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“Que cara é essa, morreu alguém?”. Dessa maneira “delicada”, Dunga começou a entrevista coletiva de imprensa após a conquista da medalha de bronze pelo time de futebol do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim.
Sim, o técnico da seleção, como bem colocou o repórter do “UOL” Bruno Freitas “surtou” quando foi atender à imprensa após o frustrante bronze na China. E o recado, segundo a reportagem, era para a TV Globo. Até o próprio Dunga confirmou isso:
“Aqui dentro tinha esquema. Comigo não tem. Acabei com o privilégio, e isso causa revolta”, disse o treinador, mostrando claramente que tentou dar nova cara ao relacionamento entre comissão técnica, jogadores e imprensa desde que assumiu o “trono” de técnico da seleção em 2006.
De fato Dunga não permitiu que o time do Brasil se tornasse uma espécie de figurinha carimbada da Globo, como havia acontecido com o time do Brasil de Parreira na Copa da Alemanha. Não que toda a invasão de privacidade fosse a única responsável pelo oba-oba exagerado em cima daquele time e, conseqüentemente, pela derrota apática para a França.
Só que, naquela ocasião, Dunga atuava como comentarista pelo BandSports. Da cabine do estádio em Frankfurt, viu o time de Parreira ser aniquilado por Zidane e Cia. E percebeu, na pele, a dificuldade que a imprensa “comum” tinha em conseguir alguma coisa com aquela seleção.
Quando assumiu o comando brasileiro, Dunga fez mais ou menos o jogo que acabou tornando-o figura abominável pela mídia em 1994. Sem regalias, sério, fechado, jogando duro. Assim começou a ser implantado o “estilo Dunga” na equipe do Brasil.
Só que, diferentemente de 1994, a seleção não ganhou o caneco, ou o ouro. Amargou o terceiro lugar, e com isso a paciência da imprensa com Dunga se esvaiu, assim como havia sido em 1990, quando ele virou o símbolo de uma geração derrotada em campo.
Agora, Dunga é sinônimo de insucesso fora de campo. Suas atitudes, que condiziam com aquilo que se considera bom jornalismo, acabaram se tornando sinônimo de antipatia e podem acabar por destruir o trabalho que começou a ser feito por ele (goste ou não goste, ele conquistou uma Copa América e um bronze olímpico).
Mas agora o buraco é mais embaixo. Dunga começou a atacar uma seara complicada. Envolve não apenas a mídia como um todo, mas uma das mais poderosas parceiras comerciais da CBF, que é a TV Globo. Afinal, ela é quem compra os direitos de transmissão das competições organizadas pela CBF. Ela é quem paga US$ 500 mil em média pelo amistoso do time nacional. Ela é quem muitas vezes tira alguns clubes da pindaíba, a pedido da própria CBF.
Será que Dunga está com a razão? Muitas vezes, sim. No caso do tratamento com a mídia, é notável que o trabalho ficou mais “justo”, permitindo a todos os veículos acesso a atletas e comissão técnica, sem papagaiadas de ficar acordado até tarde para dar “Boa noite” no Jornal Nacional.
Mas, sem a habilidade política que o cargo de técnico da seleção brasileira exige, quem será que vai morrer primeiro nessa história?
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