade

Estados Unidos. Em um fim de semana, duas das maiores ligas esportivas do país tiveram eventos muito marcantes. No basquete, saiu David Stern, que ocupava desde 1984 o posto de comissário da NBA. No futebol americano, o Seattle Seahawks atropelou o Denver Broncos e venceu por 43 a 8 no Super Bowl, jogo que decide a NFL.

Brasil. No sábado, torcedores pularam muros e rasgaram cercas para invadir o centro de treinamentos do Corinthians. Armados com pedaços de pau, pedras e até facas, eles queriam fazer cobranças aos jogadores depois de o time ter sido goleado pelo Santos por 5 a 1. Houve roubos, depredação e intimidação dos atletas, que ficaram trancados em um vestiário por quase três horas, sem acesso a comida ou água. No domingo, a equipe do Parque São Jorge entrou em campo e perdeu para a Ponte Preta por 2 a 1 no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.

Brasil e Espanha. Há algo errado na transferência do atacante Neymar, que trocou o Santos pelo Barcelona no meio de 2013. O time catalão gastou um total de 86,2 milhões de euros com a transação, mas ainda existem muitas dúvidas sobre o destino desse dinheiro. Na última semana, o pai do jogador admitiu ter recebido 40 milhões de euros pelo que ele chamou de “adiantamento”. Entre versões e cobranças, ninguém conseguiu dar explicações convincentes para um caso que já causou a renúncia do presidente da equipe espanhola, Sandro Rosell.

Boas práticas não constituem um mundo perfeito. Há exemplos bons e exemplos ruins em quase todos os cenários. Entretanto, é necessário observar o contraste entre os casos para entender o quanto o futebol brasileiro pode evoluir.

Comecemos pelos exemplos dos Estados Unidos, então. David Stern, o cara que deixou o comando da NBA, foi artífice de uma mudança na liga. O campeonato tinha receita total de US$ 165 milhões por temporada quando ele assumiu, em 1984, e atualmente amealha US$ 5,5 bilhões por ano.

Um dos pontos nevrálgicos nessa revolução protagonizada por Stern foi a comunicação. Basta ver que a NBA, que faturava US$ 28,5 milhões por ano da TV quando ele chegou ao cargo, hoje tem receita anual de US$ 5,7 bilhões com a mesma fonte.

Stern fez do basquete um produto mais atraente para a TV. E isso não se faz apenas com mudanças no jogo, mas com práticas que envolvem postura dos atletas e criação de conteúdo.

Há anos a NBA deixou de ocupar espaço na mídia apenas com os jogos. A liga de basquete virou formadora de opinião. Um exemplo disso é a moda do cabelo raspado, que começou a se popularizar na liga antes de ganhar campos de outras modalidades.

Durante os anos em que comandou a liga, Stern tomou várias decisões questionáveis. Ele foi muito criticado, por exemplo, quando exigiu que jogadores usassem terno e gravata nas apresentações. Foi uma reação a uma pesquisa que mostrou que o principal consumidor da liga era o norte-americano de meia-idade e classe média.

Mesmo nesse caso, Stern mostrou uma diretriz que caracterizou a NBA nos últimos anos: a preocupação com o que o consumidor deseja. A liga não tem medo de abrir mão de costumes arraigados e buscar inovações que a aproximem do público. Na atual temporada, por exemplo, as franquias começaram a usar esporadicamente camisas com manga, cujo potencial de venda é superior ao das tradicionais regatas.

A liga que Stern moldou é extremamente alinhada com o que o público consome. E essa sintonia só é possível porque a comunicação da competição é extremamente eficiente. Não faltam exemplos de atletas, times ou jogos que são retratados de forma dramática, até romantizada.

O Super Bowl também é sobre isso, afinal. O jogo aconteceu no domingo, mas dizer que o jogo começou no domingo seria renegar tudo que a organização da NFL fez para transformar a partida decisiva no que ela é hoje.

O jogo entre Seahawks e Broncos foi realizado no Metlife Stadium, em Nova Jersey. O clima da partida, contudo, começou muitos dias antes.

O epicentro disso foi uma vila criada pela NFL em plena Broadway, em Nova York. Brincadeiras como um tobogã gigante, espaços para fotos com imagens e itens raros, interação com estrelas do passado. Tudo para fazer o público circular por ali durante muito tempo.

E o que há por trás do interesse de ter o público ali? A Disney ensina: o parque pode ter montanhas-russas e brinquedos mirabolantes, mas tudo se resume a se aproximar do consumidor para fazê-lo consumir mais e mais. A meta estabelecida pela NFL para este ano foi vender US$ 200 milhões em produtos alusivos ao Super Bowl. US$ 200 milhões. Apenas na semana do evento.

No Brasil, virou costume nos últimos anos o uso de camisetas promocionais para celebrar títulos. Normalmente, atletas vestem essas peças na comemoração e fazem uma espécie de anúncio dos produtos, que são comercializados depois. Um time que vence o Super Bowl costuma ter mais de duas centenas de artefatos alusivos ao título. Tudo isso disponível na loja do estádio, logo depois do apito final.

Agora uma pergunta: entre o torcedor que viu uma conquista pela TV e alguém que esteve no estádio, ainda emocionado por um título, quem tem mais chance de comprar um produto oficial? Ah, um adendo: o primeiro caso tem apenas uma camiseta à disposição. O segundo pode escolher entre centenas de artefatos, com larga variedade de preços.

O Super Bowl (também) é sobre varejo, afinal. Mas essa tática só é eficiente porque o evento sabe criar nos consumidores as condições ideais para isso. É aí que entram as diferentes estratégias de comunicação usadas pelo evento.

Na semana do Super Bowl, por exemplo, tudo é feito para mostrar o quanto o evento é grandioso. Até o atendimento à imprensa é grandiloquente, feito de uma vez, com todos os atletas no gramado a alguns dias da partida. Tudo é pensado para impressionar.

No Brasil, infelizmente, o que impressiona é o involuntário. Não há um aspecto sequer em que o esporte nacional crie deslumbramento por planejamento e mérito de médio ou longo prazo.

Desde o jeito de jogar – nossa característica é o drible, afinal – até a organização, o futebol brasileiro é o esporte em que o impressionante é o inusitado. Até quando o inusitado é absolutamente negativo para o evento, como a invasão de sábado.

Tente isolar os fatos: torcedores invadem o CT , cometem atos de vandalismo e ameaçam jogadores; time joga normalmente no domingo; diretoria dá entrevistas em tom nada contundente, cheias de platitudes. Dessa lista, qual foi o fato impressionante?

A invasão de sábado podia ter sido um estopim para muitas coisas. Podia ter servido como mote para um protesto no domingo ou para uma entrevista enfática de Mário Gobbi, presidente do Corinthians, na segunda-feira. O Corinthians podia ter impressionado por planejar um contra-ataque. Até aqui, nada disso foi feito.

Faltou ao Corinthians uma noção maior
. O time alegou ter entrado em campo contra a Ponte Preta porque tinha compromissos com Federação Paulista de Futebol (FPF) e TV Globo, que transmitiria o jogo ao vivo. E o compromisso com o torcedor comum, que se sentiu igualmente ameaçado pela violência de sábado e espera uma reação enérgica? E o compromisso com o futuro do futebol nacional?

Não fazer nada e não falar nada também são formas de comunicação. Formas que estão entre as piores, aliás.

E aí chegamos ao caso Neymar. Exemplos ruins não são um produto exclusivo do Brasil. Em muitos casos, a comunicação truncada e mal planejada é um modelo que rompe fronteiras de países.

É o caso do imbróglio envolvendo o atacante. O pai de Neymar admitiu que a N&N, empresa que ele criou para gerenciar a carreira do filho, recebeu 40 milhões de euros do Barcelona. O Ministério Público vai investigá-lo para averiguar se não houve fraude fiscal.

Neymar tinha um contrato com o Santos, que aceitou negociá-lo por um valor inferior ao da multa rescisória. Depois de um acerto entre a equipe e o Barcelona, o atacante pediu um alto montante para assinar com o time espanhol. É imoral, mas está longe de ser o suficiente para derrubar o presidente da equipe catalã.

Em Barcelona e em Santos, o caso está sendo conduzido de forma extremamente conturbada. Parece até que os personagens envolvidos também se surpreendem com a divulgação de detalhes de uma história que eles mesmos construíram.

A impressão é que todos nessa história acharam que não teriam de prestar contas. Nem com a Justiça, nem com o torcedor.

A polêmica sobre a transferência do atacante é ainda maior porque não foi tratada com um processo adequado de gerenciamento de crise. Faltou preocupação com temas como criação de conteúdo e aproximação com os consumidores. O risco de Neymar não é ficar mal com o Santos, com o Barcelona ou com a Justiça, mas debelar a imagem que ele construiu com as pessoas que o idolatram.

Crises como a de Neymar e problemas inesperados como o do Corinthians, infelizmente, acontecem em todas as searas. São corriqueiras. O tratamento dado a isso é que não pode ser.

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Futebol: a abordagem sistêmica, o reducionismo camuflado, e claro, a Lógica do Jogo!

A disseminação do conhecimento técnico específico no futebol alcança, a cada dia, maiores magnitudes e atinge, cada vez mais, um número maior de profissionais.

A vasta quantidade de informações disponíveis e organizadas permite uma qualificação maior daqueles envolvidos diretamente com o “campo”.

E se por um lado essa disponibilidade (de informações) tem contribuído, de certa forma, com a evolução do jogo de futebol, por outro acaba gerando, também de certa forma, uma visão distorcida sobre o próprio conhecimento, que tem resultado no que eu chamo da “hipervalorização do um fator”.

O pensamento sistêmico e as teorias da complexidade buscam compreender os fenômenos, sejam eles quais forem, a partir das interações, inter-relações e interdependências dos seus elementos (elementos dos fenômenos).

Isso quer dizer que em ambientes complexos, perde-se espaço a interpretação de eventos a partir de uma linearidade de causa-efeito, e passa à frente a tentativa de entendimento sobre a conexão entre todas as coisas (sobre todos os elementos constituintes dos eventos).

O futebol é um ambiente complexo.

O jogo de futebol é um universo de complexidade.

Quando buscamos explicações para ocorrências de uma partida, quando buscamos explicações para vitórias e/ou derrotas, o mais importante é que não percamos de vista a ideia de complexidade.

Mesmo assim, não é incomum (pelo contrário), atraídos pelo desejo de dar vida concreta e respaldo à visões particulares sobre o jogo, que mesmo sem querer, haja uma simplificação, que condiciona as explicações à uma redução dos fatos.

Por vezes essa simplificação/redução é obviamente cartesiana. Por vezes, ela é um cartesianismo camuflado pelo discurso de uma pensamento sistêmico. E é aí que a “hipervalorização do um fator” se aplica.

Creio, seja conhecimento e consenso de todos que vêm estudando mais pontualmente o futebol e complexidade, que tenha grande significado, simbolismo e importância a frase do professor e filósofo português Manuel Sérgio que diz que para “saber de futebol, é preciso saber mais do que futebol”.

Pois bem.

O futebol vem sofrendo transformações. No Brasil, há um grande e importante movimento em curso, rompendo com paradigmas bem enraizados – o que tem contribuído e muito para boas mudanças.

Esse movimento tem tentado explorar a complexidade sistêmica, tanto para explicar o jogo propriamente dito, quanto para aperfeiçoar o jogar, de jogadores e equipes.

Mas, se olharmos para o jogo, para o jogar, para os jogadores e para as equipes, e sob a justificativa de argumentos inerentes à complexidade, continuarmos pautando explicações sobre fenômenos, valorizando a variável “X” ou o conhecimento “A, Y ou Z”, e minimizando/desvalorizando qualquer outra coisa que se relacione, ou possa se relacionar com o jogo, não estaremos aplicando o pensamento sistêmico!

O que estaremos fazendo é camuflar o reducionismo com uma aparência de complexidade.

Por mais que precisemos de argumentos e fatos para defendermos as mudanças que tão necessárias se colocam no âmbito “técnico-tático-físico-psicológico” do jogo e do jogar, é preciso que não troquemos os pés pelas mãos, e nem que nos apoiemos em cenas vazias expostas a partir de interpretações que nascem enviesadas.

Querendo ou não, a Lógica Inexorável do Jogo se sobrepõe, como referência norteadora da preparação de jogadores e equipes, a qualquer outra coisa!

Por isso, mais do que qualquer coisa, é na abordagem sistêmica que devem se concentrar, tanto as análises daquilo que ocorre em uma partida, quanto na preparação de jogadores e equipes.

E não perdendo de vista o caráter da abordagem, os caminhos escolhidos para análise e preparação são inúmeros – assim como os “jogares” possíveis…

Fecho então o texto de hoje com uma frase do brilhante e vencedor treinador Louis van Gaal, sobre outro brilhante e vencedor treinador, o José Mourinho (que foi seu assistente técnico), por ocasião da final da Uefa Champions League 2009/2010, entre Bayern de Munique (treinado por van Gaal) e Internazionale de Milão (treinado por Mourinho) – vencida pelo time italiano:

"O único aspecto comum entre o meu modo de treinar e o de Mourinho é a atitude com que enfrentamos nossos jogadores. Sabemos ser líderes. Mas ele só quer ganhar, e eu penso também em divertir o público, algo que não pode ser secundário" (…) "cuidar da qualidade do jogo não significa se desinteressar pelo resultado. Sou discípulo de Rinus Michels, pai do futebol total. Sigo um caminho mais difícil do que o de Mourinho, mas respeito"– (disponível em uefa.com).

A beleza do jogo está em nós. A complexidade, no jogo. É isso…