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Ausência

Caro leitor,
 
Por motivo de viagem, o colunista Oliver Seitz não poderá publicar nesta quinta-feira o texto semanal.
 
Pedimos desculpas e garantimos que tudo voltará ao normal na próxima semana.
 
Sem mais,
 
Equipe Cidade do Futebol
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Futebol: Acorda Brasil

A evolução do futebol brasileiro é caracterizada por um paradoxo. Se por um lado nossa cultura é capaz de produzir atletas talentosos e criativos em profusão, por outro não conseguimos modernizar nossas estruturas para que, em épocas que exigem mudanças, possamos continuar na vanguarda do futebol mundial.
 
O que ocorre, na verdade, é bem o contrário.
 
O conservadorismo continua a marca registrada de nossas instituições no futebol. Estamos, a olhos vistos, perdendo as oportunidades que o mundo, tão simpático à eficácia e principalmente à plástica e arte do nosso futebol, nos oferece.
 
E esta resistência à modernidade nos faz lembrar uma história clássica contada em cursos e palestras de administração, sobre paradigmas e como as resistências às mudanças podem nos criar dificuldades no futuro.
 
Conta a história que os suíços até o final da década de 60 tinham o domínio mundial na fabricação e comercialização de relógios analógicos, com 80% dos lucros neste mercado.
 
Em 1967, os próprios pesquisadores suíços, que trabalhavam para as fábricas de relógio, trazendo inovações e melhorias, inventaram o relógio digital. Mostraram sua invenção aos patrões que desprezaram a idéia. Achavam eles que tal invenção jamais iria substituir o verdadeiro relógio. Resumindo: os japoneses apostaram na idéia e em 10 anos os suíços perderam mais de 50% do mercado.
 
Os incrédulos de plantão vão dizer que este exemplo vale para os suíços, para os relógios, para a indústria, mas não vale para o futebol. Futebol é outra coisa.
 
Enquanto isso vemos nossas estruturas e instituições futebolísticas cada vez em situação mais desvantajosa em relação a outros países e o mercado mundial.
 
Será que vamos despertar a tempo de recuperarmos a competitividade que nos manterá na vanguarda do futebol mundial?

Para interagir com o autor: medina@universidadedofutebol.com.br

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A discussão do “merchan”

Não, esta coluna não é mais uma daquelas críticas feroz ao jornalista que troca as bolas e decide fazer propaganda. Não acho que essa discussão ainda seja válida no meio do jornalismo, principalmente do jornalismo no esporte.
 
A questão é simples: na profissão de jornalista, o maior negócio é ter credibilidade. E isso, sem dúvida, o merchandising não assegura. No longo prazo, ele arranha a credibilidade de uma pessoa, que pode faturar alto no começo dessas ações, mas depois, sem dúvida, não ganha tanto quanto se estivesse no auge de sua carreira.
 
O questionamento é muito mais do lado da propaganda. Sinceramente, qual a eficácia do “merchan”, especialmente daquele praticado no meio dos programas de debates do domingo?
 
Na semana passada, na TV Gazeta, em São Paulo, o merchan deu o ar da graça justamente em meio a uma interessante discussão entre Vampeta, Caio Júnior e Marco Aurélio Cunha sobre o quanto a tecnologia tem atrapalhado as concentrações no futebol.
 
No meio de opiniões sérias, bem colocadas e informativas (especialmente aquelas trazidas pelos três convidados), eis que o âncora Flávio Prado interrompe a discussão para que o comentarista Chico Lang nos desse uma “importante mensagem”.
 
O ritmo da conversa foi quebrado para a propaganda de um “revolucionário” produto. Ninguém mais conseguiu retomar o debate no mesmo nível de antes. E o telespectador, muito provavelmente, voltou a usar o controle remoto para procurar uma “mensagem mais importante” em algum outro canal.
 
Mudando de canal, caindo na TV Record, felizmente não tive o mesmo problema. Nenhuma conversa foi brecada para que se passasse uma mensagem comercial. O único problema é que, pelo esquema do programa, o merchan é feito exatamente antes dos intervalos comerciais. Ou seja, o telespectador sabe que, quando vai começar o merchan, ele pode mudar de canal e voltar depois de uns cinco minutos.
 
E, nessa dança toda, como ficam os anunciantes? A média de investimento num merchan é de 3 a 10 mil reais por programa para as inserções. Mas será que ele, de fato, é prático? Sinceramente, cada vez menos o que conseguimos ver é o telespectador se lembrar da propaganda que é veiculada dentro do programa.
 

Do jeito que as coisas se encaminham, a discussão sobre o merchan deverá deixar as escolas de jornalismo e invadir as salas de aula de publicidade. Discutir se jornalista deve ou não fazer propaganda já ficou no passado…
 

Para interagir com o autor: erich@149.28.100.147

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A discussão do "merchan"

Não, esta coluna não é mais uma daquelas críticas feroz ao jornalista que troca as bolas e decide fazer propaganda. Não acho que essa discussão ainda seja válida no meio do jornalismo, principalmente do jornalismo no esporte.
 
A questão é simples: na profissão de jornalista, o maior negócio é ter credibilidade. E isso, sem dúvida, o merchandising não assegura. No longo prazo, ele arranha a credibilidade de uma pessoa, que pode faturar alto no começo dessas ações, mas depois, sem dúvida, não ganha tanto quanto se estivesse no auge de sua carreira.
 
O questionamento é muito mais do lado da propaganda. Sinceramente, qual a eficácia do “merchan”, especialmente daquele praticado no meio dos programas de debates do domingo?
 
Na semana passada, na TV Gazeta, em São Paulo, o merchan deu o ar da graça justamente em meio a uma interessante discussão entre Vampeta, Caio Júnior e Marco Aurélio Cunha sobre o quanto a tecnologia tem atrapalhado as concentrações no futebol.
 
No meio de opiniões sérias, bem colocadas e informativas (especialmente aquelas trazidas pelos três convidados), eis que o âncora Flávio Prado interrompe a discussão para que o comentarista Chico Lang nos desse uma “importante mensagem”.
 
O ritmo da conversa foi quebrado para a propaganda de um “revolucionário” produto. Ninguém mais conseguiu retomar o debate no mesmo nível de antes. E o telespectador, muito provavelmente, voltou a usar o controle remoto para procurar uma “mensagem mais importante” em algum outro canal.
 
Mudando de canal, caindo na TV Record, felizmente não tive o mesmo problema. Nenhuma conversa foi brecada para que se passasse uma mensagem comercial. O único problema é que, pelo esquema do programa, o merchan é feito exatamente antes dos intervalos comerciais. Ou seja, o telespectador sabe que, quando vai começar o merchan, ele pode mudar de canal e voltar depois de uns cinco minutos.
 
E, nessa dança toda, como ficam os anunciantes? A média de investimento num merchan é de 3 a 10 mil reais por programa para as inserções. Mas será que ele, de fato, é prático? Sinceramente, cada vez menos o que conseguimos ver é o telespectador se lembrar da propaganda que é veiculada dentro do programa.
 

Do jeito que as coisas se encaminham, a discussão sobre o merchan deverá deixar as escolas de jornalismo e invadir as salas de aula de publicidade. Discutir se jornalista deve ou não fazer propaganda já ficou no passado…
 

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br