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Férias

Caro leitor,

Excepcionalmente nas próximas semanas não teremos a coluna de André Megale. O colunista estará em recesso até fevereiro, quando volta com seus textos semanais!

Um grande abraço,

Equipe Universidade do Futebol

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Gestão do conhecimento

 Pela preocupação latente em reunirmos informações e dados fidedignos que possam retratar o desenvolvimento do esporte no Brasil ao longo desses próximos seis anos é que terminamos 2010 e iniciamos 2011 falando de conhecimento.

Neste conteúdo, para discutir um pouco os mecanismos a serem desenvolvidos para compilar tudo aquilo que for pertinente a Copa do Mundo de Futebol 2014 e as Olimpíadas e Paraolimpíadas 2016, ampliando a visão sobre o crescimento da indústria do esporte que direta ou indiretamente estará envolvido a esses “seres” ainda pouco conhecidos.

Gestão do conhecimento se refere a um conjunto de práticas usadas pelas organizações para identificar, criar, representar e distribuir conhecimento para a reutilização, conscientização e aprendizagem por meio da organização (Glick, 2007). O conhecimento é um recurso intangível que, se estiver dentro de um sistema eficaz de organizações de gestão do conhecimento pode favorecer o desenvolvimento econômico da indústria como um todo e das regiões de abrangência e atuação (Arias e Valbuena, 2007).

Baseado nestas citações devemos considerar três aspectos sobre a implantação de um “Sistema de Gestão do Conhecimento” a despeito dos megaeventos:

1.Sistema Híbrido: estamos lidando com a indústria do esporte, cuja abrangência transcende os seus próprios limites e engloba outras indústrias, tais como a construção civil, o turismo, o vestuário, a mídia dentre outras. As informações devem ser recolhidas a partir de uma visão do todo e não somente um olhar míope sobre os acontecimentos relativos ao esporte, atletas e suas modalidades.

2.Importação de mão-de-obra: já ouvi e li das inúmeras possibilidades de contratação de mão-de-obra do exterior que, aos olhos de um organizador de um megaevento de tais proporções poderia ser a tática mais conveniente e simples de se implementar, aproveitando o conhecimento de terceiros na realização de eventos análogos no passado. O questionamento sobre tal estratégia passa sobre o legado para o Brasil no futuro e de como seria possível desenvolver a indústria do esporte pós-2016. Se não aproveitarmos o momento para formar e utilizar novos agentes desportivos, em todos os setores, que outra oportunidade teremos para isso?

3.Projetos Setoriais: a Austrália, para as Olimpíadas de Sidney em 2000, chegou a elaborar um projeto de turismo esportivo pós-jogos, que nunca foi levado adiante ou devidamente aplicado. Os elementos-chave desse plano passavam pela coordenação entre as indústrias do esporte e do turismo, a parte de educação e treinamento, a regulamentação governamental, a infraestrutura, a avaliação dos benefícios econômicos e o monitoramento constante a partir de pesquisas científicas (Deery e Jago, 2005). Tal exemplo pode ser uma base para que façamos um plano e o mesmo seja devidamente executado como forma de alavancar diversos setores da economia nacional a partir de sua associação com o esporte e o momento esportivo para o país.

Na era do conhecimento não podemos prescindir de um plano fiel de gestão de todas as informações vinculadas aos megaeventos como uma plataforma fundamental para contribuir com o pleno desenvolvimento do esporte brasileiro – que tende a ser a década da maturação definitiva dos países emergentes no cenário mundial.

Bibliografia:

ARIAS, Astrid Jaime; VALBUENA, Carlos Blanco. (2007). La gestión de conocimientos en entidades de conocimiento: el caso de los laboratorios académicos y de las empresas de base tecnológica en Europa. Pensamiento y Gestión: Fundacion Universidad del Norte, n. 22, mar, p. 168-190.

DEERY, Margaret; JAGO, Leo Jago. The Management of Sport Tourism. Sport in Society, Vol. 8, No. 2, June 2005, pp. 378-389.

GLICK, Sally. (2007). What is “knowledge management” and how can marketing directors have a role in managing the knowledge in their firms? Practice Manager Forum, april, p.11-12.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

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Treinador virtual! Como transmitir essa notícia ao treinador de verdade?

Olá amigos,

Uma das ideias de uma coluna semanal é discutir assuntos que foram ou serão discutidos. Pois bem, no último fim de semana o programa Fantástico da Rede Globo, numa reportagem sobre como a tecnologia vai influenciar o ser humano no futuro breve, apresentou uma breve parte relacionada a esporte. Como vemos o exemplo descritivo da reportagem disponibilizada no site do programa:

“No futuro, a torcida grita, mas o técnico não está nem aí. Não mesmo. Cientistas da Universidade Carlos III, em Madrid, estão abrindo caminho para a criação de um treinador virtual: um computador capaz de dirigir uma equipe sozinho.

O programa tem um visual muito simples e não inclui nenhum robozinho sentado no banco de reservas.

A máquina já consegue analisar os diferentes tipos de jogadas possíveis e decidir o posicionamento dos jogadores de acordo com o rendimento potencial de cada um.

Os cientistas ensinaram o computador a enxergar, a reconhecer cores, formas, distância e profundidade com uma precisão cada vez maior. O olhar da máquina já pode enxergar uma realidade que vai além do olhar humano e tomar decisões como se uma quadra de basquete fosse um tabuleiro de xadrez.

A realidade é captada por uma única câmera a laser. Distância e profundidade se transformam em cores na tela. É assim que funcionam também os videogames de última geração, que dispensam qualquer comando e leem os movimentos do jogador. Cientistas espanhóis querem ensinar o computador a ver melhor e a enxergar a realidade ao redor”.

Assim gostaria de sucintamente refletir sobre tal reportagem, discordando em como são colocadas essas inovações. A maneira de se debater a tecnologia proposta na reportagem ajuda a aumentar a resistência à adoção da mesma. Não julgo nem critico a reportagem em si, mas me refiro que essa forma de enxergar os impactos tecnológicos é muito comum no meio esportivo e ganha eco quando tem os seus receios e resistências ressoados.

O principal aspecto que gostaria de levantar para futuras reflexões é justamente o nome atribuído as tecnologias em questão: treinador virtual. O nome em si é mercadologicamente fantástico, porém, não reflete a realidade e tão pouco contribui para a aceitação da tecnologia no meio.

Afinal a ideia de substituição do homem pela máquina não é um receio exclusivo do meio esportivo, é universal e atormenta a humanidade desde os primeiros inventos. Desde a ficção cientifica de Julio Verne até as mais recentes descobertas genéticas.

Não discordo do recurso apresentado, de forma alguma, aliás, apresenta inovações que sempre defendo para o meio esportivo, porém, a sua divulgação deve ser revista, principalmente pela falta de compreensão do que pode ser feita com e a partir dela. Remetendo-nos mais uma vez a frase de Roger Revelle já utilizada neste espaço em outros momentos:

“Nossa tecnologia passou a frente de nosso entendimento, e a nossa inteligência desenvolveu-se mais do que a nossa sabedoria”.

Para quem já tem o receio de utilizar da tecnologia, seja pela falta de habilidade ou por mero capricho, a ideia de que a máquina substituirá o ser humano no comando de uma equipe assusta e vai com certeza interferir no processo digestivo do impacto tecnológico, conceito que discutimos anteriormente na coluna intitulada Teoria da Tecnologia Esportiva III: processo digestivo do impacto tecnológico.

Assim é necessário ter claro que essa capacidade de apresentar soluções, armazenar informações, deve num primeiro momento ser alimentada por alguém da área com conhecimento suficiente para mapear e identificar esses padrões e depois transferi-los ao computador (ensinar o computador a identificar o jogo).

Posteriormente, a tomada de decisões com base nas informações são alinhadas com outras formas de feedback que o ser humano possui , com seu feeling e habilidade de lidar com essas informações. Qual a diferença para o que se faz hoje pensando no tripé:



A diferença é a maior qualidade e precisão das informações de jogo, facilitando e destacando ainda mais o poder de intervenção do ser humano. Talvez ai esteja um possível receio, ampliar e dar mais visibilidade aos erros, afinal, errar é humano. O difícil é lidar com os erros.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br

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Um ano de crescimento

O ano que se adentra deverá mostrar um grande crescimento no futebol brasileiro. Nem tanto por uma melhoria na gestão dos clubes, mas sim pela força da economia nacional aliada ao maior investimento no futebol por conta da Copa do Mundo.

Cada vez mais as empresas querem aportar dinheiro nos clubes e no futebol em geral. E isso tem gerado um crescimento sem precedentes no esporte mais popular do país. Com a Copa se aproximando cada vez mais, o mercado patrocinador se aquece, e isso beneficia toda a cadeia produtiva da bola.

Se, na década de 1990, o fracasso do crescimento no futebol brasileiro se deu porque os megainvestidores aportaram dinheiro esperando retorno financeiro com isso e se depararam com pessoas despreparadas para saber trazer resultados, agora a situação é um pouco diferente.

Os clubes não são procurados por investidores dispostos a bancar um negócio, mas sim por empresas que querem se beneficiar da exposição da marca que o futebol proporciona, ou do relacionamento com o torcedor. Ou seja, o dinheiro vai entrar de qualquer forma, mesmo que continuemos a ter falhas gritantes no corpo diretivo do futebol nacional.

O ano de 2011 promete ser de muita grandeza para o mercado da bola no Brasil. Mas, se não aproveitarmos esse momento de bonança para gerar também um melhor preparo em quem é responsável por organizar o futebol no país, teremos no médio prazo uma tempestade. E, muito provavelmente, ela virá próxima de 2014.

Mas o momento é para celebrar. Que todos entremos bem neste 2011. Muita felicidade e muitas conquistas. Dentro e fora dos campos!

Para interagir com o autor: erich@universidadedofutebol.com.br