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Cadastro de torcedores: solução para a violência nos estádios?

A segurança corresponde a um direito individual e social do cidadão brasileiro previsto nos artigos 5º e 6º da Constituição Federal. Sendo assim, de fato, é um dever de todos assegurá-la, impedindo a violência.

A violência no esporte é uma das faces da ausência de segurança cotidiana na sociedade e justamente na atividade esportiva onde deveria haver sua sublimação. Famílias por diversas vezes evitam os estádios, pois os vêem mais como espaço violento, que palco de acontecimentos esportivos.

Neste esteio, a união de todos os envolvidos com a atividade esportiva é essencial para que o desporto brasileiro não faça mais vítimas como o jovem Alex Fornan de Santana, de 29 anos, torcedor do Palmeiras, morto em 21 de fevereiro de 2010 após partida entre Palmeiras e São Paulo válida pelo campeonato paulista, em confronto de torcidas. Este caso recente é apenas um dentre centenas de outros ocorridos pelo mundo.

Muitas medidas são aventadas, propostas e estudadas. O Estatuto do Torcedor, após as alterações introduzidas pela Lei 12.299/2010, passou a exigir o cadastro de torcedores por parte das torcidas organizadas e, ainda, criminalizou uma série de atos dos torcedores. Há quem defenda que o cadastro de torcedores não deve se restringir às “Organizadas”, mas que deve se estender à totalidade de torcedores.

É imprescindível destacar que a violência nos estádios não é característica exclusiva dos desportos brasileiros, cujo nascedouro é atribuído às torcidas organizadas.

Na América Latina, especialmente na Argentina, os torcedores violentos são conhecidos como Barra Brava que correspondem a um tipo de movimento de torcedores que incentivam suas equipes com cantos intermináveis e fogos de artifício que, ao contrário das torcidas organizadas não possuem uniformes próprios, estrutura hierárquica e muitas vezes nem mesmo associados.

Na Europa, os torcedores violentos são conhecidos como hooligans, em especial a partir da década de 1960 no Reino Unido com o hooliganismo no futebol.

A maior demonstração de violência dos hooligans foi a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, durante a final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, entre o Liverpool da Inglaterra e a Juventus da Itália. Esse episódio resultou em 39 mortos e um elevado número de feridos.

Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipes britânicas participarem em competições européias por um período de cinco anos.

A escalada de violência nos estádios do Reino Unido foi tamanha que começou a afetar não apenas os residentes locais, mas também a ter consequências para a Europa continental.

Por este motivo, o hooliganismo arranhou a imagem internacional do Reino Unido, que passou a ser visto por todos como um país de violentos arruaceiros, cujo ápice se deu com a tragédia de Heysel.

Insuflada por esse acontecimento, a então primeira-ministra britânica Margareth Thatcher entendeu que o hooliganismo havia se tornado problema crônico e que alguma providência deveria ser tomada.

Entendendo que o aumento do controle estatal minimizaria a violência, a “Dama de Ferro” sugeriu a criação da carteira de identidade dos torcedores de futebol (National Membership Scheme) no Football Spectators Act (FSA), em 1989.

Alguns meses após a divulgação do FSA, ocorreu a maior tragédia do futebol britânico. Na partida válida pelas semifinais da FA Cup entre Liverpool e Nottingham Forest, no estádio de Hillsborough, do Sheffield Wednesday, 96 torcedores do Liverpool morreram, massacrados contra as grades que separavam a arquibancada do campo.

A fim de apurar os motivos da tragédia, o governo britânico iniciou investigação cuja conclusão foi de que o problema não seria os torcedores, mas as estruturas que os atendiam. Muito pior que os hooligans, era a situação dos estádios britânicos naquela época. Não seria possível exigir que as pessoas se comportassem de maneira civilizada em um ambiente que não oferecia as menores condições de higiene e segurança.

Para evitar que novas tragédias se repetissem a investigação realizada, em sua conclusão, estabeleceu uma série de recomendações como, por exemplo a obrigação da colocação de assentos para todos os lugares do estádio, a derrubada das barreiras entre a torcida e o gramado e a diminuição da capacidade dos estádios. Dentre as recomendações estava o cancelamento do projeto da carteira de identificação dos torcedores, eis que havia o receio de que o cadastramento aumentasse o problema da violência, e não o contrário.

Além dos questionamentos sobre a real capacidade dos clubes conseguirem colocar em prática um sistema confiável de cadastro, controle e seleção de torcedores e, ainda, sobre a confiança na tecnologia que seria utilizada, o argumento se baseava na ideia de que a carteira de identidade para torcedores não seria uma ação focada na segurança, mas na violência e as tragédias nos estádios não seriam questão de violência, mas de segurança. Inclusive, a polícia inglesa, que poderia ser beneficiada com a carteira, rejeitou o projeto, que, acabou sendo abandonado.

Em razão das novas exigências, os clubes ingleses se organizaram e na temporada 1992/1993 criaram a “Premier League” que atualmente é o campeonato de futebol mais valioso do mundo.

Além do índice técnico, um dos requisitos para que um clube inglês dispute a “Premier League” é a existência de estádio com boa infra-estrutura aos torcedores.

É fato que no Brasil o problema da violência é grande, mas muito pior é o problema da insegurança. Muitas tragédias como o buraco nas arquibancadas da Fonte Nova, só aconteceu porque o estádio estava em condições ruins, caso em que a carteirinha de identificação não teria salvado as vítimas, mas melhor fiscalização nas reais condições do espaço e o fornecimento de uma estrutura apropriada para o público, certamente teria evitado a tragédia.

Destarte, apesar dos avanços conquistados, especialmente com o advento do Estatuto do Torcedor, o consumidor dos eventos esportivos no Brasil ainda não é respeitado.

Estádios com infraestrutura precária, venda de ingressos e acesso a estádios tumultuados são alguns dos problemas enfrentados rotineiramente pelos torcedores brasileiros.

O fato é que as autoridade e as entidades organizadoras de eventos esportivos ao invés de aumentar a exigência dos torcedores, devem passar a tratá-los com respeito atentando-se ao estabelecido no Estatuto do Torcedor e nos direitos básicos como segurança e organização dos eventos esportivos.

Referências bibliográficas

http://www.cidadedofutebol.com.br/Jornal/Colunas/Detalhe.aspx?id=10782, acessado em 13 de novembro de 2010.

https://universidadedofutebol.com.br/2010/10/1,14853,A+IMPORTANCIA+DO+DIREITO+DESPORTIVO.aspx?p=4, acessado em 13 de novembro de 2010.

http://esporte.ig.com.br/futebol/2010/02/22/confrontos+entre+torcidas+deixam+1+morto+e+20+feridos+9404363.html, acessado em 13 de novembro de 2010.

Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br
 

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Cidade-sede: São Paulo

Estádio que terá a abertura da Copa do Mundo 2014, o Itaquerão, cria polêmica desde sua estátua no entorno do equipamento. Com uma obra acelerada, o estádio inova em ideias e uma postura adequada ao futebol, mas que, sem planejamento pode trazer problemas financeiros ao clube.

Dentre as polêmicas, estão: a estátua do “Cavaleiro da Fiel”, o mega telão e os incentivos fiscais. A obra de arte, inicialmente, ganhou repercussão por ser uma estátua de São Jorge, o que mobilizou o público evangélico que não acredita em imagens; posteriormente, o Corinthians se defendeu falando que é um “Cavaleiro da Fiel” e que não tem nada de religioso.

O mega telão, por sua vez, pode garantir rendas comerciais ao clube, se não for impedida pela Lei Cidade Limpa, o que é bastante provável. O clube só conseguirá manter o telão se voltado para dentro da arena ou se conseguir autorização para informações turísticas, história do clube, mas sem intuitos comerciais.

Já os incentivos fiscais, não foram concedidos somente à arena de São Paulo, e nem mesmo por ser o Corinthians ou por ser a Copa. Na região de Itaquera, ganham incentivos fiscais aqueles que propuserem desenvolvimento ao bairro. A polêmica girou em torno das proporções desses valores por serem grandes, mas está tudo conforme o planejado pelo urbanismo.

As arquibancadas removíveis para atender as regras de abertura da Copa do Mundo serão colocadas com dinheiro público, mas vale lembrar que quem ganhará com a abertura será o comércio local, hotéis de São Paulo, e o turismo da cidade, que, sem ela, teria visibilidade, mas nem tanta. Ou seja, o dinheiro retorna, de outras formas, para a cidade. Acaba sendo um investimento público que volta direto para os cidadãos.

Mas, voltando agora para o projeto, vamos para sua arquitetura. Com um novo conceito de segurança e diminuição da violência, o estádio pretende ter banheiros climatizados, o que, teoricamente, diminui o stress dos torcedores, minimizando o furor da torcida e os casos de violência. A fachada do estádio é envidraçada com brises (hastes que barram parte da luz), permitindo a iluminação natural; mas, também, diminuindo a ventilação.

Sob estes dois pontos (banheiros e fachada), vemos que sustentabilidade da arquitetura não é o maior ponto de preocupação da arena de São Paulo, embora as questões tenham suas vantagens. O ideal é que a arquitetura tivesse, já em fase de detalhamento de materiais e estrutura, funções econômicas.

De forma a minimizar esses impactos e suprir os gastos extras, em sua cobertura, o estádio terá células fotovoltaicas para captação da luz solar e geração de energia própria, que será complementada pela rede convencional. Também terá três geradores para casos de emergência – como comparador, o Pacaembu tem um gerador somente para a parte do Museu do Futebol.

Localizado em terreno com desnível, parte do estádio se apoia no terreno, assim como o Pacaembu, como a Fonte Nova, em Salvador, e alguns outros. Isso facilita o acesso em nível, ou seja, um acesso direto à arquibancada, garantindo facilidade de acessibilidade para pessoas com deficiências de locomoção. Essas características podem ser observadas nos cortes abaixo:

Na sequência, podemos ver o acesso em nível, escadas para nível inferior e as rampas de acesso para o anel superior. Dentro da caixa de vidro, também tem rampas de circulação, o que é um ponto forte do estádio, pois garante maior facilidade, maior liberdade para propor assentos de cadeirantes por toda a parte e garantir a facilidade de circulação para posteriores visitas guiadas mesmo com falta de energia. Na caixa envidraçada há também escadas rolantes.

Como podemos ver, sua cobertura é uma das mais bem sucedidas em termos de qualidade a ser proporcionada ao gramado. Pela ausência de anel superior atrás dos gols, a cobertura neste setor é esbelta, e também não tem barreiras laterais de fechamento, o que garante maior incidência de luz natural no gramado ao longo do dia. Isso pode reduzir custos de manutenção do campo e a necessidade de iluminação artificial. Além disso, buracos, falhas e pragas no gramado serão muito menores, mantendo sua qualidade ideal. O estudo da iluminação artificial, fixada na cobertura, está sendo desenvolvida em Nova Iorque e promete ser a melhor do mundo, segundo o escritório carioca responsável.

A acessibilidade ao estádio tem potencial para ser basicamente por transporte público. A intenção é que muitas pessoas cheguem de metrô, trem, ônibus, a pé ou de bicicleta, mas para isso, a cultura de usar o carro e a Radial Leste tem que ser diminuída até a Copa. O Itaú disponibilizará bicicletas e, de repente, seria interessante oferecer benefícios financeiros, como descontos no ingresso, para quem comprove que chegou via esse meio de transporte ou de metrô. A venda direta de ingressos junto a bilhetes pode ser uma forma de incentivo.

Para uma arrecadação financeira, o estádio deve contar com bares temáticos, salão de convenções e museu, mas lembro que precisa de muito estudo sobre a programação dos mesmos para garantir renda ao longo do ano todo, já que o estádio tem uma posição muito boa quanto a não receber shows musicais, o que é muito coerente com a ideia de manter um bom gramado.

 


 

Quanto à visibilidade, o intuito é trabalhar da mesma maneira que os estádios europeus, colocando fim aos alambrados e barreiras verticais – que, de uma forma ou outra, são agressivas em algum ponto das arquibancadas. A intenção é manter barreiras horizontais, como as ‘cat’s cradles’ de Wembley, também usadas no Soccer city, sede da Copa do Mundo em 2010.

 

Acima, Wembley e seus cat’s cradles, e abaixo, o mesmo sistema no Soccer City, na África do Sul


 

O entorno é ainda bem pobre em termos de paisagismo, o que pode aparecer mais adiante, com mais detalhamento. Por ora, tudo que tem divulgado é um grande deserto de estacionamentos, com poucas partes permeáveis. No entanto, imagino que seja o estágio em que o projeto se encontra. Espero gostar mais futuramente do entorno do que gosto hoje, o que tem acontecido cada vez mais com a arena em si.

Infelizmente, detalhes específicos do estádio não estão sendo divulgados, como nos outros. Provavelmente ainda nem estão completos devido ao atraso da cidade de São Paulo para se decidir quanto à sede oficial.


 

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Camarotes do Grêmio

Muito se fala e se argumenta sobre os benefícios e as complicações em se ter um estádio próprio para mandar seus jogos. Alguns entes preferem o aluguel de estádios, por não perceber custos fixos mensais, o que pode ser uma boa vantagem para clubes com um baixo fluxo de caixa.

Casos mundiais como o compartilhamento de estádio feito em Milão pela Inter e pelo Milan são um exemplo disso, ao criarem estratégias de marketing conjuntas para melhor rentabilizar o equipamento.

No Brasil, os estádios públicos fazem frente a boa parte da demanda em cidades de grande e médio porte. Mas chama a atenção algumas iniciativas que trazem para o ambiente do clube uma plataforma interessante de negócios, envolvendo não só o futebol, mas também um mercado paralelo, que agrega valor ao patrimônio.

Destaca-se, portanto, a nova Arena do Grêmio, que deverá ser inaugurada em dezembro e já teve todos os camarotes vendidos, representando um faturamento na ordem de R$ 20 milhões, somente com a propriedade. O montante equivale a algo próximo a 14% do faturamento do clube, se comparado com números de 2011.

O valor unitário anual dos camarotes variava entre R$ 134 e R$ 373 mil, o que também é um indicador que desmitifica um pouco o fato de o torcedor não querer gastar com o clube, deixando uma margem de que, na realidade, o mesmo procura novas experiências ligadas ao futebol.

Enfim, o registro serve para percebermos que o potencial que os novos estádios no Brasil tem são enormes. Basta os clubes pensarem em um desenvolvimento orgânico e, quando for o caso, firmar boas parcerias com o poder público para efetivamente ativar o maior número de receitas possíveis visando o incremento do faturamento e a melhoria da qualidade do espetáculo.

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Analista de desempenho e analista de dados: junção de esporte e tecnologia tem de acompanhar a tendência

“Uma adolescente vai ao supermercado e, ao passar no caixa, recebe um folheto informativo sobre gravidez. Ela ainda não sabe, mas, a partir da listagem de produtos comprados, foi identificada a probabilidade de gestação, confirmada semanas depois”.

Tomo a liberdade de reproduzir o início do texto de Déborah Oliveira na íntegra para seguirmos na reflexão.

Com Mano Menezes na seleção brasileira, a função do analista de desempenho surgiu com força no cenário do futebol nacional, como bem discutiu recentemente nosso colega Bruno Baquete.

Esse crescimento e a projeção dessa função no futebol não vem sem nexo e não surge do nada. Ela acompanha a tendência mundial da era da informação.

Numa reportagem recente do IDG NOW, foi comentado que a função de analista de dado é uma das mais promissoras funções no setor de tecnologia da informação.

A lapidação de dados na sociedade atual visa buscar informações, cruzar características e perfis específicos para determinar potenciais comportamentos. E assim, com essas possibilidades, antecipar ações e intervenções.

Isso para o futebol é mais lógico do que se imagina, porém gostaria de atentar aqui a importância da interação entre os profissionais envolvidos.

A figura do analista de desempenho é relativamente nova no futebol e está se consolidando e construindo seu escopo de trabalho.

O analista de dados já está há mais tempo em atuação, muito embora hoje suas competências e habilidades estejam mais apuradas e cada vez mais seguem a tendência do mundo moderno, caracterizando-se pelo dinamismo e efemeridade característicos do setor de inovação.

Assim, é importante que se crie um diálogo, pois ambos necessitam um do outro. Parece óbvio o discurso, mas trago um pouco das vivências no setor para alertar os cuidados entre os perfis.

O analista de dados tem a formação em tecnologia, algum foco em negócios e estatística. Porém, a chave para o seu sucesso é compreender a lógica do mercado em que atua, fazendo isso através de informações, conversas, análises dos profissionais envolvidos, etc.

Por outro lado, o analista de desempenho é o profissional que conhece esse meio e precisa transformar seu conhecimento e experiência em dados para que o primeiro possa ajudar a analisá-los.

Infelizmente, o que se vê no futebol ainda é um engatinhar tanto de um como de outro. O analista de desempenho, por estar em fase de definição de seu escopo de trabalho, ainda é visto como secundário e supérfluo, enquanto que o analista de dados acaba sendo confundido como um suporte técnico em informática que ajuda a fazer planilhas e consertar equipamentos.

Assim, além da valorização que o tempo dará aos dois profissionais no meio do futebol, é importante acrescentar a necessidade de estabelecer conexão entre ambos, pois a lógica de pensamentos dos dois é por diversas vezes diferente e até mesmo num primeiro momento contraditória, o que numa relação de desenvolvimento exige dos envolvidos uma capacidade interpessoal importante.

O texto desta semana discute essa questão com a premissa de que tanto na formação do analista de dados, como na formação do analista de desempenho, os conhecimentos devem ser cruzados na medida do possível.

O da tecnologia deve ter assuntos relacionados ao esporte, à performance, à lógica do jogo, tanto quanto o do esporte deve compreender processos e lógicas de programação.

É evidente que ambos não se aprofundarão na área alheia, porém, o mínimo de interface ajudará no diálogo e na eficácia do que será desenvolvido: sugestão para os futuros cursos de TI no esporte e de analista de desempenho que com certeza ganharão força num espaço curto de tempo.

Para interagir com o autor: fantato@universidadedofutebol.com.br
 

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Ali, aqui no Brasil?

Muhammad Ali.

Era Cassius Marcellus Clay.

Enfrentou grandes adversários dentro dos ringues, assim como resistências e dificuldades fora deles – na família, na sociedade segregacionista dos EUA e na relação, como cidadão americano, ante o beligerante Tio Sam e sua Guerra do Vietnã.

Converteu-se ao islamismo e recebeu o nome que o consagrou.

Venceu os adversários.

Derrubou Sonny Liston, Floyd Patterson, Joe Frazier e George Foreman.

Contra este, protagonizou a maior luta de boxe de todos os tempos, no Zaire, cujo episódio foi retratado no documentário “Quando éramos reis”.

Na luta, Ali foi aclamado pelo povo africano como representante da causa negra, em contraponto à figura de Foreman, vinculado ao establishment social e político dos EUA de então.

Conquistou, ao longo de sua vida e carreira, liberdade, independência, admiração e respeito, não só pelo desempenho esportivo, mas também pelo ativismo social contra o racismo, contra o preconceito social e a alienação política.

Afrontou o Governo dos EUA que o queriam combatendo no Vietnã. Negou-se a ir. Correu risco de ser preso por cinco anos, mas foi absolvido pela Suprema Corte. Com isso, perdeu o título de campeão e o direito de lutar por quase 4 anos.

Voltou em grande estilo do banimento esportivo e recuperou o cinturão de campeão.

The greatest, como ficou conhecido no boxe, construiu um grande legado socioesportivo, que está muito bem administrado e estruturado no Muhammad Ali Center, a fundação criada para esse fim. 

“Por muitos anos, sonhei em criar um lugar para compartilhar, ensinar e inspirar as pessoas para o melhor de si e para que pudessem perseguir seus sonhos”, diz a frase no site oficial do Ali Center.

Confiança, Respeito, Convicção, Dedicação, Doação, Espiritualidade, são coisas pelas quais vale a pena lutar. E são formas de se encontrar a grandeza interior.

A isso se dedica o Ali Center. Aos valores e a missão de Muhammad Ali como atleta e protagonista da transformação da sociedade por meio do esporte.
 


 

Ali, aqui no Brasil, encontra ressonância em seus pares?

Sócrates e a Democracia Corintiana, Raí, Leonardo, Pelé, Atletas pela Cidadania, são valiosos exemplos de engajamento e desenvolvimento social por meio do esporte.

Será suficiente, num país marcado por déficit social imenso – democracia, igualdade entre os sexos, distribuição de renda, acesso a serviços públicos de qualidade?

Precisamos aumentar essa corrente do bem. Sem medo, como sempre pregou Ali:

“Impossível é apenas uma palavra grande jogada ao redor por homens pequenos que acham mais fácil viver no mundo que lhes foi dado do que explorar o poder que têm para mudá-lo. Impossível não é um fato. É uma opinião. Impossível não é uma declaração. É um desafio. Impossível é potencial. Impossível é temporário. Impossível é nada.”

Para interagir com o autor: barp@universidadedofutebol.com.br
 

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Quem você escolheria para ser o treinador do São Paulo FC?

Está repetitivo o discurso de todas as pessoas direta ou indiretamente relacionadas com o futebol que as mudanças gerenciais e técnicas são urgentes no futebol brasileiro. E, numa semana em que o Corinthians dá início à sua decisão mais importante do ano dentro das quatro linhas, um dos seus maiores rivais também está diante de uma grande decisão, no entanto, administrativa.

Tal mudança ocorre justamente semanas após a declaração do coordenador técnico do São Paulo FC, René Simões, sobre a necessidade de formar jogadores inteligentes, ação que implica significativa quebra de paradigma. Diante disso, a presidência do clube tem a oportunidade de tomar o que classifico como a decisão mais importante do ano para o nosso futebol (inclusive mais importante que a Libertadores).

A demissão de Émerson Leão do clube paulista que, segundo declarações de Juvenal Juvêncio, gerenciando a equipe conseguiu praticar um futebol somente razoável, abre espaços para a confirmação do coerente, porém desafiador, projeto idealizado pela diretoria. Nos próximos anos, o São Paulo pretende ter entre os onze titulares da equipe principal oito jogadores oriundos das categorias de base.

Para substituir Leão, como sabemos, o presidente são-paulino tem diversas possibilidades. No mercado, existem treinadores já consagrados que estão em atividade nos clubes grandes do futebol brasileiro, ex-jogadores com a ainda curta carreira como treinador, treinadores que obtiveram resultados de destaque nos últimos Estaduais, treinadores emergentes atuando nas primeiras divisões no âmbito nacional, treinadores estrangeiros respeitados mundialmente, além dos próprios profissionais do São Paulo, como o interino Milton Cruz ou o treinador da equipe sub-20, Sérgio Baresi.

A solução ideal seria a escolha de um treinador que fosse capaz de, no curto prazo, deixar a equipe com condições de brigar pelas primeiras colocações no Campeonato Brasileiro, que viesse com uma ideia de jogo condizente com o futebol moderno (para dúvidas sobre o que é futebol moderno, vide Eurocopa 2012) e com competências para solucionar os conflitos evidentes do grupo. Conflitos, como por exemplo, o mau comportamento de Luís Fabiano perante os árbitros e até as discussões deste mesmo com o Lucas para que ele solte mais a bola. Além disso, para o médio e longo prazo (se os resultados vierem, obviamente, pois só assim para haver tempo), será preciso uma aproximação com René Simões e um olhar minucioso para a base. Missão um tanto difícil.

Juvenal Juvêncio apontou que o Brasil não forma bons treinadores (e ele está certo!), no entanto, mesmo diante desta afirmação ele será obrigado a decidir. Caberá a ele ser conservador ou inovador!

E não há dúvidas que o momento pede uma decisão inovadora. Enquanto clubes tradicionais engatinham na busca de soluções para suas equipes profissionais e simplificam ao somente padronizarem as plataformas de jogo, ou então, determinarem que as equipes da base sejam formadas com pelo menos cinco meias e atacantes, o São Paulo tem a oportunidade de contratar um treinador que tenha know-how para o desenvolvimento do projeto “8+3”.

E será que existe este treinador?

Alguém com competências para resultados imediatos, com discurso e prática convergentes com a filosofia do clube e capaz de estabelecer um Modelo de Jogo digno do clube tricampeão mundial?

Encerro a coluna no dia 28/06 sem o conhecimento de quem foi o escolhido.

Quando Juvenal decidir, o nome do profissional indicará se o projeto “8+3” caminha ou não para o acontecimento. Espero que acertem!

Até o momento, a única certeza é que os jogadores não ficariam mais inteligentes repetindo à exaustão os fundamentos técnicos do jogo como prescreve em seus treinamentos o demitido técnico Leão.

Finalizando, deixo a pergunta do título da coluna e aguardo a sua opinião!

Eu já tenho a minha…

Para interagir com o autor: eduardo@universidadedofutebol.com.br

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Alterações nas regras do futebol

O futebol de campo surgiu na Inglaterra em virtude de dissidência entre os atletas que queriam utilizar os pés e os que preferiam utilizar as mãos (estes criaram o rúgbi).

As regras do futebol foram criadas pela Federação Inglesa em 1863 e tratam-se de 17 regras básicas, a saber:

Regra 1 – O campo de jogo
Regra 2 – A bola

Regra 3 – O número de jogadores
Regra 4 – O equipamento dos jogadores

Regra 5 – O árbitro
Regra 6 – Os árbitros assistentes

Regra 7 – A duração da partida
Regra 8 – O início e reinício do jogo

Regra 9 – A bola em jogo ou fora de jogo
Regra 10 – O gol marcado
Regra 11 – O impedimento
Regra 12 – Faltas e conduta antidesportiva
Regra 13 – Os tiros livres
Regra 14 – O tiro penal
Regra 15 – O arremesso lateral

Regra 16 – O tiro de meta
Regra 17 – O tiro de canto

Por seu turno, a International Board foi criada em 6 de dezembro de 1882 por ingleses, escoceses, galeses e irlandeses para que se definisse e unificasse as regras do futebol entre os quatro países.

Em 1904, a Fifa foi criada e adotou as disposições do International Board, que admitiu a entidade nove anos depois.

Em sistema utilizado desde 1958, para mudanças na regra serem aprovadas, ela deve ter o voto de pelo menos seis dos oito membros da Assembleia Geral Ordinária que é composta por quatro delegados da Fifa e membros de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda, fundadores do International Board.

Historicamente, mudanças já foram feitas pelo International Board, como o acréscimo no fim dos dois tempos (1987), proibição dos goleiros pegarem com mão no recuo de bola (1992), terceira substituição (1994) ou a disposição sobre a paradinha em cobranças de pênalti (2010). Entretanto, percebe-se que foram poucas e pequenas as alterações sofridas ao longo de mais de cem anos.

Esta semana, a CBF divulgou as alterações nas regras implementadas pela Fifa que entrarão em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2013.

A partir desta data, serão permitidos 12 jogadores no banco de reservas (atualmente são sete), o que exigirá adequação dos estádios.

Além disso, os técnicos também terão a opção de escalar um jogador que não esteja na lista dos titulares divulgada antes da partida. Dessa forma, se um atleta que não esteja nesta relação começar jogando, nem o jogador, nem o clube serão punidos e o número de substituições também não será diminuído.

Há outras alterações mais significativas em pauta, como a quarta substituição em jogos com prorrogação, a utilização de tecnologia para se aferir se realmente a bola entrou no gol e até mesmo uma punição tripla para faltas violentas (pênalti, expulsão e suspensão).

Por outro lado, os membros da International Board são extremamente conservadores, o que traz indícios de que não haverá mudanças significativas. Considerando o público e a paixão que acompanham o futebol, de certo, não são necessárias grandes alterações até mesmo porque “não se mexe em time que está ganhando”.

Para interagir com o autor: gustavo@universidadedofutebol.com.br
 

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Cidade-sede: Porto Alegre

Mais complexo que a construção de um estádio e a reforma de um equipamento desses. Na lista para a Copa estão: Mineirão, Maracanã, Mané Garrincha, a Arena da Baixada e o Beira-Rio. O Beira-Rio, embora não seja tão afogado por construções vizinhas como a Arena da Baixada, tem outros fatores limitantes para que tudo seja modificado de acordo com as exigências da Fifa e com tudo que possamos considerar a melhor solução em estádios. Além disso, por ser um estádio privado, há outros fatores limitantes, como o financeiro também.

A principal ideia de reforma do Beira-Rio foi em relação à cobertura e fachada, que deveriam ser criada e modificada, respectivamente, e surgiu bem antes do projeto de Copa em 2014. Passou por vários estudos, evoluiu e agora conta com muitas outras mudanças.

A cobertura é leve, em módulos metálicos, revestida com membrana PTFE, e independente da estrutura original das arquibancadas – fixando-se nelas somente.

A estrutura final da mesma é travada com um anel de manutenção com acesso de funcionários, onde fica fixada a iluminação.

A cobertura tem aberturas no topo do anel superior, o que deve ajudar na ventilação natural e conforto ambiental do equipamento. Anteriormente, havia as cabines de transmissão na cobertura, mas acabaram sendo retiradas por um estudo de ventos – os mesmos faziam com que a sensação dentro delas não fosse das mais agradáveis.

Novamente, por ser privado, por depender da renda e não querer abrir mão dos jogos em nenhum momento, as obras são sempre interrompidas e a instalação da cobertura/fachada (juntas em um único elemento) não devem interferir no andamento do Campeonato Brasileiro.

O estádio do Inter não ficará pronto para a Copa das Confederações em 2013, somente para a Copa do mundo 2014. Por isso, a comparação com outros estádios é ainda mais difícil de ser feita: seus projetos ainda estão um pouco mais crus em relação a alguns assuntos, como a acessibilidade, por exemplo – embora já tenha definições.

O campo, por exemplo, não pode ser rebaixado para maior aproximação do público por conta de problemas com irrigação futura. Isso acontece por estar próximo ao lago Guaíba – ou rio? Sempre existe esta discussão. No entanto, visando a mesma oportunidade de aproximação, as arquibancadas serão trazidas, mudando sua inclinação, e os trechos do escanteio terão um público cadeirante e comum muito satisfeito com a boa proximidade.

Acima, podemos ver a diferença da proximidade da arquibancada anterior e a nova. Abaixo, podemos ver, respectivamente, o protótipo in loco que demonstra a diferença do projeto novo para o anterior e a localização dos cadeirantes.

Quanto aos cadeirantes, neste estádio, como em muitos outros, foi colocado somente um acompanhante por cadeirante, o que é uma reclamação corriqueira. Como o estádio ainda está em fase de definições, esperamos que o clube e a incorporadora consigam perceber a necessidade dessa modificação e cogitar este estudo ainda em tempo.

O estádio contará com um o centro de treinamento do Internacional (localizado ao lado do estádio: veja imagem abaixo), o que deve movimentar a visitação de treinos e do estádio, com visitas guiadas. A direção do clube também pretende ganhar público com lojas especializadas, restaurantes, etc., dentro do estádio, ou seja, com comércio.

Um complexo de hotéis, a marina no Guaíba e o estacionamento dão suporte ao estádio.

Para interagir com o autor: lilian@universidadedofutebol.com.br

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Esporte no Rio+20

Terminada a Rio+20, que teve aos olhos da imprensa e da opinião pública um resultado pífio em termos de compromissos para mudanças significativas no comportamento global perante a questão da sustentabilidade, pergunta-se: e o esporte, tomou partido deste movimento? Ou ficou mais uma vez alheio a decisões que ele (esporte) acredita que não faz parte de seu escopo? E o futebol?

Destaco, portanto, três ações que posicionaram o esporte de alguma maneira na agenda deste tema na última semana:

Cúpula Internacional de Sustentabilidade no Esporte + Esporte para a Paz: realizado no Rio de Janeiro no dia 19 de junho e liderado pelo Prof. Dr. Lamartine Pereira da Costa, que reuniu confederações e estudiosos do tema na ECEME (Escola do Exército, na Urca) para discutir o papel do esporte ligado à sustentabilidade, mostrando a participação do mesmo nos últimos 50 anos. Teve ainda participação internacional, de professores de Barcelona (Prof. Ferran Brunet), Londres (Allan Brimicombe) e Mainz, Alemanha (Holger Preuss), dentre outros, que fizeram suas palestras por vídeo conferência. Os assuntos estiveram direcionados sobre o papel dos megaeventos esportivos na sustentabilidade, as empresas de tecnologia envolvidas com o esporte e as pesquisas nacionais relacionadas com o tema. O resultado da cúpula deverá ser direcionado para um repositório, com um resumo de todas as apresentações.

Arena de Basquete em Londres para as Olimpíadas Rio 2016: exemplo de sustentabilidade em esporte veio da notícia “Provisória, Arena de Basquete de Londres pode ser transferida para o Rio”. Diante das sucessivas crises globais e do crescimento dos megaeventos, somado à globalização, os gastos públicos neste sentido podem ser otimizados também em termos globais, facilitando a qualificação e entrega de Jogos Olímpicos e de Copa do Mundo de Futebol se as instalações puderem ser, em partes, aproveitada a cada ciclo de realização das mesmas.

Programa Sócio-Ambiental do São Paulo FC: na semana da Rio+20, o São Paulo Futebol Clube lançou um projeto bastante interessante e, até onde sei, inédito para o futebol no Brasil, chamando torcedores, jogadores, comissão técnica e funcionários para terem uma atitude mais positiva ante as questões climáticas e sociais. O vídeo resume a ação, aproveitando muito bem o momento da Rio+20.


 

Em suma, os exemplos acima ainda são cases, fruto de iniciativas isoladas de entidades, pessoas ou instituições que propõem um pensamento diferente dos demais envolvidos com esporte no Brasil. Mas é o registro de que algo está sendo feito, havendo potencial para posicionar o segmento de uma maneira diferente da sociedade, lançando a partir dele uma eventual mudança de atitude.

Pelo seu poder midiático, não é difícil imaginar que o esporte tem um potencial bastante relevante para ser um agente transformador para que algumas ideias sustentáveis possam ser aplicadas e replicadas para o maior número de pessoas possível. Basta se organizar, querer e fazer.

Para interagir com o autor: geraldo@universidadedofutebol.com.br

 

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Existe um modelo de jogo ideal para ganhar jogos?

O Modelo de Jogo se configura como um arcabouço de referências que orienta os jogadores nos momentos de ataque, defesa, transição ofensiva e defensiva. Acredito que isso já é bem claro para vocês.

Por muito tempo dediquei meus esforços para entender os conteúdos do modelo e aperfeiçoar os comportamentos táticos da minha equipe.

Após certo tempo de estudo e observação prática dos conteúdos táticos, comecei a me indagar sobre a funcionalidade do modelo em relação ao cumprimento da lógica do jogo e consequentemente à vitória.

Assim iniciei uma reflexão sobre a existência de um Modelo de Jogo ideal para a vitória.

Pesquisei, li, discuti, perguntei e comecei a formar algumas ideias, que eram colocadas a prova em cada jogo que observava.

Sempre que algumas certezas iam sendo construídas, algumas partidas me mostravam que ainda estava longe das respostas que buscava…

Olhei muito para o modelo e “dissequei” equipes em seus mínimos princípios, sub-princípios, sub-princípios dos sub-princípios…

E eis o que eu encontro?

Que precisava olhar fora do quadrado em que me encontrava…

Mas, como assim?

Comecei a observar (com a ajuda dos meus mestres, já que sem eles o caminho seria muito mais difícil) que o modelo para muitas equipes era o fim em si mesmo e não uma ferramenta para o cumprimento da lógica do jogo.

Isso significava que a equipe não jogava o jogo, mas cumpria princípios!

Isso muda tudo!

O jogo é jogo e precisa ser jogado, já o modelo não é jogo e não necessariamente precisa ser cumprido.

Pense sobre isso!

O modelo não é o fim.

O modelo pode e deve contribuir para o cumprimento da lógica do jogo, mas ele não resume tudo e também não é nada!

O modelo se configura como uma parte importante no processo de formação de uma equipe vencedora, vide o caso do Barcelona que tem um modelo bem definido, porém que não é o fim.

O Barcelona não joga para cumprir seu modelo, mas para exaltar a cultura catalã, mostrar um futebol bonito, apresentar uma filosofia de jogo e, é claro, para ganhar.

Veja que isso muda a forma de olharmos para os princípios.

Precisamos olhar para fora do quadrado e ver que acima das referências existem muitos outros conceitos que se integram complexamente.

Mas dentro de tudo isso, será que existe um modelo de jogo ideal?

Existe!

Mas qual?

O que fará nossas equipes jogar o jogo e resolver melhor e mais rápido os problemas da lógica!

Isso é um modelo ideal? Ou um modelo circunstancial?

Até a próxima!

Para interagir com o colunista: bruno@universidadedofutebol.com.br